Desde o início da quarentena na segunda quinzena de março, em decorrência da pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, a Diocese de Santo André já realizou uma série de matérias, reportagens e entrevistas com 58 pastorais, movimentos e grupos diocesanos (dados contabilizados até o dia 4 de agosto).
E nesta terça-feira (04/08) chegou a vez de conhecermos um pouco da história e das atividades do movimento das Comunidades Nossa Senhora da Esperança. A iniciativa existe desde fevereiro de 2003 no Brasil, ou seja, completou 17 anos em 2020, e foi criada pela Dona Nancy Cajado Moncau, uma viúva à época com 93 anos de idade. Ela se inspirou na experiência do Pe. Henri Caffarel (1903-1996), na França, que durante a 2ª Guerra Mundial, entre os anos de 1939 e 1945, atendeu solicitação por parte de jovens viúvas francesas, cujos maridos haviam falecido em campos de batalha, iniciando com elas um trabalho de apoio no campo espiritual. O grupo ficaria conhecido, inicialmente, por “Fraternidade Nossa Senhora da Ressurreição” e posteriormente por “Grupamentos Espirituais de Viúvas”.
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Legado
Surgia nesse período as Equipes de Nossa Senhora, que celebrou oito décadas de existência em 2019. Vale lembrar que Nancy foi casada com Pedro Moncau, sendo o casal pioneiro que trouxe o movimento ENS para o Brasil. Dois meses antes do seu falecimento (15/08/06), presidiu a Assembleia Geral de Fundação da Entidade, dando-lhe, conforme era de seu desejo, personalidade jurídica a CNSE. Existe uma Equipe Dirigente, composta por uma Coordenação Nacional e vários órgãos auxiliares. Sua estrutura orgânica prevê Coordenadorias Regionais e Locais, que garantem a unidade do seu funcionamento, como ocorre exatamente com as Equipes.
Na fundação das Comunidades Nossa Senhora da Esperança, Dona Nancy concedeu o seguinte depoimento: “Fiquei viúva em 1982 e viajava muito pelo Brasil dando palestras e participando de reuniões. De vez em quando alguém me perguntava por que a senhora não organiza grupos de viúvas? Passaram-se os anos até que Deus me fez compreender que era chegada a hora de mudar de atividade. Fiz várias consultas e formei um Grupo de trabalho composto por pessoas conhecidas e surgiu daí o Movimento hoje conhecido como CNSE, para viúvas e viúvos em geral, mais tarde estendido também às pessoas sós, ou seja, as solteiras e as separadas que permaneciam sós”, (trecho retirado do site oficial da CNSE).
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Objetivo
O movimento das Comunidades de Nossa Senhora da Esperança foi criado para pessoas sós, viúvos e viúvas, separados e solteiros, homens ou mulheres. Tem como objetivo o apoio espiritual e religioso a quem vive de fato essa situação, buscando desenvolver novas maneiras de viver que permitam perceber nas pequenas coisas como todos são especiais aos olhos do Criador, sempre seguindo o que pede a Igreja nas suas diversas formas de atuação.
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Na Diocese
As Comunidades Nossa Senhora da Esperança existem desde 2006 na Diocese de Santo André, ou seja, completará 15 anos de atuação no Grande ABC, em 2021. Iniciou-se com pequenos grupos, sem vínculo específico com as paróquias.
As principais atividades são as reuniões mensais, eventos e um grande encontro nacional para apresentar as diretrizes do plano de trabalho do ano vigente. “No período de quarentena poucas coisas foram feitas. O nosso movimento tem pessoas acima dos 60 anos em sua maioria. Em cada grupo realizamos algumas adaptações através de plataformas de reuniões online e aplicativos de mensagens como WhatsApp”, revela Tereza Pitarelo Shoshima, viúva integrante da coordenação nacional da CNSE (Comunidades Nossa Senhora da Esperança) e membro da Diocese de Santo André.
Segundo a terapeuta familiar e individual, quando a pandemia estiver controlada e as atividades presenciais serem retomadas com segurança, o calendário do próximo ano será apresentado pela coordenação nacional da CNSE. “Para manter uma unidade do movimento no Brasil inteiro”, frisa.
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Como participar
Os grupos das Comunidades Nossa Senhora da Esperança são formados por pessoas sós, solteiros, separados, viúvos e viúvas acima de 40 anos. Por ser uma iniciativa da Igreja Católica Apostólica Romana é importante que as pessoas professem a mesma fé católica. “Os grupos são espaços de acolhida e de convivência afetiva que se unem, se alegram e dão sentido novo à vida. Que permitem aceitar com determinação e fé, os desafios que vem pela frente que não são poucos”, salienta.
Para participar e obter informações sobre a CNSE entre em contato pelo WhatsApp: 99876-7570. Acesse também o site nacional.
O casal Agnes e Ivan Silvério atua na coordenação diocesana e o diácono Everson Neves Mendes é o conselheiro espiritual.