A palavra “missão” designa o envio para cumprir uma tarefa. Na esfera cristã, missão inclui “tarefa”, “envio”, “testemunho”, “diálogo” e “evangelização”. A natureza missionária da Igreja tem sua origem no envio do Filho e na missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai (cf. AG 2). Sua estrutura é trinitária, porque ela é “Povo de Deus”, “Corpo do Senhor” e “Templo do Espírito Santo” (LG 17).
A missão da Igreja é anunciar Jesus Cristo, evangelizar, acolher, defender a plenitude da vida de todos e a integridade da vida de cada um. Missão inclui os espaços particulares e coletivos e, ao mesmo tempo, ultrapassa todas as fronteiras geográficas, étnicas e culturais, chegando a todas as periferias existenciais. A missão exige sair de si, viver “em saída” para ir ao encontro do outro em atitude de acolhimento. A missão é de Deus na qual somos convidados a cooperar como Igreja em saída. Em virtude do batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário, é um sujeito da evangelização, tem obrigação e goza do direito, individualmente e em comunidade, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra (cf. Mt 28, 19).
Ser missionário é perceber que “aquilo que a nossa alma é para o corpo, os cristãos são para o mundo” (Didaqué). Esta atividade está intimamente associada à base espiritual, à vida de oração pessoal e comunitária, à frequência na recepção dos Sacramentos, à acolhida da misericórdia, ao testemunho da unidade e à reta formação doutrinária.
“A atividade missionária ainda hoje representa o máximo desafio para a Igreja, e a causa missionária deve ser (…) a primeira de todas as causas” (Evangelii Gaudium). É um desafio que exige de nós o empenho e a dedicação de cada um. Todos devemos tomar parte deste grande plano de Deus e assumir juntos esse compromisso.
* Artigo por Centro Diocesano de Pastoral