Diocese de Santo André

Nossa Senhora do Carmo e o escapulário: sinais da mãe que nos quer salvos!

É motivo de grande alegria não só para a nossa diocese de Santo André, mas também para toda a Igreja, a celebração da Festa de Nossa Senhora do Carmo que é recordada no dia 16 de Julho. Este título da Virgem Maria remonta ao século XIII em que a Mãe de Deus aprouve manifestar seu cuidado e amor pela Igreja que passava por inúmeras dificuldades. A partir da aparição de Maria, se difundiu o uso do escapulário que, sobretudo para os paroquianos de nossa catedral diocesana, é tão conhecido e estimado.

Com isso, a proximidade da festa da padroeira de nossa catedral torna-se momento propício para refletirmos sobre alguns aspectos importantes desta devoção mariana.#

Origem da devoção à Virgem do Carmo

Foi em 1251 que Nossa Senhora apareceu ao superior da Ordem dos Carmelitas, São João Stock, que lhe havia pedido um sinal  em meio aos desafios que a ordem estava enfrentando. Tal como fizera nas Bodas de Caná (Jo 2, 3), Maria não deixou de demonstrar sua solicitude diante das aflições de seus filhos e, a partir do pedido do carmelita, lhe aparece e lhe concede o desejado sinal: o escapulário.

São realmente confortantes as palavras de Maria que não ficaram restritas aos carmelitas do século XIII, mas dizem respeito a cada um de nós que vive a fé católica hoje. Diz a Virgem: “o escapulário será para ti um privilégio, e quem morrer piedosamente revestido com ele será preservado do fim eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno“.

Esta aparição, longe de ser uma mera lenda ou relato fictício, permite-nos ver Maria como uma Mãe que nos quer salvos, que deseja para nós as alegrias da vida eterna junto a Deus. A garantia de que quem usar piedosamente o escapulário será preservado do fim eterno deve nos levar a profunda gratidão a Maria que deseja para nós o maior dos bens: a salvação!

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O que é o escapulário e como os papas têm falado dele?

Como manifestação amorosa dado pela Virgem Maria, o escapulário é um sacramental, ou seja, é algo que, à imitação dos sacramentos, serve de sinal sagrado significando realidades, sobretudo de ordem espiritual, que se obtêm pela oração da Igreja (Cf. SC, n.60). É um instrumento dado pela Santa Mãe Igreja a fim de nos auxiliar na busca da salvação.

Este termo, escapulário, faz referência a palavra latina scapula (espáduas, ombros), justamente por se tratar de um objeto a ser utilizado sobre os ombros. Em modo alegórico, poderia ser dito que, assim como vestem-se aventais ou armaduras para proteção contra sujeiras e perigos, também o escapulário deve ser para nós veste espiritual contra os males. Não é um amuleto supersticioso, mas um sinal visível da nossa união a Deus por meio da devoção à Maria. Em tempos de excessiva valorização das vestes externas que se pautam em modismos passageiros, convém ao fiel católico preocupar-se sobretudo com a veste interior que é incomparavelmente superior.

Já durante o papado de João XXII nos é relatada a confirmação da promessa que a Virgem fez a São João Stock através do privilégio sabatino, isto é, a garantia de que, quem morrer portando piedosamente o santo escapulário será liberado do purgatório no primeiro sábado após o falecimento. Isso, convém reforçar, não nos subtrai dos deveres que são próprios de uma vida em constante busca de santidade e permanente estado de graça, mas nos assegura a assistência de Maria após a nossa morte terrena.

Poderíamos ainda aludir a dois grandes papas que incentivaram o apreço pela devoção a Nossa Senhora do Carmo e a utilização do escapulário. Em 1950 o papa Pio XII afirmou que a devoção ao escapulário fez descer sobre o mundo uma copiosa chuva de graças e que o escapulário poderia ser visto como verdadeiro memorial de Nossa Senhora. São João Paulo II, por sua vez, sempre testemunhou a devoção que ele próprio tinha em relação ao escapulário e buscou propagar a reverência a este sacramental. Ademais, o atual sumo pontífice, papa Francisco, continuamente incentiva o amor por Nossa Senhora e ele mesmo coroou, no ano passado, a imagem da Virgem do Carmo em sua visita em terras chilenas.

Por fim, enquanto Igreja diocesana, somos chamados a uma incansável busca pela salvação, acolhendo o auxílio do escapulário de Nossa Senhora do Carmo e dos sacramentais como instrumentos que colaboram com a vivência da santidade que é um chamado direcionado a todos, sem exceção (Cf. Gaudete et Esultate, n.14).

Artigo desenvolvido pelo seminarista Willian Maia

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