Diocese de Santo André

Mensagem de Dom Pedro aos diocesanos

Datado de 23 de janeiro de 2017, Dom Pedro Carlos Cipollini encaminhou uma carta a todos os diocesanos e diocesanas da Diocese de Santo André. A seguir apresentamos o inteiro teor da correspondência:

 Aos Presbíteros e Diáconos que buscam realizar sua vocação no exercício do ministério ordenado com a entrega de suas vidas para que nossa Igreja seja cada vez mais semelhante a Jesus;

 Aos Religiosos e Religiosas que estão presentes em nossa Diocese consagrados a ilustrar a Igreja com o testemunho de uma vida voltada totalmente para Deus conforme o carisma de cada um;

 Aos Seminaristas e Vocacionados, jovens que buscam, com amor e sinceridade, discernir os sinais de Deus para suas vidas;

 Aos fiéis Leigos e Leigas que na vivência da dignidade batismal assumem o seguimento de Jesus Cristo como discípulos missionários;

 A todas as pessoas de boa vontade que se unem a nós na busca de construir a cada dia a Civilização do Amor, expressão do Reino de Deus nesta Terra: “Dou sempre graças a Deus por todos vós, fazendo continuamente memória de vós em nossas orações, recordando diante de Deus, nosso Pai, vossa fé operante” (1Tes 1,2)

 Venho até vocês no início deste novo ano para convidá-los a agradecer os dons que recebemos no ano que terminou. Os dons que cada um recebeu e os dons que toda nossa Igreja recebeu. Entre tantas graças, assinalo o Ano Santo da Misericórdia e as Visitas Pastorais Missionárias.

 Ao iniciarmos este novo ano pastoral descortinam-se diante de nós as oportunidades que Deus nos oferece para realizarmos nossa vida como pessoas, segundo seu projeto, e a oportunidade de participarmos na construção de nossa Igreja Particular.

 Todos temos necessidade dos outros para florescermos e darmos frutos: “Tenho necessidade do outro para ser eu mesmo”. O meu destino é tornar-me eu mesmo para beneficiar os outros. Esta é a Boa Nova que Jesus trouxe ao mundo. Deus nos ama, doa-se a nós e convida-nos a amarmos uns aos outros.

 Estamos em uma crise social que parece difícil de ser solucionada. Muitos veem as crises como momentos de desânimo ou desespero; outros veem-na como oportunidade. Vamos estar entre estes últimos. Aproveitemos a oportunidade que Deus nos dá. Ele nos ajudará a superar os obstáculos e nos indica sempre o caminho da oração da união e da partilha.

A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a pensar não somente no bem estar pessoal ou de grupos, mas na linha do que propõe o Papa Francisco na encíclica Laudato Sí, somos convidados a pensar a natureza não só para si, senão para todos, a fim de que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Nossa Diocese está realizando neste ano seu primeiro Sínodo Diocesano. Este Sínodo quer ser expressão de nosso desejo de caminhar juntos como Igreja. O modo de ser da Igreja é o modo sinodal que se expressa na comunhão e participação.

 Gostaria que todos participassem contribuindo com sua presença e atuação. Com os olhos da fé, com a esperança que nos deve animar, trilhemos este caminho sinodal confiantes na força do Espírito Santo. A pesquisa que foi realizada sobre nossa Diocese, indica-nos que estamos em um momento no qual devemos tomar decisões importantes, principalmente em nível pastoral. Participe. Deus quer que tomemos parte da projeção do futuro de nossa Igreja. Nossa Igreja conta com você.

 Queremos ser uma Igreja voltada para a missão. E aqui é necessário recordar que a Igreja existe para os outros, para ser missionária. Assim como nós, para sermos humanos, devemos nos envolver com o sofrimento dos outros, assim a Igreja, para ser ela mesma, semelhante a Jesus Cristo, deve envolver-se com o sofrimento dos irmãos; partilhando o pão da amizade e também o pão material. Alguma coisa de bom acontece onde está a Igreja, onde a comunidade se reúne para ouvir e celebrar a Palavra que se faz pão na Eucaristia. Isto porque Deus deu-nos a plenitude da vida em Jesus Cristo.

 

Quero agradecer a todos, em especial os presbíteros, pela colaboração. Exorto a todos a participarem da vida de nossa Igreja, sem desânimo ou desilusão. Nosso compromisso é com Jesus Cristo e seu Reino de amor e paz.

 

A Igreja no Brasil, através da Conferência dos Bispos, entregou-nos na 54ª Assembleia Geral em abril do ano passado um valioso documento sobre o qual quero chamar a atenção. Trata-se do Documento 105: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo – Mt 5,13-14”. Nele podemos ler: “Os cristãos leigos e leigas que vivem sua fé no cotidiano de cada dia, nas tarefas mais humildes, no voluntariado, cuja vida está escondida em Deus, são o perfume de Cristo, o fermento do Reino, a glória do Evangelho. Eles se santificam nos altares de seu trabalho...”(cf. n. 35). Que possamos vencer o clericalismo no sentido de promover o protagonismo dos leigos na missão que lhes é própria.

 

Enfim, este Ano Mariano propõe-nos seguir o exemplo de Maria. Ela que foi discípula fiel e é a estrela da Nova Evangelização. O Ano Mariano, para celebrar os trezentos anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba, nos leva a bendizer a Deus e renovar nosso compromisso com o Evangelho.

 

Colocando-me inteiramente a serviço de todos, pedindo que rezem por mim, em nome de Jesus peço a bênção de Deus para todos.

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