A Diocese de Santo André prossegue nesta quinta-feira (23/07) com o quinto capítulo da série especial “Curados para Amar”, que reúne depoimentos de pessoas que superaram as adversidades e venceram a batalha contra a Covid-19.
Para contar sobre os desafios até a cura do coronavírus, o convidado desta edição é o orientador socioeducativo Edilson Macedo Carvalho, 43 anos, que trabalha no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, no Centro da capital paulista.
Ele é membro da Comissão Diocesana da Catequese e atua no ministério de música da Paróquia São Judas Tadeu, no Jardim Caçula, em Ribeirão Pires.
“Maior dificuldade encontrada no enfrentamento da doença foi a questão psicológica. O apoio a família e os amigos foi importante no processo de recuperação no tempo em que estive internado”, revela.
O diagnóstico e o medo
Há cerca de dois meses, Edilson estava de plantão e recorda que começou a ter febre alta. “Fui ao Hospital do Servidor Público e lá fiz uma tomografia. Me liberaram para casa e continuei com febre”. Dois dias depois, ele resolveu ir até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Ribeirão Pires para reavaliar a situação. “Logo, a médica analisou o laudo da tomografia e disse que provavelmente eu estava com Covid-19”, comenta. A partir deste momento, Edilson ficou internado no hospital de campanha. No terceiro dia foi informado do teste positivo. “Sentimento de medo, de tristeza e de angústia”, confessa.
Desafios da doença
Neste período de internação, a dificuldade encontrada no enfrentamento da doença foi a questão psicológica e o equilíbrio emocional, diante dos persistentes sintomas como febre, dores no peito, tosse e diarreia. “O apoio da família e dos amigos neste processo de recuperação foi muito importante, principalmente da minha esposa (Luciane), que o tempo inteiro esteve por perto, mesmo sem a gente poder se ver”, pondera.
Prevenção é a solução
Ainda sem a previsão de quando a vacina estará pronta para imunizar a população, Edilson não tem dúvidas em recomendar que as pessoas fiquem em casa, principalmente aquelas que não precisam sair para o trabalho ou serviços essenciais. “A recomendação é a mesma desde o início da pandemia. Utilizar a máscara, levar álcool gel, lavar as mãos com água e sabão. Mesmo tomando todos esses cuidados, usando EPIs necessários, fui contaminado e não sei em qual local. Precisamos redobrar os cuidados”, alerta.
Por isso defende a prioridade para o isolamento social até que a vacina seja criada.
Confiança na cura
Uma vez diagnosticado positivamente para Covid-19, Edilson acredita que o melhor caminho para a cura é não perder a fé e a esperança, mesmo diante de um certo desespero.
“Deus está no controle. Acredite. Faça orações. Reze o terço para quem está internado. Tenha fé na Mãe que sempre intercede por nós. Tudo isso nos dá força e é nisso que devemos nos apoiar. Que Nosso Senhor Jesus Cristo possa nos ajudar a passar por esse momento de provação e de dificuldades”, clama.