Vamos imaginar um mundo onde cada um descubra e viva plenamente a sua missão… Onde cada um entenda a partir do seu chamado à vida, qual é a sua contribuição para a humanidade.
Maria, mãe de Jesus e nossa, nos ajuda neste caminho. Exemplo de mulher, mãe, esposa e consagrada, tem muito a nos ensinar, sobretudo neste ano em que celebramos, a pedido do Papa Francisco, o Ano da Vida Consagrada.
Refletindo sobre os objetivos a serem alcançados neste ano conforme a Carta Apostólica do Papa Francisco às pessoas consagradas para proclamação do Ano da Vida Consagrada, temos que:
Olhar com gratidão o passado, tudo aquilo que Deus já realizou em nossa história de vida, as inúmeras vezes que nos socorreu com Seu amor e Sua misericórdia, juntamente com a Virgem Maria fazer deste ano uma “ocasião para gritar ao mundo com força e testemunhar com alegria a santidade e a vitalidade presente na maioria daqueles que foram chamados a seguir Cristo na vida consagrada” .
Viver com paixão o presente, acolher a nossa realidade e fazer da nossa vida um grande sinal da alegria de ter sido alcançado pela força da Ressurreição de Cristo, louvar a Deus por tudo que pertence ao nosso HOJE, pois só temos esse dia para dar sabor à nossa existência.Aqui se esconde um grande segredo para ter uma vida cheia de sentido. Papa Francisco ainda nos diz “Isso é exigente e pede para ser vivido com radicalismo e sinceridade”.
Abraçar com esperança o futuro, cheios de fé para enfrentar as diversas dificuldades deste tempo, sabemos em Quem pusemos a nossa confiança (cf. Tm 1,12), que para Deus nada é impossível.Sigamos unidos à Esposa do Espírito Santo que soube obedecer e abandonar-se inteiramente nas mãos da Providência Divina.
Ao olhar esses objetivos me questiono como responder, onde tudo parece me distrair e tenta me tirar o foco desta busca pela santidade. Posso testemunhar que é possível SIM, com a graça de Deus ser Mãe, Esposa e Consagrada, comprometer os meus dias com a maternidade, a esponsalidade e a consagração a Deus, pois é Dele que vem toda a sabedoria e, estando em união com o amado de nossas almas, tudo vai encontrando o seu devido lugar.
Busco aprender com Maria, que deu seu sim e não ficou calculando as consequências, apenas amou o projeto de Deus para sua vida. Como seria se cada pessoa também abraçasse a vontade de Deus como ela? Seriam felizes e profundamente reconciliadas com tudo ao seu redor.
Penso que a mentalidade vigente no mundo contemporâneo e o relativismo nos têm deixado muitos céticos quanto à alegria de pertencer a Deus e a Ele servir sem reservas, pois aparentemente o tempo está se esvaindo tão rápido e o viver com pressa torna o coração muitas vezes insensível a Deus. Precisamos avançar na Vida de intimidade com o Senhor e sermos testemunhas da Ressurreição.
Hoje, com 9 anos de Vida consagrada, todos os dias peço a Deus a graça de reconhecer de onde o Senhor me tirou e viver mais íntima Dele, procuro fazer do meu ser mãe e esposa um motivo sempre novo para louvar e bendizer a Deus.
Concluo com mais uma frase de Francisco: “As primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. E isto é bonito. Esta é um pouco a missão das mulheres: mães e mulheres! Dar testemunho aos filhos e aos pequenos netos, de que Jesus está vivo, é o Vivente, ressuscitou. Mães e mulheres, ide em frente com este testemunho!”.
Que neste mês tão especial, a graça de Deus possa preencher o coração de cada mãe com as virtudes de Maria.
Texto por Simone Morilha