Diocese de Santo André

Ano Vocacional: lembranças inesquecíveis das ordenações sacerdotais

A Diocese de Santo André vivencia o Ano Vocacional Diocesano e uma das vocações mais importantes da Igreja, a vocação sacerdotal, tem um destaque especial em agosto, durante o Mês Vocacional.

Padroeiro dos presbíteros, São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, resume num pensamento emblemático o que é ser padre. “O sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Nesta quarta-feira (26/08) você conhecerá o padre vivo mais antigo ordenado na Diocese, as emoções da ordenação presbiteral, o sentido da vocação cristã, o serviço à Igreja e o compromisso como sacerdote.

Ordenado mais antigo

Com 83 anos de idade, Pe. Antonio Moura da Silva completou 52 anos de sacerdócio em 2020, sendo entre os sacerdotes vivos, o mais antigo ordenado na Diocese de Santo André. Aquela cerimônia do dia 6 de janeiro de 1968 também foi pioneira na ordenação sacerdotal celebrada em português na Igreja Católica no Grande ABC, quando as celebrações da Igreja Católica passaram a ser realizadas em língua nativa de cada local, a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965), por iniciativa do Papa João XXIII e que completou 55 anos dos trabalhos concluídos pelo Papa Paulo VI.

“Antigamente as missas eram rezadas em latim. Na hora da ordenação tinha um padre beneditino que estudava com a gente e pegava o texto para traduzir e ler na hora”, relembra Pe. Moura, que foi ordenado na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Aparecidinha, na Região Santo André – Utinga.

“Foi tudo muito simples. Queria ser ordenado junto com o povo”, frisa ele, sobre as dificuldades de registros fotográficos à época.

Atualmente emérito, o sacerdote que atuou durante 44 anos como pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no Parque Capuava, em Santo André, recorda com carinho do acolhimento de Dom Jorge Marcos de Oliveira (1915-1989), o primeiro bispo diocesano (1954-1975), e o papel essencial em sua ordenação.

“O que esse homem fez por mim foi impressionante. Me acolheu na Diocese após uma ligação que fiz para ele (Dom Jorge), em 1965. Tinha feito Filosofia em Aparecida, estava em São Paulo e procurava uma Diocese. É a providência de Deus em nossa vida”, afirma o padre natural da cidade de Aporá, na Bahia.

 

A serviço da Igreja

Ordenado sacerdote por Dom Cláudio Hummes (bispo diocesano entre os anos de 1976 e 1995) no dia 23 de fevereiro de 1992, Pe. Nelson Rosselli Filho, 63 anos, não esquece daquela tarde de domingo na Catedral do Carmo e da representatividade daquele momento. “Foi muito emocionante. A gente é ordenado para o serviço da Igreja. A ordenação na Diocese de Santo André tem um significado muito grande para mim. Embora esteja incardinado aqui, a missão vai além, para uma igreja na qual nos acolhe e nos chama”, enfatiza o coordenador da Região Santo André – Leste.

No início da década de 1990, época sem os recursos tecnológicos de hoje, o atual pároco da Paróquia Nossa Senhora da Salete, em Santo André, sabe que a responsabilidade de sua vocação foi aumentando com o passar dos anos. “A partir dali (da ordenação) vamos assumindo outros compromissos e serviços na igreja. Deus capacita os escolhidos”, ressalta Pe. Nelson, que já atuou como coordenador do Centro Catequético, reitor do Seminário de Teologia e secretário do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Graça de Deus

“Só recordações boas, por causa do significado profundo que essa vocação tem para as comunidades cristãs e para a Igreja toda.”

Ordenado presbítero no dia 6 de dezembro de 1998, na Paróquia Santo Antônio da Vila Alpina (Santo André), pelas mãos do saudoso Dom Décio Pereira (1940-2003), o vigário geral da Diocese de Santo André, Pe. Ademir Santos de Oliveira, 51 anos, recorda com muita gratidão e alegria desse marco em sua vida. “É como um mergulho na graça de Deus e, sobretudo, se colocar nas mãos confiantes da Igreja, para cumprir essa missão que Deus nos confiou e que nos chamou a compartilhar com o Presbitério de Santo André e com o bispo diocesano. Me vem à mente o salmo que nós rezamos domingo passado (23 de agosto): “De todo o coração, Senhor, eu vos dou graças [….] Senhor, a vossa bondade é eterna. Não abandoneis a obra das vossas mãos” (Sl 138)”, salienta o pároco da Paróquia São Judas Tadeu (Santo André), que foi ordenado juntamente com os padres José Silva e José Herculano Vicente.”Ser ordenado presbítero nos faz intensificar ainda mais a nossa vocação cristã”, finaliza.

Quinteto da fé

O dia 22 de novembro de 2008 foi especial para cinco jovens que reafirmaram o sim para a missão de implementar cada vez mais o Reino de Deus na terra e evangelizar o povo pelas sete cidades do Grande ABC. Flávio José dos Santos, 43 anos; Francisco Semplicio Pires, 42 anos; Gonise Portugal da Rocha, 42 anos; Sidcley Alves Machado, 43 anos, e Tiago José Sibula da Silva, 41 anos, foram ordenados padres pelo bispo Dom Nelson Westrupp (que administrou a Diocese entre 2004 e 2015), atualmente emérito na Diocese de Santo André. Atualmente, Pe. Flávio é vigário paroquial na Catedral Nossa Senhora do Carmo; Pe. Francisco administra a Paróquia São José, em Mauá; na mesma cidade, Pe. Sidcley atua como pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida; Pe. Gonise é pároco da Paróquia Santa Maria, na Região São Bernardo – Anchieta; e Pe. Tiago atua como pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, na Região Santo André – Centro.

Emoção inesquecível
Recentemente completados dois anos de sua ordenação sacerdotal (4 de agosto de 2018), Pe. Rudnei Sertório, 38 anos, guarda no coração o anúncio de que seria um presbítero abençoado por Deus. Ele conta alguns detalhes e revela os momentos de emoção daquela celebração presidida pelo atual bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, na Paróquia Santo Antônio da Vila Alpina, em Santo André. “Em especial, me recordo da grande presença de sacerdotes concelebrando aquela eucaristia, participando do ritual de ordenação. Também da presença do povo, com a igreja cheia, presença de alguns familiares, alguns vindo de longe. E de modo particular me recordo que, a partir da unção com o Crisma nas mãos, passei a ficar muito emocionado e a chorar de modo a não conseguir controlar o choro. Como não acreditando que ali estava chegando pela graça de Deus”, confessa.

Administrador paroquial da Paróquia Santa Luzia Virgem e Mártir, Pe. Rudnei foi ordenado ao lado dos companheiros de caminhada no seminário: padres Cláudio Pereira Santos, José Aparecido de Sousa, Marcos Vinícius Wanderlei da Silva e Vinícius Ferreira Afonso.

“Certamente um momento de gratidão, de muita alegria e de muito mais emoção e paixão do que razão”, conclui.

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