Diocese de Santo André

Conheça e saiba como participar do Caminho Neocatecumenal na Diocese

Você conhece o Caminho Neocatecumenal? Sua origem? Como chegou em nossa Diocese? Como participar? Essas perguntas serão respondidas nesta entrevista especial pela responsável da primeira comunidade do Caminho Neocatecumenal na Paróquia Santa Terezinha de São Bernardo, a catequista e farmacêutica, Isabel Aparecida de Modesti Modena, 57 anos, e pelo catequista e gerente de projetos, Fábio Augusto da Silva, 43 anos.

Essa entrevista integra a série de reportagens e matérias com mais de 50 pastorais, movimentos e grupos da Diocese de Santo André (dados contabilizados até o dia 1º e julho), realizadas desde o início da quarentena na segunda quinzena de março, em decorrência da pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

 

Acompanhe o bate-papo desta quarta-feira (1º/07) e boa leitura!

1 – Qual a origem desse itinerário de formação cristã?

No início dos anos sessenta, Kiko Argüello, pintor espanhol, depois de uma crise existencial, descobriu, no sofrimento dos inocentes, o mistério de Cristo crucificado presente nos últimos da terra. Isso o levou a abandonar tudo e ir viver entre os pobres, como Charles de Foucauld, nas favelas de Palomeras Altas, em Madri na Espanha.

Carmen Hernandez, espanhola, formada no Instituto das Missionárias de Cristo Jesus, teve contato com a renovação do Concílio Vaticano II, através do Pe. Pedro Farnés Scherer e tentava formar um grupo para evangelizar na Bolívia, quando conheceu Kiko Argüello.

O ambiente das favelas de Palomeras Altas era dos mais degradados da sociedade formado por ciganos, muitos analfabetos, vagabundos, ladrões, prostitutas, jovens delinquentes, etc.

O temperamento artístico de Kiko, sua experiência existencial e sua formação como catequista nos Cursilhos de Cristandade juntamente com o impulso de evangelização de Carmen, seu conhecimento do Mistério Pascal e da renovação do Concílio Vaticano II, unidos ao ambiente dos mais pobres da terra, constituíram o húmus, que deu lugar a uma síntese kerigmática, teológico-catequética, que é a espinha dorsal deste processo de evangelização de adultos chamada Caminho Neocatecumenal.

Essa síntese kerigmática, acolhida com gratidão pelos pobres, fez nascer uma primeira comunidade como semente e como primeiro “grão de mostarda” do que hoje vemos como o desenvolvimento de uma grande árvore, cheia de frutos.

Esse germe foi reconhecido pelo então arcebispo de Madri, Dom Casimiro Morcillo que viu nas favelas a ação do Espírito Santo, reconhecendo-a como uma verdadeira ação do Concílio Vaticano II. Ele então pediu que fosse levado às paróquias de Madri que tinham realidades sócio econômicas e culturais muito diferentes da realidade de Palomeras. Kiko, Carmen e alguns irmãos das favelas foram convidados para falar sobre a Eucaristia, tal era a força da liturgia nas favelas. Dessa forma, iniciaram essa experiência em outras paróquias de Madri, continuando a espalhar essa semente em outras paróquias da Espanha e do mundo.

Em maio de 2008 a Santa Sé aprovou definitivamente o estatuto do Caminho Neocatecumenal outorgando um “reconhecimento jurídico formal” e constituindo-o “patrimônio universal da Igreja”.

Atualmente, o Caminho Neocatecumenal está presente em 134 nações dos 5 continentes, com 21.300 comunidades em 6.270 paróquias. Conta com 1.668 famílias em missão, das quais 216 são missões “ad gentes” em cidades descristianizadas nos 5 continentes, e com 125 seminários Diocesanos Missionários “Redemptoris Mater”.

2 – Quais objetivos desse itinerário de formação cristã?

Conduzir as pessoas a uma fé adulta capaz de responder aos desafios atuais de nossa sociedade, através de um itinerário catecumenal pós-batismal.

O papa São João Paulo II escreveu em 30 de agosto de 1990 na carta “OGNI QUALVOLTA” dirigida ao vice-presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, arcebispo Paul Josef Cordes: “Reconheço o Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação católica, válida para a sociedade e para os tempos de hoje”.

Hoje, muitas dioceses estão tentando fazer uma catequese para adultos. O Caminho Neocatecumenal não pretende formar um novo movimento em si, senão ajudar as paróquias a abrirem um itinerário de iniciação cristã através de um “tripé” – Palavra, Liturgia e Comunhão – com uma celebração semanal da “Palavra”, a “Eucaristia” dominical e vivendo a “Comunhão” em uma pequena comunidade cristã, que faça descobrir o que significa ser cristão. É um instrumento ao serviço dos Bispos nas paróquias para recuperar a fé de tantas pessoas que a tem abandonado.

3 – Quando o Caminho Neocatecumenal chegou em nossa Diocese?

O Caminho Neocatecumenal chegou à Diocese de Santo André em maio de 1993 na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, de São Bernardo, a pedido do falecido Pe. José Amaral e em comunhão com o então bispo diocesano Dom Cláudio Hummes.

Pe. Amaral, palotino, conheceu o Caminho no Paraná tendo percorrido todo o itinerário com sua comunidade Neocatecumenal.

 

4 – Quais paróquias possuem esse movimento em nossa Diocese?

Atualmente, na nossa diocese, o caminho se encontra somente na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus de São Bernardo. Anteriormente também foram feitas experiências na Paróquia Nossa Senhora das Graças de São Caetano, Nossa Senhora das Dores e Santa Rita de Cássia, estas duas últimas em Santo André.

 

5 – Como é trabalhado o conteúdo nos tempos atuais?

Continuamos o itinerário da mesma maneira através do “tripé”. Apenas que, neste momento devido ao isolamento social, o fazemos virtualmente via internet, lembrando sempre daqueles irmãos com dificuldades de acesso a estes meios.

Sendo assim, continuamos preparando e celebrando a Palavra semanalmente com os temas correspondentes a cada etapa do itinerário, participando da eucaristia dominical e nos reunindo um domingo por mês, para rezar laudes e trocarmos nossa experiência de fé durante o mês correspondente.

 

6 – Como as pessoas podem participar desse itinerário de formação cristã?

Este itinerário é vivido em pequenas comunidades cristãs. Estas comunidades nascem a partir do anúncio do kerigma que é feito por uma equipe de catequistas do Caminho, através de alguns encontros na paróquia, sempre com a permissão do senhor Bispo e a pedido do pároco.

Não é necessário inscrição. Todos são convidados, independentemente da condição social ou cultural, estado civil, mesmo que não seja batizado ou não tenha fé. Enfim para todos que desejarem, inclusive os jovens.

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