Diocese de Santo André

O ninho vazio

Silêncio e ecos na partida dos filhos!
Há alguns anos, uma diocesana, que certamente lerá este artigo, não queria nem ver o dia em que o filho caçula levasse todos seus pertences para sua própria casa, onde iria morar depois de casado.
Para que sua mãe não sofresse o impacto deste momento, ele, o filho, foi retirando suas coisas devagarinho para que ela não notasse a mudança, não notasse o vazio do armário, do quarto, da casa…
É normal, mas não é comum, não se assustar com o vazio que fica na casa e no coração de mãe que permanece sempre cheio de amor e de zelo para com seus filhos… suas filhas.
O barulho da maçaneta, nas altas horas, indicando a chegada da faculdade, da balada, de uma saída qualquer é sempre um melodia que faz aquietar o coração e faz dormir muitas mães e pais que ficam rezando pela proteção de seu rebento.
Mas crescem, e é natural, como os pássaros, que alcem voos em outras direções para construírem ali, também seu ninho, como canta o Padre Zezinho na cantiga Águia Pequena.
Difícil é lidar com o vazio deixado pelo filho… pela filha… e não estamos falando da triste separação precoce daqueles que foram chamados a habitar o jardim da vida no Reino que Deus preparou para todos os seus amados.
Estamos falando, daquela casa que antes era cheia…. do barulho da conversa, das gargalhadas, do ir e vir, da agitação que agora cede espaço para um silêncio tão grande, que até seus próprios passos podem ser ouvidos no corredor vazio da casa enquanto se dirige ao quarto na hora de dormir…. pois antes, ia passando de cama em cama para ver anjos dormindo. Era anjo de anjos e não sabia… ou será que sabia? Quem era mais bonito? O que dormia ou o que olhava?
Mas os filhos se foram… casaram-se… foram estudar longe de casa… estão ausentes, e só Deus sabe quando voltarão para uma visita.
Alguns pais entram até em depressão ao experimentarem esta “Síndrome do Ninho Vazio” como explica a dona psicologia, mas os pais cristãos fazem bom uso deste novo tempo para voltarem a namorar, a rezarem juntos, mais juntos ainda, como nem sempre era possível no tempo da correria. São novos tempos permitidos por Deus para se preparem para uma nova fase… da colheita… não mais do plantio. É o ciclo da vida reinventando um jeito de recomeçar nas caras bonitas dos netos que chegam….. ou em outras vocações que assumiram…
Numa prece rápida, agradece pela vida de cada um e pela oportunidade de ter sido chamada/o a cuidar destes filhos amados de Deus. Da oportunidade de sentir o verdadeiro amor… o amor incondicional por alguém…. desde a concepção até sempre.

“Virgem tão Serena / Senhora destes povos tão sofridos / Patrona dos pequenos e oprimidos / Derrama sobre nós as tuas graças. / Derrama sobre os jovens tua luz
Aos pobres vem mostrar o teu Jesus / Ao mundo inteiro traz o teu amor de Mãe”. Amém!

Texto de Osmarina Pazin Baldon

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