Diocese de Santo André

Desistir, jamais: a emocionante história de gerar uma vida

Em sintonia com a Igreja em todo o Brasil, a Diocese de Santo André se posiciona a favor da vida. E na tarde desta sexta-feira (24/04), bate-papo transmitido pelo Facebook diocesano abordou um tema que tem mobilizado debates na sociedade, mais especificamente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581, pautada para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia de hoje. Essa ação foi impetrada pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) e tem como um dos pontos a possibilidade de descriminalização do aborto nos casos das mães que são infectadas pelo Zika vírus.

A transmissão ao vivo [clique aqui para assistir] contou com as participações do assessor do Departamento Jurídico e Imobiliário e do Departamento de Comunicação, Pe. Marcos Vinícius Wanderlei da Silva; dos membros da Comissão Diocesana em Defesa da Vida, Osmarina Pazin Baldon e Vera Giroldo; da coordenadora diocesana da Pastoral da Comunicação, Fernanda Minichello; e da nossa convidada especial, a vendedora no ramo de transportes, Daniela Baldi Renata Marques, que apresentou seu testemunho de uma história emocionante de valorização da vida.

Ela atua como catequista de Crisma e ministra da Eucaristia na Paróquia São Pedro Apóstolo, no Taboão, em São Bernardo, ao lado do marido Anderson Batista Marques, com quem é casada há 15 anos, e da filha Maria Eduarda, 11 anos, que serve a igreja como coroinha. Não esquecemos da Manuella de Fátima. Ela é o símbolo da defesa do bem mais precioso que Deus ofereceu para nós: a vida. Foram 13 dias de convivência, porém, segundo Daniela, permanece viva eternamente como membro da família.

Quer saber mais sobre essa história emocionante e de doação e amor ao próximo? Leia a entrevista abaixo:

Obrigado por atender a reportagem da Diocese de Santo André, Daniela. Conte para nós a experiência da gravidez de sua segunda filha, certamente algo inesquecível para a família.

A experiência que eu tive em poder gerar vidas, de esperar, é fantástica. É um amor fascinante que vai crescendo a cada dia. É incrível você acompanhar cada batida do coração. É maravilhosa essa experiência para mim. Me sinto tão amada. Esse amor que o Criador deixou para nós, de poder gerar vidas. É incrível, é perfeito.

Quanto aos momentos próximos da gestação, essa última gestação descobri logo no início, com quatro semanas de gravidez, e com trinta semanas, descobri uma possível Síndrome de Edwards (doença que provoca atrasos graves no desenvolvimento devido a um cromossomo 18 extra), e os médicos sugeriam que eu abortasse, porque na verdade eles não usam esse termo, e sim utilizam interrupção. Porque é “uma criança que não vale a pena”, assim eu ouvi de alguns médicos.

E a Manuela de Fátima nasceu com 32 semanas de um parto normal, depois de 27 horas de trabalho de parto. Foi bem sofrido, mas eu ganhei muita força de Deus, das pessoas que me apoiavam, da minha paróquia que a toda hora estava em oração constante para eu passar por este momento.

Próximo da gestação, diante das dificuldades, pensou em desistir ou teve algum arrependimento?

Jamais. Nunca. As maiores conquistas são as minhas filhas.

Como analisa esse debate na sociedade, entre as pessoas que são favoráveis e contrárias ao aborto?

Esse debate do aborto para mim é muito importante, porque nós temos a oportunidade de convencer uma pessoa a optar pela vida. Aprendi muito nesse momento que eu pude gerar uma criança especial. Me senti como Maria se sentiu carregando Jesus. Porque Maria soube que o Seu Filho voltaria ao Pai. E quando os médicos disseram para mim que a Manuella ou iria nascer ou poderia falecer no meu ventre, também sabia que ela voltaria ao Pai.

Mas o tempo dela é um tempo determinado por Deus. E aprendi, confiei e esperei como Maria, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no neonatal, com muitas mãezinhas e com muitos guerreiros que lá estão lutando pela vida. E quantos não têm a oportunidade de nascer para poder lutar, também?

Qual o aprendizado desta vida chamada Manuella trouxe pra ti?

Depois avaliei a minha vida como mãe da Manuella e da Eduarda, que tem 11 anos, e percebi o quanto sou forte, guerreira junto com a minha família, com o Anderson, e a cada dia nós vamos aprendendo um com outro.

A vida vale a pena, independente do tempo que essa criança tem ou não determinado. Vida é uma coisa que o nome já diz. É algo tão belo que não dá para explicar e simplesmente se colocar no lugar de Deus para interromper.

Obrigado pela entrevista, Daniela. Deixe uma mensagem para todas aquelas pessoas que ainda estão na dúvida sobre a geração de uma vida.

A mensagem que posso deixar é a de que independente do tempo que estarei com o filho, como estive com a Manuella, 13 dias, 5 horas e 13 minutos, foram os melhores dias que deixei todo meu amor, tudo que eu tinha de melhor, que chamo de amor e pude dar para aquela menina linda. Isso me ensinou muito. No primeiro dia de vida, ela foi batizada. Foi algo incrível! O poder do Espírito Santo naquele momento, transformando as vidas.

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