Diocese de Santo André

Clayton e Guilherme: novos padres são sal e luz para o povo de Deus

“Os discípulos são o sal da terra e a luz do mundo”. O trecho do sermão da montanha  (Mateus 5.13-16) ilustra bem a responsabilidade dos novos pastores da Igreja Católica, Clayton Ramos Costa e Guilherme Franco Octaviano, que foram ordenados sacerdotes na manhã de sábado (16/02), em cerimônia com grande público presidida pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, na Paróquia Santo Antônio, na Vila Alpina, em Santo André.

Concelebrada pelo bispo emérito Dom Nelson Westrupp e com a presença de vários padres, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, leigos e leigas dos sete municípios do Grande ABC, o rito de ordenação presbiteral teve início com a profissão de fé, juramento de fidelidade, a eleição dos candidatos até então na posição de diáconos, passando pelo interrogatório de Dom Pedro sobre o propósito dos eleitos e a prece litânica (parte reflexiva em que todos se ajoelham em direção ao altar).
Um dos momentos mais aguardados e emocionantes da solenidade são a imposição das mãos pelos bispos e sacerdotes, acompanhada da prece da ordenação, quando os recém-ordenados recebem as vestes presbiterais e a unção das mãos, ocasião em que pe. Clayton e pe. Guilherme receberam o cumprimento de todos os padres e foram convidados a integrar o presbitério, num gesto de comunhão e unidade com Cristo.

Com o lema “Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado” (I Pd 5,2), padre Clayton celebrou a primeira missa em sua paróquia de origem, a Igreja Matriz Imaculada Conceição de Mauá, no último domingo (17/02), e atuará como vigário na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, em Diadema.
Padre Guilherme escolheu o lema “Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor” (SI 88) e rezou a primeira missa também no domingo (17/02), em sua paróquia de origem, a São José,  em São Bernardo do Campo, e servirá como vigário na Paróquia Nossa Senhora do Paraíso, em Santo André.

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Acolhida e missão

Emocionado, padre Guilherme cumprimentou cada pessoa que acreditou na sua caminhada.  Ele revela que o principal desafio na atuação como sacerdote é permanecer unido a Jesus e cuidar com muito zelo do povo. “Temos que agir com muita fidelidade naquilo que nos foi confiado”, frisa. Entre as primeiras ações, o novo pastor pretende atuar em sintonia com o 8º Plano Diocesano de Pastoral, com as prioridades definidas no Sínodo Diocesano, destacando a acolhida e a missão.
“Temos que construir uma igreja cada vez mais acolhedora, uma igreja permanentemente missionária. Fazer com que as pessoas estreitem seus laços de amizade, de fraternidade. Fazer com que todos sejam reconhecidos pelo amor de Deus. São os sinais e essa vontade que Deus tem para nós. É isso que esperamos. A graça de Deus dentro de nós. Juntos poderemos colocar em prática”, avalia.

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Conquistar a juventude

Sem disfarçar a felicidade no rosto em receber o carinho dos fiéis presentes na celebração, pe. Clayton disse que ser padre na atualidade é um grande desafio.
“Nós olhamos para o nosso mundo e existem muitas coisas prazerosas. Por isso devemos seguir a Deus numa radicalidade, com responsabilidade e servir a comunidade, sempre”, indica. Segundo ele, uma de suas primeiras tarefas como sacerdote será atuar pela renovação da Igreja, visando atingir o coração da juventude e ganhá-las para Jesus Cristo. “Temos que encontrar caminhos no meio desse povo santo de Deus para cativá-los e fazer com que eles se sintam amados para também caminhar e fazer essa peregrinação terrestre rumo ao céu”, afirma.

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Sal e luz para o mundo

Como sempre acontece durante as homilias nas ordenações de novos pastores para o Reino de Deus, Dom Pedro faz uma explanação sobre o papel do sacerdote junto ao povo e a missão assumida diante da Santa Igreja. “Não é um projeto pessoal, mas um projeto de Deus”. Um trecho do sermão da montanha em que afirma ‘os discípulos são o sal da terra e a luz do mundo’ retrata a responsabilidade dos padres Clayton e Guilherme. “O cristão é sal. Está no meio do mundo como quem serve, sem estar em evidência. Sendo somente o sal que prepara a oferenda, que prepara a chegada de Jesus nos corações e nas realidades deste mundo para que ele seja salvo”, sintetiza.
“De hoje em diante, como sacerdotes, vocês devem ajudar a salgar o mundo para que ele se converta a Deus e ao seu reino. Isso vocês farão com o testemunho de uma vida autêntica. Vivam o que vão prometer hoje diante da Igreja aqui reunida, que alegre, feliz, reza por vocês. Implorem a força divina da fidelidade no testemunho do evangelho até o fim”, complementa.
O bispo diocesano ainda disse que os recém-ordenados devem refletir a luz de Jesus que ilumina o mundo em cada comunidade que atuarão neste início de sacerdócio.

“Meus queridos diáconos Guilherme e Clayton, essa luz que foi acesa no batismo, hoje para vocês, meus filhos, é amplificada pela graça do sacramento da ordem. Sacramento que imprime caráter, que transforma o vosso coração para conformá-lo ao coração de Jesus, que é a verdadeira luz do mundo. Ele vos amou e vos chamou para partilhar dessa luz e da missão de iluminar de uma forma tão especial. Para que vosso testemunho aconteça é necessário que tenham essa convicção. Uma luz eterna será acesa em vossos corações”, atesta.

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Aceitação da família

Nem sempre as famílias aceitam tranquilamente quando os filhos avisam sobre a ideia de se tornarem padres. No início, certa resistência toma conta do lar. Por muitas vezes é preciso um trabalho de convencimento de que a vocação sacerdotal é um chamado de Deus e que a vontade Dele seja feita. No entanto, o constante diálogo é o caminho para que tudo se resolva harmonicamente.

A primeira reação de Miralba Ramos Costa, 69 anos, foi negativa, diante da notícia do filho Clayton sentir o chamado para uma nova missão. Evangélica, a dona de casa resistiu a ideia no início:  “Num primeiro momento disse não. Mas com o tempo passando vamos percebendo que nossos filhos têm o direito de escolherem o caminho que querem trilhar na vida”, ressalta. “Quando ele disse: ‘mãe, vou ser padre’, eu não acreditava. Primeiro, por causa do temperamento. Ele gosta das coisas certinhas e é bastante reservado”, frisa, ao recordar que se convenceu da vocação do filho, após o falecimento do marido, em 2013.
Ele disse: “Mãe, agora eu sei qual a minha vocação. E vou seguir, era vontade minha e do meu pai.”, e eu respondi: “Filho, se é isso que você quer, vá em frente!” Passados seis anos, o sentimento é um só: “Feliz”.

Por outro lado, o sonho de muitos pais é o de que o filho constitua uma família. Com o casal Carlos da Silva, 48 anos, e Edmara Franco, 49 anos, não foi diferente. “No início foi um baque para nós”, revelam o vendedor e a farmacêutica, ao receberem a notícia de que o filho, Guilherme decidiria pela caminhada ao sacerdócio. “Imaginava que planejaria outras coisas para a vida”, conta Carlos: “Pensava que ele faria uma faculdade e seguisse uma carreira profissional”, recorda Edmara.
Com o passar do tempo, ambos aceitaram a missão do filho que já se desenhava desde os primeiros passos de sua vida religiosa.
“É uma conquista para o Guilherme e para nós, também. Ficamos felizes de vê-lo feliz”, comemora a mãe. “É uma vitória para nosso filho. Está num caminho glorioso de Deus”, emenda o pai.

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Sobre os novos sacerdotes:

Clayton Ramos Costa nasceu em Mauá, no dia 8 de janeiro de 1978. Sentiu o chamado vocacional no final da década de 1990. Em 2002 ingressa no seminário dos redentoristas Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), permanecendo até 2007, quando solicita um período de discernimento de seis anos.
Mesmo ausente do seminário, a chama não se apagou dentro de seu coração. O ardor se manifestou novamente em 2013, quando reiniciou o discernimento vocacional em Campinas (SP), trabalhando e estudando na cidade por três anos. Solicitou a transferência para a Diocese de Santo André no ano de 2016. Acolhido pelo bispo Dom Pedro Carlos Cipollini, pe. Clayton é ordenado padre no dia 16 de fevereiro de 2019.

Guilherme Franco Octaviano nasceu no dia 21 de junho de 1992, em São Bernardo do Campo. Desde a infância participou da Paróquia São José Operário, na cidade são-bernardense. O chamado mais objetivo de Deus para a vocação sacerdotal ocorreu após o sacramento da Crisma, quando começou o engajamento em outras atividades da comunidade e sentia cada vez mais uma vontade maior de estar na igreja e contribuir com o povo. Iniciou o discernimento com o padre Carlito Dall’Agnese, então pároco da igreja que frequentava e ingressou no seminário da Diocese de Santo André com apenas 18 anos, no dia 12 de fevereiro de 2011 e após oito anos foi ordenado sacerdote no dia 16 de fevereiro de 2019.

 

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Leia na íntegra a homilia.

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