Diocese de Santo André

Diácono recorda: Eu sabia rezar metade de uma Ave-Maria

Profissional com bom emprego, estável financeiramente, uma bela família e com boa saúde. Estas são algumas das peculiaridades que deixam qualquer pessoa feliz e que José Antonio Grassi possuía há aproximadamente 20 anos. Porém, faltava algo, faltava a verdadeira experiência com Deus, que aconteceu em 1997, no Grupo de Oração da Matriz de São Bernardo (Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem). Passada duas décadas caminhando sob as ordens do Senhor, ele recebeu mais uma missão: ser diácono permanente.

Quem olhava para ele com as belas vestimentas de ministro da Igreja, na Missa de ordenação presidida pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, e concelebrada por diversos sacerdotes, na Paróquia Sagrada Família, em São Bernardo, nem imagina que José Antonio mal sabia as orações que os católicos aprendem ainda na catequese. Mas, se antes era o fiel que entrava na igreja em casamentos ou em missas de sétimo dia, seu encontro com Deus o deixou com sede de cada vez conhecer mais Aquele que lhe mexia com o seu coração.

Coube à sua esposa, Maria da Conceição Queiroga Grassi, ensiná-lo novamente as orações. Ela recorda que tudo foi muito rápido na sua conversão. “Logo em seguida que frequentou o grupo, no outro dia, já queria saber das orações. Tive que escrevê-las para ele. Conforme ele participava, aprendia mais. Estudava muito. Era uma sede tão grande de aprender as coisas”, lembrou Maria da Conceição.

José Antonio ressalta que não sabia mesmo as orações e elogia a esposa, quem mais lhe deu força nesta caminhada rumo à ordenação. “Só sabia rezar a Ave-Maria e pela metade, não tenho vergonha de dizer. Ela (Maria Conceição) que rezava por mim, ela foi a grande intercessora, que não desistiu, me puxando, que insistiu. Sem ela, não teria chegado aqui. Ela é a minha metade”, frisou o diácono.

Impulsionado pelo Espírito Santo, ele logo iniciou a evangelização. Começou a rezar terços e realizar grupos de oração nas casas, na região da Paróquia Sagrada Família. Pouco depois, levou o grupo para igreja, porque já havia muita gente, e também iniciou os Rebanhões (retiro ou encontro de Carnaval da Renovação Carismática Católica – RCC) na Região Anchieta.

A participação na Igreja também não foi somente de alegria, ao menos aos olhos do mundo. Chegou a ficar um ano desempregado e viu sua situação confortável esmorecer. Contudo, sua fé permaneceu. “O amor que experimentei não foi por conta dos bens materiais. Meu chamado foi de união, de intimidade com Deus”, lembrou. “Nunca vi desanimado, sempre foi fiel, com amor, fazendo tudo para Deus. Toda vez que alguém o chama, nunca diz um não. Ele trabalha, mas dá um jeito”, emendou a esposa.

Agora, como diácono, ele sabe que o serviço é maior e recebeu o conselho de Dom Pedro para servir bem. “São duas virtudes: Estar cheio do Espírito Santo e ter sabedoria. Sem o Espírito Santo não existe possibilidade de viver sintonizado com Jesus. Abra seu coração para recebê-Lo. A Sabedoria é um dom do Espírito Santo. É ver como Deus vê, não como o mundo vê. Seja fiel, sempre sintonizado com a Palavra. Seja sal. Não somente no tempero, mas o sal que não deixa apodrecer. É servir ao próximo”, frisou Dom Pedro.

Atento à orientação do pastor do Grande ABC, o diácono ressaltou o tamanho da sua missão. “Comparo hoje (data da ordenação) com as três datas da minha vida: a do meu casamento e as dos nascimentos dos meus dois filhos. É algo importante porque esperava muito. É algo que vai me comprometer. É muito bom”, finalizou José Antonio.

Texto e fotos de Tiago Silva

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