O Evangelho deste 4º domingo da páscoa nos leva a dar uma resposta concreta e sincera a Nosso Senhor Jesus Cristo… será que nós somos capazes?
Ao estarem pescando, estando todos os homens com Simão Pedro na barca, sem sucesso algum, Jesus convida-os a um banquete e, a partir da aceitação, pescam tantos peixes que mal podiam puxar as redes.
Deus nos quer ensinar com esse trechinho do Evangelho o quanto precisamos ter fé… “Já tentamos tanto e até agora nada pescamos”… Já pensou se tivessem falado isso? O milagre não teria acontecido. E nós, em nosso dia-a-dia, confiamos na providência e no amor divinos? Será que somos capazes de nos desapegarmos da nossa falta de fé e lançar a nossa rede? O milagre precisa acontecer também em nós! O milagre da multiplicação da caridade, do amor, da vida, da alegria, da disponibilidade no servir… e aí entra a outra parte do Evangelho, na qual Cristo fala diretamente com Simão Pedro.
“Simão, tu me amas?”, ama com amor incondicional? Com um amor que não se acaba? Tudo isso incutido em uma pergunta “simples”; mas Pedro lhe responde “Senhor, tu sabes que eu te gosto”, gosto como meu amigo, mas não incondicionalmente, tanto que te neguei três vezes antes do galo cantar… E mais uma vez Jesus faz a mesma pergunta… Na terceira vez, modifica-a, para que se achegasse ao coração ferido de Pedro: “Simão, tu me gostas?”, “Sim, Senhor, tu sabes de tudo, conheces o meu coração, sabes que te gosto.” E ficou só nisso? Não… a missão vinha logo em seguida “Vai e apascenta os meus cordeiros”… e essa missão perdura até hoje, com o Papa Francisco! Esses cordeiros, que somos cada um de nós, estão sendo apascentados mas não estamos apascentando os outros cordeiros que nos são próximos, que nos foram confiados…
Se Jesus chegasse pra você e perguntasse “Filho(a), tu me amas?”, qual seria a tua resposta? Você O ama incondicionalmente, você O ama a ponto de deixar tudo o que tem? E o serviço pastoral que Ele te confiou? Está sendo exercido ou foi esquecido? E se está sendo exercido, tem sido com todo coração? E se foi esquecido, foi pelas decepções?
Hoje Cristo nos convida a dar uma resposta definitiva, de amor, de fé e esperança…
Senhor, não sei o que vai acontecer daqui pra frente, não sei o que vai ser de mim, mas eu Te amo a ponto de colocar o pé antes mesmo de eu ter o chão e quero confiar plenamente que a Sua cura em mim acontecerá no caminho, que se eu ficar parado(a) nada mudará, mas se eu acreditar, se eu for sincero(a) comigo e com o Senhor, tudo vai mudar! Farei o meu serviço pastoral da melhor maneira que posso, darei o meu melhor! Receba o meu nada, Senhor e faça dele a multiplicação de dons! Amém.
Por Taíse Palombo