Estamos vivendo um período sem precedentes. Desde a segunda guerra mundial, a humanidade não enfrentava um inimigo tão difícil, invisível, que se propaga muito facilmente e, em velocidade espantosa. Esse é o Coronavírus ou COVID-19.
Estamos em quarentena, vivendo em nossa “clausura” doméstica, tudo isso fazemos em favor dos nossos irmãos, familiares e de nós mesmos, temos que nos proteger.
A humanidade nunca mais será a mesma depois dessa pandemia, são muitas transformações, chegará um novo tempo, um novo jeito de viver a vida.
São tempos muito difíceis para a humanidade. Nosso Santo Padre, o Papa Francisco, tem constantemente rezado pelo mundo, pelo fim desta pandemia. Da mesma forma, nosso Bispo Diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, nossos sacerdotes e ministros da igreja pedem insistentemente a Deus a mesma graça. Desde a grande gripe espanhola não se pede tanto para ficarmos em casa.
Enquanto a cura não vem, vamos vivendo nossa fé de modo diferente. São vários momentos compartilhados, no qual estamos aprendendo a viver o verdadeiro sentido de Igreja Doméstica em nossos lares. Acompanhamos as celebrações via internet, rezamos o rosário, meditações, novenas, sem contar os momentos de oração e louvor promovidos por nossos irmãos de diocese.
Diante deste cenário de pandemia, hoje recorremos a intercessão de São Sebastião. Santo conhecido como grande intercessor contra a Peste, Fome e Guerra. Sua fama se deu a partir de 680 d.C. Naquele tempo, em Roma uma peste vitimava muitas pessoas, assim como a pandemia do novo coronavírus que estamos vivendo. Quando relíquias de São Sebastião eram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo, a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões o mesmo milagre, 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião.
Nascido em Narbona, na França, em 256 d.C., São Sebastião sempre demonstrou apreço pelo serviço e doação ao cristianismo. Após receber o batismo cristão, zelou por sua fé por toda a sua vida.
Após entrar para o serviço no Império Romano como soldado, logo ganhou fama devido a sua saúde física, pela sua inteligência e dignidade. Em pouco tempo tornou-se capitão do Império. Mesmo trabalhando para o império romano, São Sebastião não se esqueceu da sua missão recebida no batismo e iniciou sua corajosa obra de piedade entre os presos cristãos. No Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram cruelmente perseguidos, castigados e mortos. Diocleciano adorava outros deuses e negava a fé em Jesus Cristo.
São Sebastião desempenhava um papel fundamental entre os presos cristãos, levava palavras de conforto e ajuda aos encarcerados, o que trazia grande consolação a todos. Tudo isso feito de forma secreta, pois não podia ser descoberto pelo imperador. Assim, ele se tornou defensor da Igreja Católica como soldado e capitão do império romano. Em seu coração, São Sebastião tinha o desejo de se tornar mártir. Em uma ocasião ele foi denunciado para o Imperador, o que deixou Diocleciano muito decepcionado e, ao mesmo tempo, enfurecido com ele por causa da traição.
São Sebastião não negou sua fé, pois era apaixonado por Jesus Cristo. O imperador então, o condenou a pena de morte, amarrado a um tronco, recebeu muitas flechadas até os soldados pensarem que estaria morto. Uma mulher chamada Irene o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo. Ela o levou para casa e cuidou dele até se recuperar.
Quando se recuperou, Sebastião procurou novamente o imperador, para tentar convencê-lo de que estava indo por um caminho tortuoso, pediu que ele parasse de perseguir os cristãos, pois assim, era como se ele perseguisse o próprio Cristo. Desta vez, ainda mais impressionado e irado, o imperador novamente o condenou à morte. Assim São Sebastião foi brutalmente açoitado e decapitado, martirizado no ano de 288 d.C.
Oração a São Sebastião
São Sebastião glorioso mártir de Jesus Cristo e poderoso advogado contra a peste, defendei a mim, minha família e todo o país do terrível flagelo da peste e de todos os males para que servindo a Jesus Cristo alcancemos a graça de participar de vossa Glória no céu.
Amém.
* Artigo por André Almeida