Diocese de Santo André

Em Missa de Natal, Dom Pedro pede mais esperança e fé em Jesus

Na Vigília Natalina ocorrida na noite de segunda-feira (24/12), na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense, bispo da Diocese de Santo André disse que, em muitas ocasiões o significado da festa natalina é reduzido ao consumismo em detrimento de celebrar o verdadeiro protagonista da data.

 

O significado do nascimento de Jesus Cristo continua atual todos os anos, diante da necessidade de promover a paz e lutar pela igualdade dos povos. Neste sentido, a representação da família é o instrumento da união e da coletividade contra as práticas individualistas.

E assim, como aquela família, de Maria e José à espera da chegada do menino Jesus, dezenas de famílias levaram suas crianças e seus bebês para acompanhar a festa cristã, presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, concelebrada pelos padres Joel Nery (pároco) e Giacomo Pellin (vigário paroquial), ambos da Catedral do Carmo.

“Hoje é dia de contemplar Jesus Cristo. Vamos abrir nossos corações e mentes. Ele é a esperança e amor para nossas vidas e por um mundo melhor”, discursou o bispo, durante a abertura da celebração.

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Consumismo e felicidade

Citando a segunda leitura (Tt 2,11-14), Dom Pedro refletiu sobre o modo de vida na atual sociedade, apegado aos bens materiais, egocentrismo e muitas vezes sem tempo e reconhecimento à importância de Jesus Cristo. Para ele, o Salvador veio ao mundo para introduzir outro tipo de conduta da humanidade.

“A grande diferença entre quem segue Cristo e quem não segue é essa: crer no amor de Deus e vivê-lo todos os dias, fugindo do pecado, que é apego ao nosso ego e egoísmo, fazendo de nós mesmos o nosso Deus. Para quem é egoísta, narcisista, fechado sobre si, não precisa nascer o menino Jesus. Ele já é Deus para si mesmo. Para que o menino Jesus? A nossa cultura é isto. O homem diz: Deus é possível, mas não é necessário”, analisa, ao citar que a Festa de Natal, em muitas ocasiões, acaba ficando reduzida ao consumismo. “Nem mesmo o Papai Noel ainda é levado em conta. Até ele está em decadência”, comenta.

Para mudar essa realidade, Dom Pedro disse que existe apenas um caminho para encontrar a verdadeira felicidade.

“Jesus que nos comunica essa esperança maravilhosa. Jesus, o autor e consumador da nossa fé, que dá sentido a nossa vida. Jesus, aquele que nos ama e nos confirma no amor. Porque só o amor nos traz a vida plena e a verdade que buscamos. E que se manifestou em Jesus, no presépio que contemplamos”, reitera o bispo, ao seguir em procissão com o Salvador, rodeado de crianças, a fim de colocá-lo na manjedoura, aquele que chegou para livrar a humanidade de todo o pecado e restaurar a paz.

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Reflexão necessária

Após o anúncio natalino recitado pelo padre Joel Nery, a Vela do Natal é acesa e, num gesto simbólico, Dom Pedro beija o menino Jesus, ao recordar as duas grandes solenidades que polarizam o ano litúrgico: a Páscoa e o Natal.

“É preciso celebrar neste dia, mais do que longos discursos, explicações. É um dia de contemplar o menino Jesus na manjedoura. José e Maria contemplam o menino, observam, olham, meditam nos seus corações. No presépio vemos também os animais que rodeavam o menino, olhando aquela criança. Por isso, não é o momento de fazer grandes e solenes discursos. Por isso, nesta homília quero convidar a todos para olhar o menino Jesus, contemplar no íntimo do seu coração, aquilo que o Evangelho (Lc 2,1-14) nos descreveu”, sintetiza Dom Pedro.

Sob a regência do maestro José de Almeida, O Coral da Catedral Nossa Senhora do Carmo foi o responsável pelo repertório musical da celebração.

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Virtudes essenciais

Durante a homília, Dom Pedro explicou duas práticas fundamentais para o povo seguir na caminhada vencendo os obstáculos que aparecem no dia-a-dia: a esperança…

“Só quem tem esperança pode se alegrar. Quem não tem esperança vive triste. Por isso, o Natal nos traz uma grande mensagem de esperança. É preciso esperar contra toda esperança. É preciso ir de esperança em esperança, sem nunca desanimar. No mundo onde tem muito contentamento e pouca alegria, é preciso colocar esperança. E a fonte da nossa esperança é esse Deus quem vem ao nosso encontro”

…E a fé!

“É a fé que nos mostra o amor de Deus manifestado em Jesus. Este Deus que sabe que não conseguimos chegar até Ele. Por isso Ele vem. Porque ao tornar o homem, o verbo eterno, o Filho de Deus faz de cada ser humano, seus irmãos e suas irmãs, por adoção. Deus em Cristo recebe toda humanidade como filhos e filhas. Isso é maravilhoso”, elucida.

Reportagem e fotos de Fábio Sales

 

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