Diocese de Santo André

Bispo elogia a juventude da Diocese e aconselha sobre temas polêmicos

Em pé na porta e com um sorriso acolhedor, desta forma fui recebida pelo Bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Cipolini, 63 anos. Porém, esta recepção não é exclusividade minha, mas sim de todos os que vão ao seu encontro e principalmente aos jovens da região.

Com um mês no cargo, o líder religioso já afirmou que tem se esforçado para se aproximar das pessoas e da quantidade vasta de jovens que o Grande ABC possui, jovens estes com aspirações, sonhos e ideais. Reforçou a necessidade em atentar-se ao meio juvenil como forma de amparo à temas polêmicos que os rondam, como legalização de drogas ilícitas, opção sexual e até dificuldades no desemprego. “ Penso que todos nós, não só a Igreja, mas toda a sociedade deve estar atenta a dar uma resposta e uma contribuição a essa juventude que anseia por um mundo novo, por uma oportunidade.”

Juntando as mãos em direção ao peito, com o olhar orgulhoso, Cipollini elogiou a juventude da Diocese. “Estou os conhecendo ainda, mas os jovens daqui são animados, inteligentes, têm muita garra e são pessoas que querem participar daquilo que a Igreja proporciona, embora não seja nada fácil se desvencilhar de tantos perigos.” O pontífice também se mostrou ciente das dificuldades atuais com relação à busca por empregos. “Muitos sofrem por causa do desemprego que está chegando, principalmente para eles, mas tem que ter coragem, estímulo e não desanimar”, incentiva o Bispo.

Existem situações que atingem diretamente esta juventude, como a legalização de drogas ilícitas e opção sexual. Com resposta direta e sem delongas, Dom Pedro afirma que defende tudo aquilo que promove a vida. “Em relação a todos estes temas, que são polêmicos, acho que o critério principal para quem é da Igreja Católica é o que realmente promove a vida. Jesus disse ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida plena.’ Então, quando abordamos esses temas polêmicos a gente não tem que contentar ideologias, temos que ver aquilo que promove a vida, aquilo que promove a vida humana.”

Cipollini resume e justifica todos estes temas em apenas um único ponto de partida que totaliza todos os outros “ O jovem quer sentido para sua vida”, a partir da descoberta deste sentido ele saberá responder e se posicionar diante de todas as outras questões que o cercam. “A partir daí, você vai se posicionar do que é a droga, do que é o aborto, do que é o homossexualismo. A partir de um pano de fundo que é o sentido”, explica o religioso, salientando que não adianta resolver um problema parcial se o problema de fundo não foi resolvido. “Todas essas questões morais, afetivas, dependem de um sentido que você dá para sua vida. Qual o sentido maior da sua vida? A partir daí, a pessoa vai decidir, vai encaminhar, vai ver o que ela vai fazer.”

Com os olhos voltados para o alto em constância, como se relembrasse ou formulasse em sua mente cenas, o Bispo se preocupa em exemplificar os seus posicionamentos com possíveis situações. “Por exemplo, a droga, ela faz a pessoa se sentir feliz, realizada? Eu tenho minhas dúvidas, porque se fizesse as pessoas não seriam vítimas do uso delas, como é a realidade. Como uma coisa que mata pode ser boa?”, questionou. “Você resolve o problema de desemprego, a pessoa está empregada, só que ela não vê sentido nenhum na vida, então se mata. Tem dinheiro, tem emprego, tem isso, tem aquilo, mas não tem o sentido da vida.” detalha Cipollini.

Como um pai que aponta as diretrizes a aconselha a melhor forma de lidar com as situações, Cipollini cita pilares importantes que podem ajudar os jovens a lidar com diversas situações.“O jovem deve estar atento a ouvir a palavra de Deus, ouvir o que diz o teu coração, ter uma postura de diálogo, de conhecimento, de participar de algum grupo com o qual reflita e não deve se isolar.”

Finalizando a conversa, desta vez com os olhos fechados, interiorizando aquilo que irá dizer, o Bispo deixa um conselho para a juventude do Grande ABC “Minha mensagem é que os jovens sejam generosos, não sejam mesquinhos e abram o coração, pensem grande, olhem para longe e não só para o seu pequeno mundinho. Ser generoso e ter coragem. Sobretudo, procurar conhecer Jesus, Ele não vai tirar nada dos jovens, só vai acrescentar.”

Bispo promove encontro com jovens cerimoniários e coroinhas

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No dia 16 de agosto, Dom Pedro Cipollini promoveu um encontro com todos os acólitos e coroinhas da Diocece, na Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem, Matriz de São Bernardo.
A celebração reuniu cerca de 2 mil jovens que se sentiram motivados para servir a Deus, além de acolhidos com a simpatia do Bispo “Foi uma felicidade muito grande, pois ao conhecê-lo pessoalmente pudemos ver o amor e zelo que ele mostra pelas coisas de Deus. Além de muito humilde e simpático, nos tratou com muita alegria”, comenta Gabriela de Oliveira, 17 anos, acólita da Paróquia São Francisco de Assis em São Caetano.

Laíza Marzano, 19 anos, acólita da paróquia Santo Antonio, de São Caetano, mostrou-se entusiasmada pela união de tantos jovens em um só lugar. Por meio do evento e das palavras do Bispo ela percebeu o dom que possui em viver neste movimento, além da vontade de Cipollini em se aproximar da juventude da Diocese. “Foi realmente incrível ver tantos jovens e crianças reunidas por um amor, o de servir ao altar do Senhor. Nunca havia visto tantos coroinhas e cerimoniários reunidos em um só lugar. Ouvir as palavras de encorajamento do Bispo renovou nossos corações, mostrando que ser coroinha e cerimoniário é um verdadeiro dom na nossa juventude. O Bispo mostrou querer uma relação mais próxima, de diálogo, aberta a uma aproximação mais sensível com a juventude.”

Isabela Treza
Especial para o Diário OnLine

Diário do Grande ABC

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