Diocese de Santo André

Geladeira Solidária alimenta população de rua em tempos de Covid-19

“É gente ajudando gente. Seres humanos contribuindo com seres humanos. E isso tem feito toda a diferença. Mostra que Deus está presente o tempo todo aqui e vem acontecendo verdadeiros milagres”.

A frase que simboliza o espírito fraterno e solidário de todo cristão, mas que também revela o caráter ecumênico dos gestos concretos de caridade em prol da sociedade mais carente, pertence à cabeleireira e voluntária de ações sociais, Gisele Capelli, idealizadora do projeto Anjos da Sopa, que durante os tempos de pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, motivou a criação de mais uma iniciativa: a Geladeira Solidária.

O projeto Anjos da Sopa existe há seis anos no Grande ABC. Um grupo de amigos entrega 600 refeições e roupas, diariamente, para as pessoas em situação de rua nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e São Mateus, bairro da Zona Leste da capital paulista.

Com o isolamento social e a maior parte dos voluntários pertencendo ao grupo de risco, Gisele explica que para dar continuidade nessa ação e evitar a propagação do contágio do vírus, teve a ideia de colocar uma geladeira e um micro-ondas, em frente ao seu estabelecimento e casa, para prosseguir acolhendo e alimentando os prediletos de Deus.

 

Corações generosos

Daí surgiu a Geladeira Solidária: “Senti Deus tocar meu coração para que eu pegasse uma geladeira, um micro-ondas, colocasse na minha garagem e saísse avisando a todos os moradores de rua que estaríamos servindo as refeições aqui”, revela Gisele, que afirma não receber ajuda financeira de nenhum órgão público. “Apenas da comunidade, que se mobilizou e abraçou a causa”, salienta.

O atendimento acontece diariamente, das 9h às 19h, com horário para o café da manhã, almoço e jantar, na Rua: Javri, 449 – Vila Assunção, em Santo André. “Mas sempre aparecem algumas pessoas fora dos horários, e não deixamos de atendê-las. Temos o micro-ondas para servir a refeição quentinha, preparando e entregando a eles, mantendo o distanciamento e tem dado muito certo. Com a presença de Deus, o tempo todo temos seguido em frente”, destaca Gisele.

A solidariedade é apoiada por inúmeros voluntários que tem contribuído muito com a iniciativa. “Uma amiga assa um bolo, a outra faz uma marmita, a outra faz lanches. As pessoas buscam os alimentos, preparam em casa, trazem e colocam na geladeira. Aliás, muitos grupos estão vindo até nós, como pastorais e movimentos, para pegar e distribuir os alimentos nas ruas, em suas respectivas cidades”, confirma a idealizadora do projeto.

 

Objetivos

Com o avanço da pandemia no país, ao longo dos três últimos meses, a crise econômica e intensos desafios na área da saúde trouxeram inúmeros impactos na vida das famílias brasileiras, bem como agravou a situação das pessoas que foram demitidas de seus empregos ou se encontravam fora do mercado de trabalho. Além do mais, o aumento da vulnerabilidade social contribuiu para o cenário desolador aos muitos que não tem moradia, nem condições de se alimentar ao menos uma vez ao dia.

“O objetivo é alimentar as pessoas que estão em situação de rua e agora, num cenário diferente que estamos enfrentando que não vem somente moradores de rua, mas famílias inteiras atrás da refeição, da marmita, de uma cesta básica, de medicamentos. Então, realizamos o acolhimento e ajudamos de todas as formas, também”, comenta Gisele.

Ela se refere à parceria do projeto Anjos da Sopa com o Vicariato Episcopal para a Caridade Social da Diocese de Santo André, que foi consolidada durante esse período. A união de forças colabora decisivamente para o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social que desejam recuperar a dignidade e ter um local para se alimentar, tomar um banho e alcançar uma boa saúde física e mental. Um dos locais de acolhida indicados é a Fazenda Esperança, do Grupo Esperança Viva. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp: 95788-5564 com Eduardo Miranda.

Somente na cidade de São Paulo, um levantamento da prefeitura da capital paulista, em 2019, demonstra que existem cerca de 24,3 mil pessoas em situação de rua, ou seja, um aumento de 53% em relação há quatro anos. Os fatores que levam as pessoas a esse cenário são os conflitos familiares, dependência química, problemas de saúde, migração, desemprego, entre outros.

Em meio à pandemia, no Grande ABC esse número pode chegar perto ou até mesmo ultrapassar mais de mil moradores em situação de rua, somando as sete cidades da região, de acordo com órgãos públicos.

 

Como ajudar

As pessoas podem comparecer todos os dias ao endereço do espaço solidário localizado na Rua: Javri, 449 – Vila Assunção, em Santo André, e doar alimentos para montagem de cestas básicas, itens de higiene pessoal, produtos de limpeza em geral, bem como roupas, calçados e agasalhos na chegada do inverno que se aproxima.

Em tempos de pandemia da Covid-19, o projeto Anjos da Sopa também criou mais uma modalidade de arrecadação de donativos: a vaquinha online, onde é possível realizar as doações, cuja renda obtida é revertida para a compra de alimentos e produtos de higiene que, além de contribuir no abastecimento da geladeira, também são entregues para locais de acolhida como a Casa de Assis; abrigos para pessoas em situação de rua como o Monsenhor; cinco orfanatos chamados Mãos Pequenas; além de três asilos.

Cerca de 650 pessoas já apoiaram a iniciativa. Para contribuir com essa ação, acesse o link da Vakinha: https://bit.ly/2Clhow7 .

Mais informações pelos telefones: 4425-0607/ 2865-0405 ou ainda pelo WhatsApp: 97215-4434.

Acesse também a página do projeto Anjos da Sopa no Facebook: https://www.facebook.com/anjosdasopadesantoandre/

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