Neste 18 de agosto, a Igreja celebra o Dia de Santa Helena, um grande exemplo de conversão ao Cristianismo. Nascida na Bitínia, uma província do Império Romano na Ásia Menor, no século III, Helena de Constantinopla foi a primeira esposa de Constâncio Cloro, o oficial do exército romano, e mãe do imperador romano Constantino, que teve um papel fundamental na conversão de Helena, que se tornaria uma fervorosa religiosa e propagadora do Cristianismo. Após encontrar a Cruz de Jesus, ajudou no crescimento da Igreja de Cristo, influenciou no fim da perseguição aos cristãos no Império Romano e teve uma vida de piedade e caridade com os pobres.

Muitos dos convertidos hoje ajudam a propagar a Boa Nova e proclamar o Reino de Deus neste mundo. Na Diocese de Santo André temos algumas histórias marcantes e inspiradoras. Vamos conhecer algumas delas:

Pescador de almas

“Cheguei na Comunidade Padre Pio após quatro meses da fundação. Nunca tinha visto o Moisés dos Anjos (fundador da comunidade) em minha vida, mas ele profetizou que eu seria um grande homem pescador de almas e iria viver na providência divina.” Podemos dizer que hoje a vida de Francisco Alves da Costa, 46 anos, é uma benção para os acolhidos – pessoas em situação de rua e dependência química – da chácara da Comunidade Padre Pio, administrada por ele em São Bernardo (o fundador Moisés dos Anjos está em missão, na cidade de Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, em SP). Mas nem sempre foi assim.

Há mais de 15 anos, os caminhos dos vícios e da vida desregrada habitavam o seu dia a dia. Diante das adversidades, certo dia tomou uma decisão e um encontro mudaria a sua trajetória para sempre.

“Entrei na Paróquia Santo Antônio, no Bairro Batistini, em São Bernardo, e tive a graça de conhecer o padre George. Mesmo com a vida desregrada, fiz uma confissão, ele impôs as mãos sobre mim e tive o batismo do Espírito Santo”, ressalta. Dali em diante, Jesus Cristo guiou os passos de Francisco. Casado há 22 anos com Silmara Lacerda Alves da Costa, o missionário consagrado foi chamado a viver essa experiência profunda com Deus.

“Assim como Paulo que era Saulo, um grande perseguidor de Jesus, também tive essa mesma experiência de perseguir Jesus. Perseguia as pessoas que pregavam a Palavra de Deus. Hoje, ao contrário, depois desse batismo, a minha vida mudou. Hoje sou seguidor do Senhor na comunidade com muito amor”, revela. E assim, como vários são acolhidos na Comunidade Padre Pio, o carisma de quem acolhe o ser humano, acolhe uma promessa de Deus, se concretizou na prática.
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Leitura fundamental

Durante 14 anos na Diocese de Santo André, Fabiana Dreer Carreira, 40 anos, teve uma vida ativa e participativa no aspecto religioso e de evangelização. Paroquiana da Paróquia Nossa Senhora das Dores, na Vila Palmares, na cidade andreense, ela foi coordenadora da Pastoral Vocacional, catequista, secretária da Legião de Maria e atuou no movimento de apoio às famílias carentes. Entretanto, por trás dessa história tem todo um contexto de sua conversão. “Antes da minha conversão a Cristo, sentia que faltava algo em minha vida que eu não sabia o que era. Fui a procura de pessoas que eu julgava serem elas o motivo do vazio que sentia”, revela.

Fabiana era uma jovem que não conhecia o Cristianismo. Sua família não tinha o hábito de frequentar a igreja. Orações, apenas em casa. Certo dia, ela se interessou em ler mais sobre o assunto e teve a curiosidade de conhecer mais profundamente. “Enfim, me apresentei diante do Senhor e Ele colocou pessoas no meu caminho que me apresentaram como é bom uma vida cristã”, atesta. Fabiana fez a Primeira Comunhão já na fase adulta, aos 24 anos de idade. “Todos nós erramos e procuro passar para quem encontro que devemos procurar sempre a verdade e agir sempre de acordo com as leis de Deus. Se arrepender verdadeiramente do que achamos errado e procurar sempre aprender mais, para Jesus cobrar mais de nós e possamos aprender mais sempre, estando assim mais próximos de sermos seres mais desenvolvidos, sábios e espiritualizados. Só assim podemos ajudar a quem precisa com boa vontade e palavras de fé”, pondera.

Atualmente, Fabiana mora em Ribeirão Preto, no interior do estado de SP. Trabalha como cuidadora de idosos e participa de ações sociais.

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Transformação de vidas
“Deus realizou algo lindo. Há 27 anos não bebo mais. Tenho vontade, sou tentado, mas nunca mais coloquei uma gota de álcool na boca. Hoje, a minha família é restaurada. É uma alegria olhar para trás e ver como Deus transformou a minha vida e a minha história.” O testemunho de Dema Marçola, 59 anos, representa uma inspiração para aqueles que necessitam de forças para dar a volta por cima e superar os vícios. Hoje, o ministro das exéquias, da bênção, da palavra e da eucaristia na Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Vila Humaitá, em Santo André, se tornou um pregador do evangelho e já percorreu o país contando sobre a sua experiência de vida.

“Com 14 anos já estava no alcoolismo. Participava de festas, de baladas e entrava até em lugares proibidos para menores de 18 anos. Tinha uma vida desregrada. Meus pais sempre foram da igreja. Rezavam o terço, participavam das missas, mas eu desviei do caminho por questão de opção, afinal de contas, nós somos o resultado de nossas escolhas. Fiz escolhas erradas e colhi muitos frutos amargos, não só para mim, mas para a minha família, também”, relembra o assessor governamental em Santo André.

Dema prossegue: “Mesmo depois do casamento, o alcoolismo continuou em minha vida. Descobri que era um alcoólatra no momento que eu disse: “eu paro a hora que eu quiser”. Quando disse isso, a minha própria consciência me disse: “Você está falando uma grande mentira”. Eu não conseguiria sozinho”, confessa.

Sobretudo, primeiramente Deus, mas o papel da família foi essencial para a sua conversão. “Encontrava minha esposa com o terço na mão. Quanto mais a maltratava, ela guardava no silêncio e rezava, pois sabia que Deus realizaria algo extraordinário em nossa vida”, conclui. Depois de 27 anos longe dos vícios, Dema pode celebrar todos os dias a vitória sobre o pecado ao lado da esposa, Maria Rita, e das filhas Isabela e Mariana.