A Diocese de Santo André prossegue nesta quinta-feira (09/07) com o terceiro capítulo da série especial “Curados para Amar”, que reúne depoimentos de pessoas que superaram as adversidades e venceram a batalha contra a Covid-19.

Nesta edição conheceremos a história da operadora de caixa, Eudinice Coelho Lima, 34 anos, que cursa Recursos Humanos e participa das missas na Paróquia Cristo Rei, em Diadema. Ela é irmã do seminarista diocesano de Teologia, Eduardo Coelho Lima.

Eudinice recorda os momentos de dor, os sintomas da doença, o processo de recuperação e a importância da oração e da fé para superar o coronavírus.

“Quem estiver enfrentando ou quem enfrentará a doença, tenha a certeza que o melhor remédio é Jesus Cristo”, revela.

O diagnóstico

Após chegar de mais um dia de trabalho, Eudinice recorda que no dia 30 de maio sentiu um certo mal-estar. Mediu a temperatura. Estava com febre. Tomou a medicação. Dormiu. “Achava que era da minha coluna, porque tenho problema, e quando faço muito esforço físico, ela ocasiona de dar essas dores”, conta. Mas logo na madrugada aconteceu de aumentar a febre. Não teve dúvidas ao acordar de ir ao pronto socorro. “Fiz os exames, raio-x, exames da Covid-19, que sairia três, quatro dias depois. Passei muito mal durante esse período”, enfatiza. Foi quando saiu o resultado e veio a confirmação do teste positivo.

“Antes de entrar na sala do médico já sabia que estava com Covid-19. Chorei muito. A sensação é muito ruim. Mas ao mesmo tempo meu coração dizia que não era para eu me entregar a doença, porque tinha entregado a minha vida a Deus. Deus é a minha proteção”, afirma.

A aflição

Falta de ar, cansaço, fraqueza, hemorragia, tosse, febre, perda do olfato e do paladar… Esses foram alguns dos inúmeros sintomas que Eudinice teve ao longo da quarentena. Ela relembra os momentos de aflição, isolada num quarto apenas com a luz da televisão, já que a lâmpada curiosamente queimou durante os quatorze dias. “É uma provação. Você fica dentro de um quarto, onde sua mente, onde o inimigo tenta fazer com que você faça de tudo para acabar com sua própria vida. Isso chegou a passar em minha mente dentro do quarto. Que para essa situação passar tinha que tirar minha vida. E ao mesmo tempo, Deus falava comigo. Você acreditou em mim! Passava horas e horas que não conseguia rezar. Com aquela perturbação na minha mente. E ao dormir senti um cutucão na minha perna. Eu acordei”, comenta.

“Quando recebi esse cutucão na minha perna, eu estava com a mente muito perturbada. Mas aí deu aquele relâmpago de você vai ter que rezar para superar essa doença. Levanta! Você entregou a sua vida a mim. Eu não vou te decepcionar. Sou seu Pai e Protetor. Então, levanta! Levantei e coloquei uma oração e comecei a rezar”, confessa.

A recuperação

Além da retomada da fé, Eudinice afirma que o tratamento inicial foi realizado a base de antibióticos. “Cerca de algumas horas voltei a sentir o olfato e uma felicidade imensa”, salienta. E com o passar os dias foi se restabelecendo até superar completamente a doença.

“Esse vírus não é uma simples gripe. É algo surreal. Quem contrai é inexplicável para quem tem sintomas. Para quem não tem, nunca vai saber. Tem que saber que precisa ter fé e esperança em Deus e Nossa Senhora para vencer a Covid-19”, pondera.

As recomendações para evitar o contágio são as mesmas de sempre: lavar  as mãos com água e sabão várias vezes ao dia; utilizar álcool gel na rua; utilizar máscaras e trocá-las frequentemente após duas, três horas de uso; ao chegar em casa, deixar os sapatos na entrega e colocar as roupas num cesto; tomar banho e trocar de roupa; além de ficar em casa, caso seja possível.

O recado

Ao final do depoimento, Eudinice revela que mesmo sem ainda ter uma vacina e uma cura para a Covid-19, o melhor antídoto para quem está infectado é acreditar no milagre do Filho do Pai.

“Quem estiver enfrentando ou quem enfrentará a doença, tenha a certeza que o melhor remédio é Jesus Cristo. Não desistam. Lutem até o fim. Tenham fé. A fé é o melhor remédio que você pode tomar, o melhor comprimido. E que Nossa Senhora e Nosso Senhor Jesus Cristo proteja a todos, sempre.”