Outubro traz no nome “oitavo” pois era o oitavo mês do calendário do império romano antigo, cujo ano começava no mês de março. Para nós outubro é um mês muito querido, não só por estarmos na primavera, mas pelas datas que sinaliza. Iniciamos comemorando santos como Santa Terezinha do Menino Jesus, São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Rosário.
Neste mês (de 06 a 27 de outubro) se dará em Roma o Sínodo da Amazônia, convocado pelo Papa Francisco para sentir e conhecer melhor a realidade da Igreja que ali está. E também, para projetar à luz do Espírito Santo, o futuro da ação evangelizadora naquela região. Lembro-me da fala do Papa Francisco aos bispos brasileiros durante a Jornada da juventude, no Rio de Janeiro, quando nos desafiou a olhar com mais atenção para a Amazônia. Que a Igreja do Brasil possa estar atenta a este apelo do Santo Padre.
Neste sentido, a missão se torna cada dia mais importante, pois outubro é para nós não somente o mês do Rosário, mas o “Mês missionário”. A Palavra de Deus nos assegura que a missão evangelizadora é obra de Deus, em qualquer forma de evangelização, o primado é de Deus, e Jesus é o primeiro e maior evangelizador. Deus e seu poder está acima de tudo, por isso não podemos desanimar, diante de tarefa tão exigente, mas devemos sim, ler os sinais dos tempos para discernir o que Ele nos pede e como devemos evangelizar na realidade de hoje.
Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o papa Francisco nos propõe quatro pistas ou pilares para a missão evangelizadora: a) abandonar o cômodo critério pastoral que diz: “fez-se sempre assim”, b) Ouvir a todos, c) Sair de si ao encontro do outro e d) Concentrar o anúncio no essencial (cf. EG 33,35 e 179).
Nossa Diocese fez uma opção missionária no seu Sínodo Diocesano. De fato, nossas prioridades pastorais são em resumo: Acolhida e Missão. Não nos esqueçamos que a opção missionária é uma opção pelos pobres, que nos convida a ir a lugares pobres da presença de Deus, eles nos evangelizam.
O “Mês missionário Extraordinário” convocado pelo Papa este ano, nos convoca para a missão. Ele foi programado com muito carinho nas dez Regiões Pastorais de nossa Diocese. Vamos vivenciar este acontecimento, como momento de graça e benção de Deus. Que seja um momento de levar avante a revolução da ternura, a qual “traz o selo de Cristo encarnado, crucificado e ressuscitado”(EG 95).
Deus abençoe a todos!
* Artigo de Dom Pedro Cipollini para o jornal “A Boa Notícia”