Diocese de Santo André

Santa Cecília: celebrando um dos corais mais antigos da Diocese

Santa Cecília, padroeira dos músicos e da música sacra, é celebrada neste 22 de novembro. É uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V. A razão da devoção dos cantores e instrumentistas, certamente, se traduz pelo exemplo de mulher cristã e humildade, onde lê-se nas atas de Santa Cecília: “Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro Esposo.” E para homenageá-la nesta data, vamos recordar a história de um dos primeiros corais nascidos na Diocese de Santo André. Trata-se do Coro Imaculada Conceição, da Igreja Matriz de Mauá, que completa 62 anos de atividades ininterruptas neste dia 22 de novembro, participando das missas na Matriz e também em outras igrejas e espaços em que são convidados para apresentações.
O grupo canta aos domingos nas missas das 10h, na Matriz de Mauá. No dia 7 de dezembro, no mesmo local, participarão da Missa da Vigília da Imaculada, às 19h.
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Trajetória
Quem nos ajudará a contar essa história de mais de seis décadas de trajetória é Maria Cecília Giroldo de Araújo, 71 anos, uma das remanescentes da formação original do grupo. Esposa, mãe e avó: a soprano participa das atividades desde o embrião do coral, iniciando no coro infantil, em 1958, e depois migrando para o coro adulto, em 1964, onde permanece até os dias atuais.  “Eu iniciei no coro infantil, em 1958, com a chegada do maestro José Valdemir Barbosa. Já existia o coral adulto fundado em 1957 pelo Monsenhor Alexandre Arminas (1908-1975). Amante do canto coral, ele formou o grupo com a ajuda de vários paroquianos. Com a chegada do maestro Barbosa, o coro cresceu ainda mais e aí ele formou em 1958, o coro infantil”, relembra Maria Cecília, que também confidencia que a única coralista da sua época é Célia Mantovani, que atua no grupo desde 1957.

Maria Cecília conta que o interesse pela música surgiu, ao participar ativamente da paróquia, nas vezes que coroava Nossa Senhora por várias vezes entoando o canto da coroação. “Com a formação do coro infantil eu me interessei ainda mais. E hoje não consigo me encontrar sem estar cantando. A importância do canto nas missas engrandece ainda mais a cerimônia. A música nos eleva ainda mais a Deus. É muito bom louvar a Deus através da música. Tem um ditado que já dizia nosso Monsenhor Alexandre: ‘Quem canta reza duas vezes'”, enfatiza.

Um ideal
Atualmente com 86 anos de idade, o maestro José Valdemir Barbosa continua na ativa, fazendo parte do conselho do Coral da Cidade de Santo André e contribuindo com os trabalhos no Coro da Catedral da Sé, em São Paulo. Ele cita uma frase que era sempre proferida pelo saudoso Cônego Belisário Elias de Souza (1933-2011) para resumir a trajetória no Coro Imaculada Conceição. “A vida só é digna de ser vivida quando temos um ideal a colimar”, frisa.

Histórias marcantes
O Coro Imaculada Conceição coleciona momentos marcantes em sua caminhada, como apresentações em Aparecida para o Papa João Paulo II, em 1980; com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sob regência do maestro Eleazar de Carvalho, entre outras festividades e eventos. Importante ressaltar que o maestro José Valdemir Barbosa acompanhou toda a trajetória do Coro, desde 1958 até 2018. Sem ele, o coro não teria existido por tanto tempo.
“Atualmente, temos a importante ajuda, tanto na regência, ensaios e formações da música na liturgia do Eurivaldo Ferreira. Sem ele, o Coro não teria conseguido continuar, após a saída do maestro Barbosa. Contamos também com a ajuda do organista Nixon Rafael e com o total apoio do Pe. Cláudio Tafarelo, pároco da Matriz de Mauá”, atesta a assistente social Maria Cristina Correia de Matos, que atua como soprano no Coro.

Ela participa do grupo pela segunda vez, desde 2007, sendo que integrou o coral anteriormente, entre os anos de 1976 e 1986. Segundo Maria Cristina, todos os componentes desenvolveram o interesse de participar do Coro, especialmente ouvindo-o cantar nas missas da Matriz.

“O canto na missa é parte integrante desta e faz com que a liturgia seja melhor compreendida e celebrada. Acredito que uma sem a outra não funciona”, assinala.

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