Interlocução entre os movimentos, participação dos padres e ministros, pontualidade e compromisso são fatores apontados como fundamentais para uma boa receptividade nas paróquias do Grande ABC.
Após o primeiro encontro ocorrido na noite de quarta-feira (08/11), no Auditório da Mitra Diocesana, no Centro da cidade andreense, que reuniu representantes de 12 igrejas com o objetivo de trocar experiências e traçar prioridades como o cadastro e mapeamento das equipes de acolhimento na região, a Pastoral da Acolhida diocesana já têm tarefas a serem priorizadas no início do próximo ano.
Uma delas elencada por boa parte das coordenações presentes à atividade é o compromisso com as atribuições do grupo, seja na pontualidade, diálogo e organização.
“Maior desafio é o comprometimento de cada pessoa, que muitas vezes naquele entusiasmo não fazem exatamente o que é necessário. Que seria participar das festividades e honrar a escala”, atesta Maria Aparecida Berseli, coordenadora há quatro anos da Pastoral da Acolhida da Paróquia Santa Maria (Demarchi – São Bernardo do Campo), que conta com 23 membros na equipe criada em 1999.
“A dificuldade maior é o comprometimento. Além disso, a questão da pontualidade e sobre as pessoas aceitarem a renovação e mudanças em horários ou atuação da pastoral também merecem atenção especial”, revela Luide Novaes Bento, coordenadora desde 2016 da Pastoral da Acolhida da Paróquia Santa Luzia (Santa Luzia – Ribeirão Pires). O grupo já existe há uma década e conta atualmente com 25 pessoas.
Participação dos padres
Para Jarbas Santos Dias, outro integrante da Paróquia Santa Maria (Demarchi – São Bernardo do Campo), os sacerdotes e ministros de cada paróquia também devem incorporar o espírito do acolhimento e colaborar com a receptividade aos fiéis.
“Falta mais a participação da acolhida, no caso dos padres e dos ministros. Acolher não é uma tarefa apenas da Pastoral da Acolhida, mas sim de todos os membros da igreja. Porque nem todas as vezes o pessoal estará ali para acolher. Porque o padre não pode estar ali acolhendo um membro da igreja?”, questiona. Ele participa há 3 anos do grupo na comunidade.
Integração pastoral
Desde 2014 como vice-coordenadora da Pastoral da Acolhida na Paróquia Santa Maria (Demarchi – São Bernardo), Jeane Ferreira dos Santos também acredita que para haver um entrosamento maior no grupo é preciso uma integração entre os movimentos da igreja.
“Como a questão da igreja em saída tem muita gente que quer fazer parte da equipe, mas não tem aquele comprometimento, aquela responsabilidade de participar de todos os eventos. Por isso, se faz necessária uma interlocução maior entre as pastorais, a fim de que um colabore com o outro, objetivando a consolidação da acolhida”, reflete.
Prioridades para 2018
Para o próximo ano, o assessor diocesano da Pastoral da Acolhida, Padre Vanderlei Nunes, salientou alguns pontos para o início do planejamento e elaboração de calendário permanente do grupo.
Diante disso, a prioridade, a partir das próximas atividades, será a criação de uma comissão e escolha da coordenação que atuará, entre outras iniciativas, na organização de cursos e palestras, divulgação e comunicação das agendas do movimento em toda a Diocese de Santo André.
De acordo com o sacerdote, o trabalho de evangelização da Igreja Católica na região deve-se basear em cinco principais eixos: acolhida, espiritualidade, formação, comunicação e missão.
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Reportagem e fotos: Fábio Sales