Diocese de Santo André

Agosto: Mês dedicado a Família

Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita, nem temos filhos perfeitos.

Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável sem o exercício do perdão infinito. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia (nutrir-se da própria carne). Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura onde a mágoa causou doença.

Palavras profundas do Papa Francisco.

“O Evangelho da Família, alegria para o mundo”

A Igreja no Brasil celebra em Agosto a Semana Nacional da Família, evento promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).

Este ano, o evento que já faz parte do calendário das paróquias brasileiras tem como tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”, a mesma temática do IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco, que acontece em Dublin, Irlanda, também em Agosto.

“O ‘Evangelho da Família’ ressalta o lado positivo da Família, a família como boa notícia, como um bem, um dom de Deus. ‘Alegria para o mundo’ acentua o fato de que ser família não é um aspecto da doutrina, um valor apenas para os cristãos ou para as pessoas religiosas. É uma riqueza para o mundo, para a humanidade toda”.

Tudo está em sintonia. O nosso tema geral: “O Evangelho da Família, alegria para o mundo” e o tema da CNBB para o Ano do Laicato: “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na “Igreja em saída”, a serviço do Reino” e o lema “Sal da Terra e Luz Mundo” formam um leque de esperança para crescermos como família de Deus.

Podemos ser este “sal” e esta “Luz” quando nos comprometemos em aceitar aquilo que Jesus e a Igreja querem para nós, a nossa salvação. Quantas famílias estarão meditando sobre os temas escolhidos. É por isso que somos Igreja, porque nunca estamos sozinhos e em todos os lugares do Brasil, nesses dias, estaremos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A família é um “dos tesouros mais importantes” e “patrimônio da humanidade” (DAp, 432). É um bem para o casal, para os filhos, para a Igreja e para a sociedade. É lugar de realização humana, geração da vida, igreja doméstica, formadora de valores.

Rezemos pela santificação de nossas famílias: que sejam lugar do cultivo do amor, do diálogo, da acolhida, do perdão, da realização humana, da fidelidade e da paz.

Formação

1 – Deus em sua sabedoria plena nos desejou tudo de bom. “A terra estava informa e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gn.1,2). Deus criou tudo e viu que era  bom, até  a criação do homem, no sexto dia. Na criação do homem podemos perceber a grande bondade de Deus. Ele viu que o que havia criado era muito bom. Apenas o homem, Deus criou a sua imagem e semelhança, e nada lhe deixou faltar.

No versículo 26, ainda em Gênesis 1. Podemos ver a perfeição do Criador.  “Então Deus disse: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança, que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra. Então Deus criou o homem e a mulher”. (Gn. 1.27)

A Sagrada Escritura nos é apresentada logo com a criação do homem e da mulher “ à imagem e semelhança de Deus” e se encerra com as “núpcias do cordeiro” (Ap. 19. 7-9). De um extremo a outro, as Sagradas Escrituras falam do casamento e de seu mistério, de sua instituição e do sentido que lhe foi dado por Deus, além das realizações ao longo da história da salvação e de suas dificuldades  que vieram com o pecado original. Mas, a palavra fala, também, de sua renovação “no Senhor” (1Cor 7,39), quando foi instituída uma nova aliança com Cristo e a Igreja).

2- Deus que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano, pois o homem foi criado à imagem e semelhança  de Deus que é Amor. Tendo-os criado, homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e fiel de Deus por nós. Esse amor é bom, muito bom, aos olhos do Criador. Este amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo e realizar-se na obra comum de preservação da criação: “Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos,  multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28).

Homem e Mulher Deus os Criou, para se realizarem na comunhão.

“Por isso o homem deixa seu  pai e sua mãe, se une a sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2.18-25).

“Assim o Senhor nos mostra o desígnio do Criador. De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Mt, 19,6).

Dessa união profunda fica o ensinamento do apóstolo Paulo: “Maridos amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5, 31-32). São Paulo ainda roga: “E a mulher respeite o seu marido” (Ef  5, 33)

3 – Família geradora de uma sociedade nova (Catecismo da Igreja católica – 1652 – 1656 – 1657)

Os filhos são os mais importantes dons do matrimônio, a continuidade da família, a preservação da estrutura original do Projeto de Deus.

A família deve ser o “Porto Seguro”, o lugar onde todos os membros se sentem acolhidos, amados,  entre marido e mulher, um dando o apoio e colo ao outro nas horas difíceis, o horizonte, o exemplo e a segurança para os filhos.

Não nos esqueçamos, em momento algum de nossos irmãos, nossos pais, nossos queridos avós, demais parentes e amigos.

Essa é a verdadeira Família criada, idealizada e sonhada  por Deus, esse é o nosso modelo de Sagrada Família humana, por isso o lar é chamado de “Igreja doméstica”.

Podemos concluir que pelos Sagrados Ensinamentos, restaurados  pelo poder do Espírito Santo, com amor e perdão, somos capazes de, juntos, construirmos uma nova sociedade.

Artigo desenvolvido pela revisora da Diocese: Dayse Maria Mellero de Melo

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