Diocese de Santo André

Eucaristia: Alimento da alma


A solenidade de Corpus Christi é uma das celebrações preceituais da igreja e que possui como característica litúrgica uma bela procissão que se realiza com o Santíssimo Sacramento, após a celebração. Segundo o Documento 100, “a adoração ao Santíssimo Sacramento, prolongamento da celebração eucarística, educa a comunidade para permanecer unida em Cristo” (Doc 100, 275).
Esta comemoração tem origem no século XIII. Sua finalidade é expressar que Deus, em Jesus Cristo, alimenta seu povo com seu corpo, com sua vida, e isto é o princípio da unidade de toda Igreja, afinal comunga-se o Corpo eucarístico de Cristo para melhor participar do Corpo, que é a Igreja e tem Cristo por cabeça. Desta maneira, é símbolo dessa comunhão universal dos convidados para participar do mesmo banquete.

Além dos ritos litúrgicos, este solene dia é marcado por alguns aspectos da devoção popular e dimensão social, especialmente os tapetes e a arrecadação de doações destinadas aos pobres.
Parece que a tradição de enfeitar as ruas com bonitos tapetes para a procissão com o Santíssimo Corpo do Senhor chegou ao Brasil através dos imigrantes provenientes da ilha de Açores. Inspirados pelos relatos da entrada de Jesus Cristo, em Jerusalém, onde a multidão estendia suas roupas, formando um caminho para que Ele passasse (Mt 21,8; Mc 11,8; Lc 19,36), os tapetes de Corpus Christi, como naquele tempo, são uma manifestação pública que o Salvador está vivo e presente, na comunidade, pela Eucaristia. Eis o mistério da fé!

Além disso, os fiéis se reúnem, normalmente na noite anterior, para confeccionar tais tapetes marcados pela criatividade de nossas
comunidades. Os desenhos são diversos, variando desde símbolos religiosos a passagens bíblicas, além de representações da realidade comunitária. Os materiais também são diversos, mas o principal é a serragem colorida. Essa união dos membros é um efeito da própria Eucaristia, pois, diz São João Paulo II, “é ela que edifica a Igreja, e esta faz a Eucaristia, ambas em uma estreitíssima união” (Ecclesia de Eucharistia, n° 26). Ela é fonte, donde brota a nossa vida de fé, e ápice de toda vida apostólica e pastoral, onde pretendemos chegar com a fé, e principal aspecto eclesial de comunhão, pois é ela quem nos une e nos reúne.
Valorizemos, portanto, essa linda tradição das comunidades: reconhecendo, através dos tapetes, que Jesus é o Senhor, tornemos essa profissão de fé um manancial de vida nova e unidade a toda Igreja.
Assim, seguindo o Evangelho de Jesus, a Tradição e Magistério da Igreja, a Solenidade de Corpus Christi possui uma dimensão social significativa.

Ao celebrarmos este dia tão importante para nossa fé, Jesus Eucarístico torna-se para nós sinônimo de profetismo e coragem para bem praticarmos as obras de caridade. Fé e vida são entrelaçadas na Solenidade do Corpo de Cristo, pois a Igreja continua sendo protagonista com a missão de construir o Reino de Deus na humanidade. Portanto, fé professada deve ser fé vivida em preferencial opção pelos mais pobres.
Desse modo, “assim também a fé, se não tiver obras, está completamente morta” (Tg. 2,17). Benditos são aqueles que, por amor à Eucaristia, têm o compromisso em desempenhar com fé, a solidariedade para todos.

* Artigo pelos seminaristas da Teologia Cauê Ribeiro Fogaça, Douglas Colácio e Eduardo Coelho

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