Diocese de Santo André

Crianças da Catequese produzem desenhos com mensagens de esperança

Desde março de 2020, a quarentena devido à pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, impôs novos desafios no convívio social. Utilização de máscaras, lavar as mãos com água e sabão regularmente e distanciamento de mais de dois metros entre as pessoas são algumas das adaptações do chamado “novo normal”. Esse período motivou as crianças da Catequese da Diocese de Santo André a exercitarem a criatividade e colocarem em prática, por meio de desenhos, mensagens de fé, esperança e otimismo para superar as dificuldades.

“Contar histórias, fazer desenhos, pintar e brincar são formas em que cada pessoa ou criança possa usar a criatividade para expressar seus sentimentos sem medos e sem julgamentos. É a oportunidade de vivenciar e protagonizar a própria história em si e no outro fortalecendo a vida em comunidade com muito amor, respeito, gratidão e sem dúvidas o reconhecimento dos mandamentos de Deus”, analisa a profissional de gestão comercial, Ligia Gonçalves Dantas, 39 anos, catequista da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Santa Maria, em Santo André.

“Através do lúdico ensinamos com alegria e diversão, a criatividade é estimulada e o aprendizado fixa muito melhor. Com os pequeninos usamos música, desenho, história e dinâmica sempre relacionados ao evangelho do dia”, indica a assistente administrativo, Tatiane Roberta Ruiz Bonassa, 44 anos, catequista na Paróquia Santa Luzia e São Carlos Borromeu, em Santo André.

Criatividade em ação

Com lápis, caneta ou giz de cera, garotos e garotas expressam seus sentimentos no papel, de cuidado com o próximo e da necessidade da solidariedade, muitos com frases de incentivo #Fique Bem #FiqueemCasaeseCuide e #Tudo Vai Passar, destacando o verdadeiro espírito da iniciação à vida cristã.

“Estou muito feliz. Na catequese doméstica além de ler o evangelho, também enviamos boas mensagens para as pessoas”, comenta Beatriz Souza, 10 anos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Mauá.

Já o catequizando João, 10 anos, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santo André, escreve cartinhas através de cartões produzidos pela sua mãe, Márcia.

“Que tudo isso vai passar. Só temos que ser positivos e sempre orar para isso acabar logo”, pensa Ana Beatriz, 12 anos, da Paróquia São Sebastião, em Rio Grande da Serra.

Da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em São Caetano, Maria Eduarda, 10 anos, capricha nos desenhos como uma forma de divulgar os ensinamentos de Cristo.

“Adoro fazer Catequese em casa. As atividades de desenho são muito legais”, pensa Samyra, 10 anos. “Dá saudade de servir na igreja, pois sou coroinha, mas se Deus quiser voltaremos quando a pandemia passar”, diz Laura Maria, 10 anos, ambas da Paróquia Sant’Anna, de Ribeirão Pires.

Por sua vez, Pietra Lazzarin, 10 anos, da Paróquia Santíssima Virgem, em São Bernardo, aprova as dinâmicas online, com orações ao lado da família, mas acredita que logo a pandemia irá passar e todos estarão juntos, presencialmente na Catequese.

Interatividade necessária

A ideia da campanha em várias paróquias surgiu através das reuniões por videoconferência entre catequistas e pais dos catequizandos. “Logo que iniciou a pandemia ao ligar para as mães, para explicar que ficaríamos um período sem encontros presenciais, uma delas me disse que o filho estava tendo pesadelos, daí pedi para falar com ele, e vi que alguém de fora pode dar acalento especial para esses pequenos”, relata a corretora de imóveis Sueli Guastella, 48 anos, catequista da Paróquia Santíssima Virgem, em São Bernardo.

“Com isso comecei a ter encontros virtuais, e procuro sempre passar para eles mensagens de esperança, sempre mostrando que o amor e a solidariedade nos fazem ficar mais próximos de Deus”, complementa Sueli, ao dizer que cada criança busca interagir uma com a outra, contando experiências de gratidão relacionadas às pessoas de sua convivência.

Recuperar a autoestima

Os desenhos são compartilhados nas redes sociais resultando também numa grande ação de evangelização, como forma de elevar a autoestima das pessoas e propagar o pensamento positivo.

“A partir daí estamos a cada encontro buscando diversificar para que torne envolvente para o catequizando, pois o lúdico joga luz sobre sentimentos, apreensões, frustrações e medos que podem estar confusos no interior e o colocar no papel auxilia a materializar, organizar e principalmente expressar os sentimentos dando oportunidade aos responsáveis ao diálogo e direcionamento relacionado com os tempos e desafios atuais”, explica a pedagoga Evanise Goulart, 48 anos, catequista da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em São Caetano.

“Mas acima de tudo em um momento tão desafiador, a Catequese está sendo presença viva para aquecer com a Palavra de Deus cada coraçãozinho, para quando tudo isso passar eles terem a certeza de que Jesus é o nosso melhor amigo”, completa a bancária Denise Batista dos Santos, 37 anos, também catequista na mesma paróquia.

Tempos de reinvenção

Secretária da Comissão Diocesana de Animação Bíblico Catequética, Maria Cristina Teles, acredita que neste período de pandemia, os catequistas precisam reinventar o modo de passar o conteúdo dos encontros de catequese para as crianças.

“Algumas com mais dificuldades do que outras, mas sempre buscando manter o interesse deles de uma forma lúdica, através de desenhos, de músicas, de encontros online. Isso com a finalidade de compensar os encontros presenciais. Usando estas novas formas de evangelização conseguimos levar a igreja doméstica às famílias”, avalia.

Segundo a catequista Carolina Leite, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Mauá, a missão de catequizar é gratificante e desafiadora nestes tempos de pandemia, pois gerou aproximação e maior diálogo entre as famílias. “A parte desafiadora é fazer com que todos se sintam acolhidos junto a nós”, frisa.

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