Um dos momentos inesquecíveis para o povo brasileiro e para o Papa Francisco, que poucos meses antes havia sido escolhido como sucessor de Pedro na condução da Igreja de Cristo, a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, completa sete anos em 2020.
Um dia antes da abertura oficial, durante a cerimônia de boas-vindas no Palácio Guanabara, na capital fluminense, o sumo pontífice fez o seguinte discurso:
“Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: ‘A paz de Cristo esteja com vocês!'”
E para recordar essa semana marcante, a reportagem da Diocese de Santo André ouviu histórias emocionantes de diocesanos que participaram da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Vale a pena relembrá-las:
O aceno mais Santo e mais importante de nossas vidas!
“As chamadas da televisão reforçaram o nosso desejo em estar lá, no meio da multidão que vinha de todos os lugares do mundo. Resolvemos ir na sexta-feira (26 de julho), dia da chegada do Papa à Copacabana (onde aconteceria a Via Sacra com os jovens). Fomos sem saber o caminho, mas na certeza de que seria a experiência mais significativa de nossas vidas.”
“Deus foi abrindo os caminhos até a chegada, porque não sabíamos o trajeto, nos perdemos e ao nos aproximar do evento, as entradas estavam fechadas para quem não era morador local. Mas Deus sabia que a vontade era tanta que conseguimos passar pelo bloqueio e chegar ao destino: a Praia de Copacabana.”
“Esperar o Papa passar pelo Papa Móvel com tantas pessoas que não conhecíamos, mas que ao mesmo tempo compartilhava da mesma ansiedade e vontade foi algo surpreendente. Aguardamos por horas para ver apenas um aceno em uma fração de segundos, o aceno mais Santo e mais importante de nossas vidas. A adoração e a missa foram momentos que nos marcaram, mas a espera pela passagem do Papa foi o que mais nos emocionou”, Danúbia Silva Sousa Bechelli, 31 anos, autônoma –ao lado de Débora e Rodrigo, ambos da Paróquia São João Batista (São Bernardo – Rudge Ramos), e de Marcos da Paróquia Nossa Senhora do Paraíso (Santo André – Centro).
A semente da vocação plantada no coração!
“Todo aquele que participa de uma Jornada Mundial da Juventude leva para sempre em sua memória as lembranças de dias que marcam a vida de fé. É uma experiência especial e única: ter ao lado milhões de pessoas que professam a mesma fé num espírito de fraternidade e alegria. Parecíamos vivenciar a realidade do Céu!” “Particularmente tive a graça de participar pessoalmente nos dois últimos dias da JMJ do Rio de Janeiro, em 2013. A experiência mais marcante para mim foi a vigília, no sábado à noite. Ver aquelas milhões de almas, de tantos países diversos, ajoelhadas na areia da praia adorando a Jesus Eucarístico, num só corpo e em um só espírito (cf. Ef 4, 4).” “Fora isso, foi lindo fazer a experiência de passar a noite na própria praia.
Muitos dos frutos da JMJ são vistos hoje: tantos foram os testemunhos de graças que aconteceram naqueles dias e tantos foram os jovens que saíram dali com a semente de suas vocações plantadas no coração!”, Thiago Batista da Silva, 27 anos, seminarista do 3º ano da Filosofia. Paróquia São Pedro Apóstolo (Mauá).
Uma cobertura jornalística que a gente não esquece!
“Fui para a JMJ com vários jornalistas e trabalhei com eles na Rádio Oficial que transmitia o evento no Brasil, no Rio de Janeiro. Tinha profissionais de vários estados do Brasil e isso foi muito bonito, ver a Igreja unida por um motivo maior: a Jornada Mundial da Juventude ao redor do Papa Francisco.” “Um dia fui para a rua e me misturei com os jovens, foi muito forte aquele momento. Perceber a multidão que estava lá caminhando com as suas bandeiras e não era só a do Brasil. Que unidade! O mundo juvenil estava na Cidade Maravilhosa. A alegria e o entusiasmo eram contagiantes. E o que movia tudo aquilo é e foi e sempre será uma pequena palavra de duas letras: fé; fé em Jesus Cristo!”, Lourdes Crespan, 50 anos, jornalista. Missionária da Imaculada-Padre Kolbe / Paróquia Santíssima Virgem.
Uma experiência única dos tempos como seminarista!
“A JMJ Rio 2013 foi uma experiência de fé e aventura! Eu era seminarista naquele momento e fazia estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Santo André – Centro). A convivência com os jovens daquela paróquia foi muito intensa e gratificante.”
“As palavras e os gestos do Papa Francisco eram impactantes. As pessoas e bandeiras dos diversos países presentes me chamaram muita atenção. Uma experiência para recordar durante toda a vida!”, Pe. Rudnei Sertorio, 38 anos, administrador paroquial da Paróquia Santa Luzia Virgem e Mártir (São Bernardo – Anchieta).
Amizades construídas para a vida toda!
“A JMJ Rio 2013 foi um momento marcante na minha vida e na vida de muitos brasileiros. Sendo minha primeira JMJ, foi um momento inesquecível, desde a semana missionária onde tenho amizade até hoje com nossos amigos peregrinos do Equador que ficaram na minha Região Pastoral – Centro e cada momento lá no Rio de Janeiro.”
“Rezamos, brincamos, cantamos, dançamos, discutimos e fizemos as pazes. Passamos frio e calor e o mais marcante tomar banho gelado em pleno inverno! Mas cada momento vivido deixou marca na memória e no coração. Ver o Papa Francisco de pertinho, sendo que a única coisa que separava eu dele era uma grade de proteção! Rio 2013 foi a porta de entrada para o meu aprofundamento do trabalho com a juventude que já dura sete anos. Ali você sentia que o espírito de Deus agia em 3,7 milhões de pessoas de todo o mundo que acolheu com toda alegria o amor de Deus”, Wellington Ferreira de Moraes, 25 anos, assistente de PCP. Paróquias Santa Luzia e São Carlos Borromeu/ São José Operário, ambas na Região Santo André – Centro.
O Carisma de Francisco renovou os nossos corações!
“Meu coração não cabe dentro de mim, tamanha alegria que me invade. Meus olhos ainda lacrimejam, transmitindo a emoção de contemplar tantos jovens, tantos adultos e crianças, se rendendo ao amor de um Deus imenso. Minhas mãos trêmulas e suadas, se preparam para colocar em prática a palavra de Deus anunciada pelo nosso pastor: “Ide e fazei discípulos e missionários.”
“Francisco está reconstruindo nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Quanto amor, quanto carisma. Papa, Pai, Santo Pai. Acolhendo seus filhos, ensinando e encorajando. Francisco, Pedro, Pedra Angular da Igreja, que veio para mudar e reforçar as estruturas. As escrituras sagradas relatam que a sombra de Pedro curava. Francisco, eternamente a história irá contar que a sua presença, humilde, simples, carismática e curadora, transformou o nosso Brasil”, Vilma Marcelino Silva, 47 anos, diretora escolar e coordenadora diocesana da Renovação Carismática Católica. Paróquia São Sebastião (Rio Grande da Serra).
(Texto escrito no dia 29 de julho de 2013.)