Diocese de Santo André

A importância do Leigo na Igreja

A experiência do encontro pessoal com Jesus é a única capaz de sustentar a missão do Leigo (a) na Igreja.

A messe necessita de cristãos com o coração extasiado, apaixonado pela Cruz e pela Paz do Senhor Jesus.

Quem são os leigos?

São todos os que professam a fé em Jesus Cristo, no âmbito da Comunidade Católica, tendo recebido o batismo, mas não pertencentes ao grupo dos ministros que receberam o Sacramento da Ordem.

O Igreja pretende valorizar a vocação de todos, evitando qualquer distinção de classe entre clérigos e não clérigos, pois ela não é formada por classes, mas constitui-se numa grande comunidade de irmãos, que têm funções diferentes, exercendo a autoridade hierárquica como um serviço à comunidade inteira. Bom exemplo a respeito encontra-se na Carta aos Efésios que diz: “Há um só corpo e um só espirito…, no entanto, a cada um de nós foi dada a Graça conforme a medida do dom de Cristo… a alguns ele concedeu serem apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas; a outros pastores e mestres”(Ef 4, 4 -12).

“Uma vez que, como todos os fiéis, por meio do batismo e da confirmação, são destinados por Deus ao apostolado, os leigos, individualmente ou reunidos em associações, têm obrigação geral e gozam do direito de trabalhar  para que o anúncio divino da salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo; esta obrigação é tanto mais urgente naquelas circunstâncias em que somente através deles as comunidades podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo”.*

Desafio vocacional

É preciso suscitar, constantemente, no coração dos leigos e leigas a importância da sua vocação missionária, e o quanto ela contribui para o bem de toda a Igreja e da sociedade. Em saída, cheios do Amor de Deus em ações práticas de amor ao próximo, os leigos devem refletir, com sabedoria, seu protagonismo neste contexto reconhecendo o valor pessoal de seu ministério na comunidade. Serviço chamado; movido e enaltecido intensamente pelo Amor de Jesus Cristo em todas as ações pastorais desenvolvidas pela igreja.

Conforme os desígnios de Deus, neste momento, em plena comunhão com a Santíssima Trindade, com o Papa Francisco e a nossa Igreja, necessitamos de um novo Pentecostes (At 2,1-4) dentro do coração de cada um, para que, impregnando o mundo com o espírito cristão, possa bendizer e retribuir com muita alegria e esplendor, todas as graças recebidas do alto, compartilhando-as fraternalmente em grandes atos de caridade [amor pleno ao próximo], diante das missões pastorais que, em caminhada, representam a imagem de Jesus Cristo – a Pedra Angular que sustenta fielmente a edificação do projeto de Deus para todo seu povo amado (1Pd 2,6-8).*

O apostolado dos leigos

Como membros vivos na missão da Igreja, todos os leigos são chamados a desenvolver funções que incrementam a perene santificação da própria comunidade.

Atuando em trabalhos voluntários que atingem à vida do próximo, nas pastorais; nos movimentos e em missões fora da Igreja, os leigos e leigas continuam a escrever, com amor, o Ato dos Apóstolos (Jo 13,12-17).

De irmão para irmão, a participação dos leigos não está somente nas missões desenvolvidas dentro das comunidades eclesiais, pois muitos se lançam às Bem-Aventuranças fora da igreja, e voluntariamente dedicam boa parte de suas vidas em ações de misericórdia e solidariedade em muitas instituições de saúde, casas de assistência aos idosos e crianças, casas de recuperação de usuários de drogas e de álcool, e tantas outras belíssimas obras de promoção humana (Mt 5,7).

Olhando mais precisamente para as ações pastorais nas igrejas, imaginemos a quantidade de fiéis engajados em todas as comunidades do universo Cristão. São milhares de leigos e leigas envolvidos na estrutura eclesial, e, juntamente com o clero: bispos, presbíteros e diáconos, como membros ativos, ajudam na missão evangelizadora, anunciando Jesus, O Cristo – cabeça da nossa Igreja – movida pela ação do Espírito Santo.

Hoje, seria impossível mantermos as estruturas de atuação das nossas comunidades eclesiais sem o apostolado dos leigos.*

O ministério dos leigos  

Devemos lembrar que as portas sempre estiveram e continuam abertas para todo fiel que, como povo de Deus, queira participar e evoluir, a seu modo, acatando o convite de Cristo, “Vem e Segue-Me”,  desenvolvendo a missão evangelizadora que Jesus Cristo deixou para nossa Igreja através dos frutos do Espírito Santo.

Pelo chamado a um enobrecedor projeto de vida pessoal, sendo, pela graça, um instrumento para a construção do Reino de Deus, todo discípulo missionário deve engajar-se ativamente em algum ministério eclesial, ou em obras de ações sociais voltadas ao bem da comunidade, pois estando incorporado mais ativamente às obras divinas, produz frutos abundantes que o elevam ainda mais a um estado contemplativo de amizade com o Pai – servindo-O em ações de fraternidade, realizadas e reconhecidas em todas as missões exercidas para o bem comum da humanidade (Gl 6,10). “Consagram a Deus o próprio mundo”.

Para os leigos e leigas que ainda não conseguiram “reconhecer o chamado”, para a alegria do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a Santíssima Trindade, todos podem interceder em orações, clamando ao Espírito Santo para que ilumine a alma missionária desses irmãos, manifestando em seu interior o desejo de agir na propagação do Evangelho (At 18,18.26; Rm 16,3).

Todos os leigos Incorporados a Cristo estão em plena comunhão com O Seu corpo que está vivo em nossa igreja – revelando em unidade – o sentido universal da graça alcançada em comunidade.

O serviço ao próximo é um dos maiores testemunhos de fé do verdadeiro cristão, pois formando um só corpo em Cristo (Rm 12,4-5), traz para a terra um pedaço do céu – onde Deus está a serviço de suas amadas criaturas (Mc 10,45).

Movidos pelos dons e carismas recebidos do céu, a participação, dentro das comunidades pastorais, aproxima muitos irmãos que contemplam um grau mais elevado de espírito evangélico, ou seja, estando mais enraizados e fortalecidos de conhecimentos do plano de Deus, conseguem ser bons propagadores do Seu Reino.

O envolvimento com a comunidade paroquial gera diversas oportunidades de formações , de conhecimentos, estimulando a participação em cursos, palestras, estudos bíblicos, Teologia, grupos de orações e tantas outras providências do céu, que edificam e animam com a sabedoria divina e o discernimento humano [fé e razão], “valores do Reino no âmbito da vida social, econômica, política e cultural” (Documento de Aparecida n.212). Pela graça, o verdadeiro amor da Santíssima Trindade ilumina os caminhos para ‘as coisas’ de Deus, fazendo com que se receba verdades de fé e de caridade plena ao próximo (Rm 13,10).*

Leigos – Discípulos missionários

Para os que já atuam em comunidades eclesiais, a perseverança é um dom que deve ser sempre animado pelo Espírito Santo, pois o cansaço, a falta de interesse e a fraqueza podem levar ao afastamento da missão. Por isso, é necessário “renovar seu carisma original”. A obra necessita de cristãos com o coração extasiado, encantado pela paz do Senhor (Jo 14,26-27).*

Reflexão à luz do Espírito Santo

Com o resplandecer da Nova Primavera, exaltada com imensa riqueza pastoral pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, agora, colhendo e semeando bons frutos dessa estação, a Igreja Católica, incentivada ardentemente pelo Papa Francisco, coloca os cristãos leigos e leigas como protagonistas da Igreja em saída – sujeitos da evangelização no mundo.

A missão de anunciar a Boa-nova para o mundo tem seu início principalmente dentro das comunidades pastorais das igrejas, visto que, tendo Cristo como cabeça; o clero, os religiosos (as) e os leigos e leigas como seus membros, juntos, com planejamento, vocação, visão apostólica, perseverança, fé, e principalmente muito amor ao próximo, fortaleçam o Reino de Deus – aproximando os que mais necessitam, pela graça, conhecer o Amor e a Misericórdia Divina.

Caminhando e evangelizando através da caridade e não do proselitismo, mas sinalizando o bem maior da paz interior prometida por Jesus, o protagonismo dos leigos promove uma ação redentora, capaz de mostrar ao mundo, o quanto O Deus criador deste mundo pode transfigurar nossas vidas. Mas para isso é preciso que O conheçam melhor, pois é na vida que Ele se revela.

Artigo escrito por Dayse Maria Mellero de Melo

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