Diocese de Santo André

Agradecimentos do Padre José Mahon

Na hora de deixar o Brasil após 55 anos de presença na diocese de Santo André. A presença dos amigos foi sempre a minha força. Vou ficar na casa dos idosos dos Filhos da Caridade perto de Paris. Rezem por mim. Abraços.

Após ter celebrado os meus 65 anos de sacerdócio, sinto a necessidade de agradecer a Jesus que me chamou para ser o seu sacerdote e agradecer ao povo que ficou sempre ao meu lado.

No Brasil, cheguei há55 anos, da França, sem conhecer nada, sem saber falar português, acolhido de braços abertos com o bispo daquela época Dom Jorge Marcos de Oliveira. Perguntando-lhe o que devia fazer no meu ministério, ele respondeu (e escreveu numa folha que conservo como relíquia): “O povo brasileiro é muito bom e simples: apenas quer ser bem tratado”. Acolhido também pelo povo da paróquia de Santa Terezinha (setor de Utinga), esta acolhida carinhosa nunca faltou em todos os lugares onde passei em seguida: Parque das Américas e Jardim Zaíra em Mauá, depois Santo André: Cidade São Jorge, São Geraldo, Parque João Ramalho e, agora, na Vila Luzita, Nossa Senhora do Rosário.

Sempre encontrando um povo acolhedor, alegre, dedicado, sempre disposto a ajudar, cheio de Fé, de amizade, de amor à Comunidade e, sobretudo, de amor a Jesus Cristo. Nunca imaginei o carinho que ia encontrar na diocese que me acolheu. O povo daqui me ajudou muito na vivência do meu sacerdócio.

O meu desejo: falar de Jesus a este povo correspondia ao desejo do povo em conhecer e viver os ensinamentos do nosso Salvador.

Agora, faz dois anos e oito meses que estou no Rosário e me sinto muito feliz para ajudar na Fé este povo trabalhador e, muitas vezes, carente de compreensão, de trabalho, de saúde, de justiça, de vida fraterna. Por isso agradeço por tanta coisa que recebi e continuo recebendo. Em particular agradeço à paróquia que sempre pagou o meu convênio médico: por isso consegui conservar boa saúde.

Hoje, faço o que posso: atendimento, Missas, visitas, encomendações, mesmo com dificuldades para andar: ainda posso ser útil.

Muito me alegro ter presenciado no dia 04 de junho, a ordenação sacerdotal do nosso irmão Jailson: um padre a mais para servir ao povo de Deus.

Na minha viagem de junho passado, tive oportunidade de conversar com o Superior Geral da nossa Congregação dos Filhos da Caridade e refletimos juntos: vou completar 90 anos, as minhas dificuldades aumentam, de vários tipos, sendo o mais grave a dificuldade para andar: todos presenciam isso nas Missas e em cada momento.

Ele me disse que o momento de ingressar na casa dos padres idosos da nossa Congregação chegou e me pediu para ficar na paróquia até fim de setembro.

É claro que gostaria de continuar no meio de vocês, mas existe um tempo para tudo e, com ele, decidimos a minha volta na França. A minha vida sacerdotal no Brasil foi marcada pela simplicidade. Por isso desejo que a minha despedida seja também com simplicidade, levando no meu coração o carinho deste povo que tanto amo. Conheci os 21 anos da ditadura militar e ficava ao lado do povo na sua luta para reconquistar a sua liberdade. Também acompanhava a luta dos favelados para uma moradia mais digna.

O nosso bispo foi o 1º que avisei. Ele teve a gentileza de ma convidar a celebrar com ele uma Missa na Catedral Nossa Senhora do Carmo na 5ª feira 08 de setembro, às 19,30 horas, dia da Natividade de Nossa Senhora. Quem puder participar será bem-vindo.

Confio à Nossa Senhora Aparecida, nossa mãe querida, os anos passados no Brasil. Ela continuará sendo o nosso traço de união.

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