Primeira atividade diocesana da Pastoral da Comunicação Diocesana contou com palestras de Dom Pedro e da Irmã Helena Corazza, além de dinâmica e momento de adoração ao Santíssimo
A Pastoral da Comunicação da Diocese de Santo André deu início às atividades de 2020 reunindo agentes da Pascom e leigos das dez regiões pastorais no encontro “Comunicar é nossa vocação” ocorrido na manhã de sábado (15/02), no Auditório Dom Jorge Marcos de Oliveira do Edifício Santo André Apóstolo da Cúria Diocesana.
A iniciativa atendeu aos itinerários do 8º Plano Diocesano de Pastoral e está em sintonia com Ano Vocacional Diocesano, a fim de despertar novas vocações sacerdotais e de leigos para a Igreja.
Caminhos do comunicar
A manhã de espiritualidade teve início com a acolhida dos participantes, momento musical e oração seguidos da apresentação inicial da coordenadora diocesana da Pascom Diocesana, Fernanda Minichello, e da palestra proferida pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, com o título “Comunicação e sua fonte espiritual”, em que elencou pontos essenciais para levar a Boa Nova ao povo com eficiência, como a relação entre os Sacramentos e a Comunicação, ao destacar a propagação da informação como dom e responsabilidade, inspirada sempre por Deus, que se comunica por meio do seu Filho, Jesus Cristo.
“Deus comunica a vida. Então já começa a história humana com a comunicação da vida feita por Deus, por um ato de amor e de misericórdia. Ele nos criou por amor para se tornar participantes da felicidade Dele”, introduz Dom Pedro, ao frisar que temos a missão de anunciar o Reino de Deus, em meio as dificuldades e barreiras que surgem pelo meio do caminho.
Criatividade e silêncio
“Se tem coisa que um comunicador deve ter é criatividade para vencer os desafios. A criatividade serve para tudo na comunicação”, aponta o bispo, ao encerrar a apresentação reforçando a importância da espiritualidade na vida dos agentes da Pascom.
“Não apenas a palavra, mas também o silêncio é comunicação. No silêncio a palavra é gerada, transmitida e comunicada na sua grandeza e totalidade. Só é capaz de falar e comunicar quem sabe viver o silêncio. Tinha um santo padre no deserto que escreveu uma frase assim: ‘as palavras são utensílios do tempo deste mundo, o silencio é próprio da eternidade'”, enfatiza.
Apresentada pelo assessor seminarista Gustavo Laureano, uma dinâmica foi realizada em seguida com os participantes reunidos em grupos e refletindo sobre a história de parábolas bíblicas, num momento de interação antes do intervalo para o café.
Lugar de encontro
A religiosa da Congregação das Irmãs Paulinas, Irmã Helena Corazza, apresentou a palestra “Espiritualidade do Comunicar”, em que começou a exposição destacando o trabalho da Paulinas SEPAC, de capacitação de lideranças na área de comunicação, qualificando a atuação profissional, cultural e pastoral, na totalidade do ser humano.
Logo de início, Irmã Helena citou trecho da mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais “Para que possas contar e fixar na memória. (Ex 10,2) vida se faz história”, comentou sobre o processo relacional e encontro com Jesus Cristo, da espiritualidade da comunicação, que se alimenta da Palavra e da Eucaristia e se torna pão partido alimentando outras pessoas, e da mística que está ligada intrinsecamente à espiritualidade.
“Papa Francisco coloca a comunicação como lugar de encontro. Tem a ver com o cotidiano das pessoas, não apenas quando estou na igreja, mas no dia a dia essa profundidade da relação é visceral. Vem de dentro, somos marcados pelo ser do espírito”, indica.
Pedagogia de Jesus
Irmã Helena também abordou a pedagogia de Jesus na comunicação como centro da ação para os agentes da Pascom. O Filho de Deus transformava as pessoas, como comunicador do Pai, por meio do diálogo e da indicação dos caminhos do bem.
“A experiência com Jesus é fundamental na espiritualidade”, medita.
O coordenador do Departamento de Comunicação da Diocese de Santo André, Pe. Tiago Silva, e o assessor de Comunicação, Pe. Marcos Vinícius, conduziram um momento com a adoração ao Santíssimo Sacramento, antes do encerramento do encontro.
“Procure a porta do coração do seu pároco, a porta da pastoral, do movimento da sua comunidade. E através do diálogo e da oração que nós possamos apresentar Jesus ao mundo. Como disse Dom Pedro, não só a partir das nossas convicções, mas partindo sempre do outro, para que a mensagem seja eficaz e produza frutos”, recomenda.
Agente da Pascom na Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto, na Região Santo André – Utinga, Fabiana de Mesquita Rodrigues, avalia que a Manhã de Espiritualidade foi enriquecedora.
“As palavras de Dom Pedro e da Irmã Helena me mostraram o quanto ser Pascom é importante para a evangelização”, cita.