Diocese de Santo André

Campanha da Mãe Peregrina: visitas levam esperança e graças às famílias

Tradição desde 1950 no Brasil, a Campanha da Mãe Peregrina existe há mais de três décadas e meia na Diocese de Santo André, ou seja, o Movimento Apostólico de Schoenstatt começou a ser disseminado com mais força na região a partir dos anos 1980.

Segundo o secretário do Dicastério (um dos departamentos da Cúria Romana) para os Leigos, a Família e a Vida no Vaticano, Pe. Alexandre Awi Mello, “são 70 anos de evangelização porta-a-porta comemorados a partir de Santa Maria/RS e por mais de 4 milhões de famílias no Brasil que recebem mensalmente a Mãe Peregrina em casa”, ressalta.

Mesmo com a presença da Covid-19 em solo brasileiro, famílias, coordenadoras e missionárias do Movimento de Schoenstatt não deixam a chama da fé se apagar diante do distanciamento social e prosseguem em oração pelo fim da pandemia do novo coronavírus. Inúmeras graças continuam sendo alcançadas por meio da devoção à Mãe Rainha.  Aqui você conhecerá algumas histórias de missionárias e coordenadoras que com muito amor e fé fazem visitas diárias nas casas das famílias, levando consigo uma imagem de Nossa Senhora com Cristo em seus braços, levando conforto e esperança aos lares e estabelecimentos comerciais.
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Imagem da perseverança
Atuante no segmento do Serviço Social, Marly Castilho da Silva Lima, 60 anos, é coordenadora da Mãe Rainha na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Região Santo André – Utinga. A história da fundação do movimento no local é cativante, já que é fruto da perseverança própria dos cristãos. O ponto de partida aconteceu em outubro de 2018 com a organização de 30 famílias que receberiam as capelinhas. Uma imagem que até então estava perdida, foi localizada por Marly, ou seja, a motivação que faltava para o resgate do movimento de peregrinação pelas casas.

“Recebi o convite do Pe. Vanderlei Ribeiro (pároco da Nossa Senhora de Fátima) para então montarmos na paróquia esse grande movimento. Hoje temos três missionárias e aproximadamente 240 famílias sendo assistidas pela Mãe Rainha”, celebra. Ela testemunha algo tão grandioso que aconteceu em sua vida como prova viva das bênçãos que todos recebem com as visitas da Mãe Peregrina.

“Há dois anos fui diagnosticada com um tumor no intestino. Fiquei internada e então pedi a intercessão da Mãe Rainha para que me ajudasse neste momento tão difícil. E também juntamente com o Pe. Vanderlei que me deu a unção dos enfermos. E graças a Deus, quando foi repetido os exames não constava mais esse tumor, para honra e glória do Senhor”, recorda.
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Precursora da campanha
Da Basílica Menor da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Região São Bernardo – Centro, a arquiteta e urbanista Lilian Tereza Zoboli, 61 anos, relembra os tempos de juventude em que conheceu o movimento em 1980, quando esteve em Curitiba para visitar o Santuário de

Tabor Magnificat. Dessa experiência, logo depois entrou em contato com o Santuário de Schoenstatt da Vila Mariana, em São Paulo. “Tive o envio da minha imagem em outubro de 1983, a terceira da cidade de São Bernardo”, confidencia a coordenadora da Campanha da Mãe Peregrina na Igreja Matriz de São Bernardo.

De acordo com Lilian, a motivação para participar do movimento ocorreu por meio de um chamado para evangelizar através da Mãe de Deus. “Essa mãe que tanto amo, e até hoje significa muito para mim, porque através desse movimento, dessa evangelização, percebo que aumenta e muito a minha fé”, reflete. Ela conta que uma das graças alcançadas por sua família foi a conquista de um emprego para um dos seus irmãos. “Quando começamos a peregrinação da Mãe Rainha, o meu irmão estava desempregado por mais de um ano. E através da peregrinação, meu irmão conheceu uma pessoa e conseguiu o emprego. Então, a gente tem certeza que através da Mãe Peregrina aconteceu essa graça. E para nós foi muito gratificante até hoje”, agradece.
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Retorno às missas

Coordenadora da Campanha da Mãe Peregrina na Paróquia Santa Luzia Virgem e Mártir, na Região São Bernardo – Anchieta, a professora Cícera Edivania Galdino de Moraes, 43 anos, afirma que a iniciativa no local começou em abril de 2019, uma das ‘caçulas’ de nossa Diocese. São 15 grupos, com 15 capelinhas, 15 missionárias e auxiliares. “Temos mais dois grupos sendo montados após a pandemia”, avisa. Cícera conta que a motivação para participar da ação é levar amparo e auxílio às famílias, por meio das visitas com as capelinhas. A profissional da área da educação entende que esse tipo de evangelização tem promovido o retorno de muitas pessoas para as missas.

“Percebemos que essa campanha fez com que muitas famílias voltassem para a igreja. As casas são preparadas para receber as imagens da Mãe Rainha, as pessoas elaboram o altar, rezam a oração. Tudo isso traz um significado muito gratificante”, relata.

Uma das graças alcançadas por Cícera foi justamente a cura da sua sogra, que contraiu a Covid-19. “Ela ficou internada no hospital e todas a noites eu rezava o terço pedindo a intercessão da Mãe de Deus. Assim como minha sogra, muitas pessoas são curadas dos sofrimentos da vida por essa devoção à Campanha da Mãe Peregrina”, confidencia.
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História na Diocese
A Campanha existe na Diocese de Santo André desde os anos 1980. As imagens partem do Santuário da Vila Mariana e visitam milhares de lares nas 10 Regiões Pastorais, abrindo espaço para que as famílias, muitas vezes afastadas da igreja, sejam evangelizadas pela atuação de Nossa Senhora como Mãe, Educadora e Missionária. Os missionários desempenham uma ação social e evangelizadora junto as suas 30 famílias, com escuta, aconselhamentos, ajuda material, orações, encaminhamento aos sacramentos, novenas, encontros, estudos, celebrações eucarísticas. Acontece todos os dias, se pensarmos que a cada dia uma família recebe em seu lar a visita da Mãe Peregrina. Mas, merece destaque a celebração mensal da Aliança de Amor, em gratidão a todas as graças que jorram do Santuário da Mãe Rainha para as famílias. Usualmente, esta celebração acontece nas missas do dia 18 de todo mês, mas cada paróquia, respeitando a realidade e as necessidades locais, se organiza da maneira mais adequada na matriz e nas capelas, sempre em comunhão com o pároco.

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8º Plano de Pastoral
A Campanha da Mãe Peregrina acaba por realizar vários dos itinerários pastorais, mas pelas visitas mensais a milhares de lares da Diocese, merece destaque o objetivo de: “dinamizar a ação evangelizadora para levar a todos o evangelho de Jesus Cristo” (Itinerário 7 – Visitas Missionárias) do 8º Plano Diocesano de Pastoral.
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Como participar
As pessoas podem participar, primeiramente, recebendo a visita da Mãe Peregrina em sua casa. Com o tempo, podem assumir outras funções no Movimento. Para receber a visita da Mãe Peregrina, basta pedir ao coordenador da Campanha em sua paróquia. Para saber quem é o coordenador na sua paróquia, entre em contato com Dalva, pelo WhatsApp: (11) 97250-0490.
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Sobre a missão
O Movimento Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt tem como missão a evangelização nas famílias, através das visitas das missionárias nos lares, sempre acompanhadas da capelinha com a imagem da Mãe Rainha. Desenvolvem um trabalho a partir da oração, da palavra e da presença de Maria como amparo e apoio para muitas pessoas.

Pe. José Kentenich foi o fundador da Obra Internacional de Schoenstatt, no ano de 1914, na Alemanha. O movimento teve início no Brasil em 1950, quando João Luiz Pozzobon, membro do Movimento Apostólico de Schoenstatt, a partir do Santuário de Tabor, em Santa Maria (RS), recebeu a espiritualidade de Schoenstatt. Na Diocese de Santo André está presente desde a década de 1980. Essa iniciativa existe atualmente em mais de 90 países.

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