Diocese de Santo André

Movimento dos Focolares: carisma da unidade e momento de redescobrir Deus

Desde o início da quarentena na segunda quinzena de março, em decorrência da pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, a Diocese de Santo André já realizou uma série de matérias e reportagens com 55 pastorais, movimentos e grupos diocesanos (dados contabilizados até o dia 16 de julho).

Essa iniciativa enfatiza que, mesmo com a ausência de atividades com presença de público, a Igreja Católica no Grande ABC tem procurado incentivar a realização de transmissões online, telefonemas e bate-papos por videoconferências como forma de adaptar as ações e demonstrar unidade diocesana.

A convidada desta quinta-feira (16/07) é a coordenadora diocesana do Movimento dos Focolares, Marta Volpe. Acompanhe o bate-papo:

1 – Quais atividades do Movimento dos Focolares têm ocorrido durante o isolamento social?

As atividades não pararam. Tivemos apenas que adaptá-las. Mas os grupos que já se reuniam semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente continuam se encontrando e talvez até de uma forma mais intensa, mais participativa, tanto para a parte adulta, quanto para as crianças.

Tudo tem ocorrido sem paralisações. Temos grupos das voluntárias e voluntários que unem as cidades. Existem representantes de todos os municípios do Grande ABC no grupo.

2 – Quais adaptações ocorreram durante esse período de quarentena, em razão da ausência de eventos presenciais?

 Logicamente que neste momento não existe mais o encontro presencial. Tivemos que nos adaptar por reuniões feitas através de aplicativos, pelo Google Meet ou pelo Zoom. Temos intensificado também telefonemas entre nós para saber como estão cada uma das famílias e as suas necessidades. Já tivemos algumas campanhas entre nós para ajudar aquelas pessoas que estão precisando mais. Então já observamos que alguns dos nossos amigos dos Focolares precisavam de ajuda no pagamento do aluguel. Fizemos uma vaquinha e elaboramos cestas básicas, também.

3 – Como avalia os desafios do Movimento dos Focolares pós-pandemia?

 É uma comunidade que espera crescer. De forma alguma queremos dispersar. Sentimos mais a presença da família, atualmente. Muitas vezes as pessoas dizem para nós. “Eu me sinto mais próximo agora, são momentos que consigo conversar, apesar de estar sozinho. Então, essas reuniões são a minha força, é o que me ajuda”. O fato de nos preocuparmos com todas as famílias, a não faltar nada para ninguém é algo que ajuda o emocional das pessoas.

O nosso desafio é conseguir superar esse momento tão difícil do distanciamento, sem nos afastarmos um do outro. Nosso carisma é da unidade. E onde dois ou mais estiverem reunidos. Então, a dificuldade é exatamente essa. Se manter unidos, mas à distância. Nos preocuparmos com cada um, os mais distantes, com aquelas ONGs que ajudamos.

Por exemplo, a Profavi (Associação Promoção a Favor da Vida) em Rio Grande da Serra, que é uma aderente nossa, que atende as crianças da região e é extremamente carente. Ir além das doações e conseguir ajudá-los de todas as formas possíveis. Tentar chegar nos pontos extremos onde as pessoas estão. E que esses relacionamentos sejam suficientes para superar todo esse momento e chegar no pós-pandemia de uma mais forte como comunidade.

 

4 – Deixe uma mensagem de fé e esperança aos membros dos Focolares e as informações de como as pessoas podem participar do movimento.

 Neste período, por meio do grupo Focolares ABC no Facebook: https://bit.ly/30h4x6j , procuramos deixar tudo registrado de lives, encontros e palavras de vida. Enfim, tudo de material informativo para que as pessoas possam participar de tudo que está acontecendo, não somente em nossa região, mas na cidade de São Paulo, que participamos bastante com a comunidade de lá. Temos recebido todos os dias solicitações de amizade para entrar no grupo. Sentimos que essa rede está crescendo.

Deixo uma mensagem de fé. Que as pessoas não se sintam tão isoladas, tão perdidas ou desesperançosas. Acho que é uma família que cresce, mesmo à distância. O começo do movimento foi dentro de um movimento de guerra, onde as pessoas chegavam aos abrigos antiaéreos e ali só levavam aquilo que podiam. Levavam a bíblia e ali começaram a redescobrir Deus de uma forma diferente.Acho que esse é um momento de redescobrir Deus de outras formas, de outras manifestações, de sentimentos diferentes. É um momento que nunca passamos nesta geração. Mas assim como Chiara Lubich (1920-2008, fundadora dos Focolares) teve a iluminação para que esse movimento conseguisse crescer dentro da Igreja.

Então que a gente possa redescobrir nesse momento tão difícil relacionamento novos de fraternidade, de unidade, verdadeiros e, principalmente, vendo a questão da necessidade do outro. Às vezes é financeira, de uma conversa, de um telefonema, de uma atenção especial, de qualquer forma sempre estar presente, nunca deixar para trás o carisma da unidade. Agora é reunido virtualmente. E sempre se mantendo unido à Diocese, a nossa igreja local. Então sempre presente nas paróquias, nos envolvendo nas missas, nas transmissões, no transporte de doações. Sempre sendo concreto.

Mais informações sobre como participar do Movimento dos Focolares com Marta Volpe: 97140-9843.

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