Diocese de Santo André

A oração – A grande chave para a amizade e intimidade com Deus

A oração do Pai Nosso ensinada por Jesus a seus discípulos nos coloca no patamar de filhos e filhas  muito amados de Deus que nos criou à sua imagem e semelhança. Nesta intimidade familiar de pai e filhos, é que se estabelece uma relação de amizade, de amor em que podemos nos comunicar sem medo por palavras e ou obras.

Na Bíblia temos muitos exemplos da  intimidade entre  homens e mulheres com o seu Criador, cuja confiança plena, fez com que brotassem de seus corações preces belíssimas de súplica e de agradecimento, de entrega sem reservas, alimentados que eram  pela escuta atenta da Palavra… Palavra de vida em que o autor da história sempre  está  presente, enquanto vai nos falando,  nos fortalecendo, nos orientando, respondendo aos nossos anseios,  nos acalmando diante das grandes tribulações… encorajando-nos  a passarmos pelas grandes tempestades em segurança, sem que o barco vire para irmos sempre  em frente, para águas mais profundas.  Ele caminha conosco, lado a lado, e nós, muitas vezes distraídos, não o percebemos… vamos de cabeça baixa, tristes e alquebrados como os discípulos de Emaús. Ah! Se prestássemos atenção ao nosso coração que ardia enquanto Ele nos falava das Sagradas Escrituras! (Lc 24,32)

Jesus, o filho de Deus, afastava-se da agitação e retirava-se para um lugar isolado nos campos ou no alto dos montes para falar ao Pai. Muitas vezes à noite.  Para falar e para ouvir! E nós sabemos nos retirar para rezar? No dia a dia, encontramos este tempo precioso e o local adequado de encontro e comunhão com nosso Criador? Neste momento nos afastamos de toda fonte de distração que poderia interferir num encontro realmente pessoal com a família trinitária, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que está sempre nos esperando e que muitas vezes, por causa de nosso cansaço, tensão, desânimo, e tantas outras preocupações e desculpas,  não comparecemos?  Temos noção do que perdemos com nossa tibieza?  Não permitamos que as coisas do mundo, nos tirem as coisas do céu.

Podemos rezar na Igreja e fora dela. Dentro de casa, no quarto, na sala, na cozinha, na varanda e no quintal,  num quarto de hospital, no trabalho,  na escola, num cantinho qualquer.  A pé, no carro ou no coletivo.  Em meio às pessoas, com as pessoas, ou afastados do turbilhão do mundo. Onde quer que estejamos, devemos acalmar nosso coração para ouvir este Deus maravilhoso que nos fala de tantas maneiras… na criança que nasce, na brisa suave da tarde, num céu estrelado, no canto de um pássaro, numa flor que desabrocha, no dia que amanhece ou na noite que chega devagarinho. Compete a nós continuarmos a trabalhar sem cessar como Marta, ou fazermos uma parada para nos sentarmos aos pés de Jesus como fez Maria! Esta escolheu a melhor parte. Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; Lc 10, 42 “no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que  não lhe  será tirada.”  

Seria muito bom se todos os casais cristãos tirassem um tempo para a intimidade com Deus, num momento de oração a dois, iluminados pelo Espírito Santo, orientados pela Palavra de Deus, assim como tiram um tempo para a intimidade entre si. Esta seria também uma bela e eficiente catequese para seus filhos que aprenderiam o que é oração, vendo os pais rezando; aprenderiam a viver santamente, porque viram seus pais buscarem a santidade e aprenderiam a orientar sua vida pelos valores divinos, vendo seus pais apaixonados pelo Reino de Deus.  Lembremo-nos sempre de que: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei entre vós” (Mt 18,20)

“Em virtude de sua dignidade e missão, os pais cristãos têm a tarefa específica de educar os filhos para a oração, de introduzi-los na descoberta progressiva do mistério de Deus e no relacionamento pessoal com ele. É desejável que a Pastoral Familiar possa ajudá-los nessa missão, por meio de subsídios, encontros, retiros, palestras e outras dinâmicas. Os pais têm que dar exemplo de oração. O conteúdo da oração: a própria vida da família. Reservar um cantinho para a oração com símbolos cristãos.”  (nº 332 – Diretório da Pastoral Familiar – Doc. 79 CNBB)

Sejamos homens e mulheres de oração. Transpiremos isto em todo tempo e lugar, de tal forma que possamos atrair mais e mais irmãos a fazerem a experiência desta intimidade de filhos com seu Pai amoroso.  Experiência de encontro e comunhão com o que é divino, para o encontro e comunhão com o que é humano. Sejamos dóceis e amáveis à ação do Espírito Santo em nós, abertos e dispostos a amar mais, a olhar o mundo com os olhos de Deus. Quem já pratica, pode testemunhar os benefícios da reza diária do Santo Terço, da Oração do Ângelus,  da vivência da Lectio Divina, da Meditação da Liturgia Diária e ou da Liturgia Diária das Horas. Enfim… comece e termine seu dia: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!”  Que Maria, “a serva que sabe ouvir e acolher com fé a vontade de Deus” nos ensine a dizer “sim” ao projeto de Deus para nós, para podermos cantar,  como ela cantou: “O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome” (Lc 1, 49)

De nossa intimidade com Deus, brota a confiança de que Ele cuida de nós em todo o tempo e lugar.  Não tenhamos medo!  “Se Deus é por nós, quem será contra nós?  (Rm 8,31). Que nossa vida seja um culto agradável a Deus! Amém!

Artigo escrito por Osmarina Pazin.

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