A Dedicação da Catedral Nossa Senhora do Carmo completou 62 anos. Em solenidade ocorrida no último sábado (22/08), o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, destacou que a bondade de Deus é sinalizada na existência dessa Catedral Diocesana, local de manifestação das maravilhas da graça e amor de Deus por nós. “Somos pedras vivas de uma igreja acolhedora e missionária!”, frisa.
Dom Pedro recordou o Sínodo Diocesano, que aconteceu no biênio 2016-2017 e originou a Constituição Sinodal com o 8ºPlano Diocesano de Pastoral, ao fazer uma analogia sobre a importância da dedicação da catedral com a ação evangelizadora do povo de Deus. “Vivenciamos o nosso Sínodo Diocesano, seguindo as inspirações, onde pudemos discernir e ouvir todos e todas para a nossa ação pastoral. Dedicar uma igreja é sinalizar a consagração do povo da fé e vocacioná-lo para cumprir a vontade de Deus, assim como Jesus o fez no seu batismo, no Rio Jordão, ao qual ele saiu ungido”, reflete.
No Jubileu de Diamante da Dedicação da Catedral, ocorrido há dois anos, o Pastor da Igreja Católica no Grande ABC coroou solenemente a imagem da padroeira desta catedral, sinalizando a solenidade litúrgica da dedicação deste templo e pedindo a Maria Santíssima, que seja a Rainha de nossa Igreja Particular, ela que é a primeira na fé, nossa intercessora.
“Neste tempo de pandemia, pedimos a Maria, sabedoria e a paciência para vencermos os desafios de todos os dias, e ajudai-nos, por fim, a vencer a pandemia. Pedimos a intercessão de Maria pelos doentes, por aqueles que tiveram a graça de se recuperar, por todos os que cuidam, e pedimos que interceda pela Igreja para que nunca percamos a esperança e, sobretudo, tenhamos uma fé firme e verdadeira capaz de atravessar esse período difícil”, complementa. A dedicação de uma igreja é um costume antigo da Igreja Católica, no qual se consagra a Deus, tudo que há nela: cruz, objetos litúrgicos, imagens, instrumentos e pias batismais. Por exemplo, a igreja da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, foi consagrada no ano de 355, no século IV. Sua dedicação ocorreu no dia 15 de julho de 1149, ou seja, há 871 anos.
História da Dedicação da Catedral
A Catedral Nossa Senhora do Carmo foi solenemente dedicada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Cardeal Câmara, no dia 22 de agosto de 1958, quatro anos após a instalação da Diocese de Santo André, como lugar sagrado para o culto divino e celebração dos sacramentos na Diocese. No altar, como pede o rito, foram depositadas relíquias de São Sebastião e Santa Maria Goretti. Por isso, a Diocese de Santo André comemora no dia 22 de agosto o aniversário da dedicação de sua Igreja Mãe, não obstante a Catedral ter como padroeira Nossa Senhora do Carmo, e neste dia o calendário litúrgico da Igreja dedicá-lo à memória de Nossa Senhora Rainha.
É importante lembrar que “a igreja Catedral é a primeira entre os templos de uma diocese e também o centro de sua vida litúrgica” (CB, 44). Nela está a cátedra (cadeira), símbolo da função magisterial e pastoral do epíscopo no exercício de seu múnus de ensinar, santificar e governar. Por sua vez, este edifício sagrado é “sinal de unidade dos crentes naquela fé que o Bispo anuncia e zela como pastor do rebanho (CB, 42).
O significado teológico torna relevante a celebração anual do aniversário de dedicação da catedral diocesana, que na sede assume caráter de solenidade, ao passo que nas demais paróquias e comunidades da Diocese, é celebrada no grau de festa” (Diretório Diocesano de Liturgia, pág. 204).