Sob a regência do maestro Diego Muniz, espetáculo “Uma Benção Coral” trouxe repertório de música sacra como inspiração para superação dos desafios na atual sociedade
Visando levar uma mensagem a sociedade, o Coral Diocesano de Santo André juntamente com o Coral Santa Bernadette, ambos sob regência do maestro Diego Muniz, realizou na noite deste domingo (22/12), o tradicional Grande Concerto de Final de Ano, intitulado “Uma Benção Coral”. A apresentação ocorreu na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense.
O coral de 100 vozes acompanhado do organista Eduardo Soares e com solos da soprano Maria Medeiros e do tenor Bruno Arrabal entoaram obras de diversos compositores e épocas, dentre os quais Igor Stravinsky, Anton Bruckner, Franz Schubert, Alexandre Zilahi, Cesar Franck, Monsenhor Marco Frisina e Don Besig, levando muita emoção e um renovado espírito de Natal aos presentes.
De acordo com o maestro, a motivação do espetáculo é levar a palavra de Deus, paralelamente com um repertório que busca pregar a mensagem de uma sociedade mais justa e igualitária. “A gente sabe quem procura a igreja está precisando de uma palavra, de um apoio. Sabemos o poder que a música tem. Vendo o quão difícil é viver hoje, a beleza da música vai servir como um paliativo, um analgésico diante de tantas coisas que sofremos. Um dos motivos principais desse concerto é dar as pessoas um alento. Que esqueçam as dificuldades que estão passando lá fora e mergulhem-no que foi apresentado, seja na música, seja no texto apresentado, pois todas as peças tinham uma bonita mensagem”, elucida Diego.
Prestigiando o concerto, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, destacou a importância da arte para expressar a fé. “E a música, depois da oração, é o modo de unidos nos levar até Deus”
“É possível sim celebrar com a assembleia cantando. Para que a música seja, de fato, uma expressão do nosso coração elevado a Deus quando nos reunimos para celebrar”, complementa o pároco da Catedral, Pe. Joel Nery.
Para a psicóloga Adriana Santos Aragão, 34 anos, que integra o Coral Diocesano “cantar no coral além de ser uma experiência inenarrável, é cantar pensando no todo, numa só voz!”. Segundo ela, a atuação do grupo, ao lado do Coral Santa Bernadette, é fruto de muito esforço, disciplina e estudo. “É a força de vontade, a família que apoia e todo aprendizado que colocamos em prática”, enfatiza.
Sobre o Coral Diocesano
O Coral Diocesano tem cerca de 70 cantores e cantoras, tendo como função principal animar as liturgias das missas diocesanas, principalmente em datas importantes como Natal, Semana Santa, Corpus Christi e outras festividades. Em março, o grupo se apresentou ao lado do Monsenhor Marco Frisina – diretor do Coro da Diocese de Roma e que acompanha regularmente o Papa Francisco nas celebrações – no Congresso de Música Sacra, na capital paulista.
Fotos: Eva Casagrande