A humanidade, ao longo da história, tem sido bombardeada por modismos, alguns ligados à moda, outros à alimentação e, outros mais, um pouco mais profundos, que pretendem mudar a nossa forma de viver. É o caso da ideologia de gênero, onde seus ideólogos afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada um deve construir a sua própria identidade. Podemos então dizer, segundo estes ideólogos, que são as pessoas que devem definir se querem “ser homens ou mulheres”. Para eles não existem homem ou mulher, pois é cada um que deve inventar sua própria personalidade, por mais absurdo que isto possa parecer.
É importante comentar que existem hoje várias organizações, a nível mundial, que se preocupam com o crescimento populacional e, defendem em seus objetivos, o aborto. A primeira que iniciou esta campanha, hoje adotada, como comentei, por várias organizações mundiais, inclusive a ONU (diversos organismos da ONU não só defendem o aborto, como fazem propaganda a este respeito), foi o americano John Rockefeller III, por volta de 1.950, que, preocupado com o crescimento populacional, começou a colocar recursos em programas favoráveis ao assassinato de crianças, ainda no ventre materno.
Durante décadas a campanha a favor do aborto, a nível mundial, mas em especial nos países mais pobres, não surtiu o efeito desejado, então surgiram outras campanhas como: o uso de dispositivos contraceptivo; programas de incentivo para que as mulheres entrassem no mercado de trabalho para competir com os homens; criação de ONG’s que, de fato, não defendem a mulher e, aqui podemos citar a ONG: Católicas pelo direito de decidir, que absolutamente não são mulheres católicas e sim embustes ( os verdadeiros católicos são comprometidos com a vida, desde a concepção até a morte natural), financiadas no Brasil com recursos vindos do exterior; campanhas contra a homofobia e, tantas outras mais.
Não há nenhuma dúvida que todo este processo visa, no final, destruir a família, célula que sustenta, desde as mais longínquas datas da história humana, o homem. Na família todos os valores cristãos podem ser praticados, mas em uma sociedade sem família, onde o “estado” fica responsável pela educação desde o nascimento das crianças, será uma outra sociedade, onde muito provavelmente as camarilhas é que vão se perpetuar no poder.
Todas estas ideias, foram tremendamente estimuladas, a partir da filosofia comunista, iniciada por Max e Engels, pois tudo foi incorporado a esta filosofia, onde o direito mais importante do ser humano, que seria o de poder definir o seu próprio destino, é eliminado. Não pensem aqui que sociedades economicamente desenvolvidas e ditas como democráticas, não estejam também contaminadas, pois estão. Veja o caso dos países nórdicos: Suécia, Dinamarca, Holanda, etc., verdadeiras economias desenvolvidas e consideradas democracias sociais, onde o ser humano acaba, cada vez mais, sendo apenas um número e, nada mais, onde o aborto, eutanásia, e outros males, já se tornaram leis.
Finalmente, saliento, a ideologia de gênero, como corolário de todas os processos sociais comentados acima, claramente posto e defendido no mundo para destruir a família. Em vários países do mundo já se tornou lei a ideologia de gênero, e no Brasil, em especial neste governo que aí está, vem sendo incentivada a sua implantação, alegando ser uma ideologia que vem para respeitar a todos, sem distinção. Evidentemente os argumentos são falsos e seguem o ideário socialista de sempre utilizar muita propaganda, ainda que em sua maioria mentirosas.
Precisamos ter muita atenção e conscientização, todos nós católicos, pois o rolo compressor está em movimento. Recentemente o PNE (plano nacional de educação) que, orginalmente propunha a ideologia de gênero, foi promulgado sem este viés absurdo, graças à atuação de movimentos católicos e cristãos, que conseguiram explicar a realidade dos fatos aos deputados e senadores, pois a sua maioria desconhecia a gravidade da questão.
Apesar de aprovado pelo Congresso o PNE, em nível nacional, sem a ideologia de gênero, o Ministério da Educação, em atitude de desrespeito à lei, tentou impor esta ideologia nos planos estaduais e municipais de educação. Como sabemos, a partir da conscientização do povo católico e cristão, na maioria absoluta de estados e municípios onde foi votada a lei, a ideologia de gênero foi derrotada.
Não podemos nos enganar, mesmo que consigamos não permitir que esta ideologia conste dos planos de educação, os ideólogos deste tema e de outros assuntos correlatos, como comentei acima, vão continuar tentando bombardear a família e a religião, em especial a católica. Portanto, nossa atenção deve ser permanente, sem tréguas, pois, para defender o Evangelho, não há tréguas.
Defender a Vida e a Família, como sabemos, é um dever de todos os cristãos, como nos ensinou nosso Senhor Jesus Cristo.
Roberto Vertamatti
Comissão Diocesana em Defesa da Vida