Diocese de Santo André

Alegria de ser Santo

Neste mês em que comemoramos os santos conhecidos de nosso povo: São Pedro, João Batista e Antônio, convido você para refletir sobre a santidade.

O Papa Francisco vem nos brindar neste itinerário com a Exortação Apostólica “Gaudete et Exultate” (Alegrai-vos e Exultai), sobre o chamado à santidade no mundo atual. Nós nos tornamos santos vivendo as bem-aventuranças evangélicas que vão contra a corrente, diz o papa. Soma-se a isto que o chamado à santidade é para todos; a Igreja ensina e reafirma, santidade é um chamado universal, possível a todos que vivem no amor, pelo amor e para o amor, de Deus e dos irmãos.

Os 177 parágrafos deste documento não são um tratado sobre a santidade, mas uma maneira de fazer ressoar mais uma vez na Igreja o chamado à santidade. No capítulo segundo o Papa aponta dois inimigos da santidade, o “gnosticismo” e o “pelagianismo”. O gnosticismo compõe-se como uma vivência da fé que não consegue tocar a carne sofredora de Cristo nos outros, reduzindo os ensinamentos de Jesus a uma lógica fria e dura, que a tudo quer dominar. No fim esta vivência gera “um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja, uma Igreja sem povo” (cf. n. 37-39).

O “pelagianismo” por sua vez, baseado na vontade, coloca como meta e objeto de adoração o esforço pessoal em cumprir normas, isto dentro de uma obsessão pela Lei. O Papa lembra-nos que é sempre o dom da graça que ultrapassa a capacidade da inteligência e as forças da vontade humana que opera em nós (cf. n.54).

Em seguida apresenta-nos oito caminhos de santidade sem deixar de lembrar da regra de ouro da santidade: “a bem-aventurança da misericórdia”. Santo é o que a exemplo de Jesus vive plenamente a misericórdia, isto porque já provou misericórdia da parte de Deus. O santo vive sua fé em comunidade, é perseverante, paciente, manso, corajoso e fervoroso e, sobretudo, tem senso de humor.

O caminho da santidade compõe-se de oração e lutas constantes contra o mundanismo. Para vencer estas lutas, o santo deve se configurar a Jesus Cristo, modelo perfeito de santidade.

Nossa Igreja diocesana acaba de concluir seu Sínodo Diocesano que nos propõe um caminho de santidade. O modo de ser da Igreja é sinodal, escreve o Papa Francisco. Nossa Igreja, após realizar seu Sínodo Diocesano, põe-se em marcha para cumprir suas orientações e decisões, e esta é a parte mais difícil. A programação de nossas Regiões Pastorais e Paróquias se voltam para atividades que possam divulgar, fazer refletir e cumprir o que foi decidido sinodalmente, para que tenhamos uma Igreja acolhedora e missionária.

Todo o trabalho proposto pelo Sínodo Diocesano tem como objetivo tornar a Igreja um instrumento eficaz na implantação do Reino de Deus. Levar as pessoas ao contato com Deus no amor que gera a paz e a justiça, particularmente com os menos favorecidos. Este é o caminho da santidade vivida na comunidade eclesial. Jesus disse: “o Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17,20-21). Este Reino acontece com Deus reinando nos corações, e para que isto aconteça, existe a Igreja, seus sacramentos, suas pastorais e todo trabalho evangelizador. Visamos todos construir um mundo fraterno e solidário, para que sejamos santos como nosso Pai do céu é santo (cf. Mt 5,48).

 

Artigo escrito por Dom Pedro Carlos Cipollini para o jornal A Boa Notícia

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