Diocese de Santo André

Tradição das ruas enfeitadas ajuda na celebração do Corpus Christi

A preparação da celebração de Corpus Christi começa de madrugada, quando centenas de fiéis se reúnem para fazer os tapetes religiosos. Uma tradição que tem se tornado tarefa para a família toda. Nos primeiros raios de sol, as ruas em torno das paróquias ganham um novo colorido. Dos moldes de ferro e bambu, surgem imagens de santos e figuras com simbolismo religioso. Nas cores das serragens as ruas vão ganhando um colorido todo especial.

Nas 99 paróquias da Diocese os fiéis participaram desta festa que como Dom Nelson, scj, muito bem definiu em sua homilia na missa campal em frente a Catedral Nossa Senhora do Carmo: “É nesta celebração que exaltamos a presença real de Jesus que permanece pertinho de todos nós. Ele está em todos os sacrários de todas as paróquias. No dia de Corpus Christi celebramos a Eucaristia que é a fonte e o centro de toda a vida, um tesouro espiritual, uma herança que Jesus nos deixou”.

Bonita tradição

Para quem pensava que a tradição das ruas enfeitadas estava chegando ao fim, as muitas manifestações nas paróquias, onde vemos durante a madrugada grupos de famílias se reunindo para enfeitar as ruas próximas de suas comunidades, provam que a tradição permanece bem viva e até crescendo na região do Grande ABC.

Nas sete cidades temos exemplos dessa manifestação de fé, como a Paróquia Santa Luzia e Paróquia São José, de Ribeirão Pires. A Santo Expedito do Jardim Atlântico, em São Bernardo do Campo, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Parque Novo Oratório, a Paróquia São Camilo de Lellis, no Camilópolis, Paróquia Mãe de Deus e dos Órfãos, da Vila Rica, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, todas em Santo André, a Paróquia Sagrada Família, no centro de São Caetano do Sul, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Marlene, São Bernardo, onde as famílias fazem tapetes com cobertores para serem doados aos mais carentes.

Papa Urbano IV

“Corpus Christi” quer dizer “Corpo de Cristo”. Ele está presente na hóstia consagrada, que é o corpo e o sangue de Cristo derramado sobre o mundo. É para celebrar o amor pela santa Eucaristia que é levada em procissão o Divino Sacramento, proclamando que naquele Corpo imolado pelo ser humano e naquele sangue, Deus quis estabelecer a Nova Aliança, a fim de que se concretizem a libertação verdadeira e a salvação esperada.

A história

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula “Transiturus”, de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

A “Fête Dieu” (Festa de Deus) começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois tornou-se festa nacional na Bélgica.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia, na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

Direito Canônico

Esta festa cristã é realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. É uma festa de “preceito”, isto é, para os católicos é obrigatório participar da missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código Canônico (art. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo”.

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