Diocese de Santo André

Conheça as características dos tipos de templos católicos

A Igreja Católica Apostólica Romana tem uma profunda história de evangelização enraizada a partir da construção de vários templos ao redor do mundo. Mas você conhece o significado de cada um deles? Os locais de culto existentes na Diocese de Santo André?

O vice-chanceler da diocese, Pe, Vinícius Ferreira Afonso, explica em detalhes as particularidades de cada templo católico. Confira:

Basílica Maior: é uma construção do período romano, utilizada pelos impérios para sediar edifícios públicos. Ela tem um formato de cruz. E com a oficialização do Cristianismo, como religião do império, alguns edifícios se tornaram locais de culto.

A basílica remonta a esse significado. E hoje ela significa uma igreja que é enriquecida com algumas honrarias. Então, as basílicas maiores têm esse título porque são diretamente ligadas ao papa. São quatro as basílicas papais: Catedral de Roma, também conhecida como Arquibasílica de São João de Latrão, dedicada a São João Batista e São João Evangelista; a Basílica de São Pedro, também conhecida como Basílica do Vaticano, que é o local do martírio do Apóstolo São Pedro, onde o Santo Padre preside as principais celebrações litúrgicas do ano; a Basílica de Santa Maria Maior, também chamada Basílica de Libéria, que é o principal templo mariano do mundo, o mais antigo dedicado; e a Basílica de São Paulo Extramuros, também conhecida como Basílica Ostiense, que é sede de um antigo convento, também para fazer memória ao Apóstolo São Paulo.

Outro detalhe com relação às basílicas são as insígnias que as identificam: quando a gente entra na igreja e observa uma espécie de sombrinha nas cores vermelha e amarela – essa sombrinha se chama umbela – ela designa que ali é uma basílica. Quando essa sombrinha está fechada é porque o papa não está presente nessa igreja. Mas se porventura, o papa estiver presente nessa igreja, abre-se essa umbela.

E a outra insígnia é o tintinábulo, que é um sininho que acompanhava antigamente as procissões papais. Ouvia-se o badalar daquele sino, se sabia que o papa estava presente naquela procissão. Como a basílica tem uma forte ligação com o Santo Padre, então esses dois símbolos as designam.

Outra questão é que no caso das basílicas maiores ou basílicas papais, quem administra o local é um arcipreste, normalmente um cardeal ou um arcebispo que toma conta dessa basílica.

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Basílica Menor: as basílicas menores tem alguma ligação com algumas dessas basílicas maiores, mas são menores porque estão fora da cidade de Roma, do Vaticano, como as duas que se encontram em Assis: Basílica de São Francisco de Assis e Santa Maria dos Anjos. Ambas têm o título de basílica papal, embora sejam basílicas menores. Mas tem alguns privilégios concedidos pela Santa Sé, especialmente em que os fiéis durante determinadas ocasiões do ano lucrem indulgências plenárias peregrinando até essa igreja. E a basílica menor também para receber esse título precisa de uma relevância histórica, patrimonial ou artística. A Diocese de Santo André conta com a Basílica Menor – Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem (Praça da Matriz, Centro), popularmente conhecida como Igreja Matriz de São Bernardo, com tradição bicentenária na cidade. O atual pároco é o padre scalabriniano Alejandro Cifuentes Flores.

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Catedral: é a igreja mãe de uma diocese, onde tem uma cátedra, que é a cadeira onde tradicionalmente o bispo (na Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini) se senta, em atitude magisterial, para exercer seu múnus pastoral de ensinar, santificar e governar. Normalmente, o cura é responsável pela administração do local. Na Catedral Nossa Senhora do Carmo (Diocese de Santo André) quem exerce essa função é o Pe. Joel Nery.

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Santuário: é um local de culto nomeado pela diocese. Portanto, um santuário diocesano. Pode ser um santuário nacional também, como é o caso de Aparecida, mas é um local de culto enriquecido e agraciado com esse título de santuário, porque ali acolhe muitas pessoas para celebrações eucarísticas, para o atendimento sacramental, para o aconselhamento, sendo um local de afluxo de peregrinos e de romarias. Quando o local atende a esses atributos, normalmente solicita-se ao bispo e ele concede o título de santuário diocesano. Um santuário é administrado por um reitor.

A Diocese de Santo André conta com dois santuários: Santuário Senhor do Bonfim (Rua Oratório, 1.458 – Parque das Nações, em Santo André) com Frei Nestor Marin como reitor; e Santuário Nossa Senhora Aparecida (Rua Xavier de Toledo, 190 – Bairro Paulicéia, em São Bernardo) com Padre Alex Sandro Camilo como reitor.

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Capela: é uma igreja pequena que não tem um título de igreja paroquial, nem de santuário, nem de basílica. Esse termo é originário de um santo que celebramos recentemente na liturgia, no dia 8 de novembro: São Martinho de Tours (316-397 dc), que era militar e usava uma capa. Diz a tradição que ele encontrou um mendigo passando frio e repartiu com a espada, essa capa em duas. Então, ficaram duas capelas, ou seja, duas pequenas capas.  A tradição ainda diz que Cristo lhe apareceu agradecendo com metade do manto da capa, dizendo ser o mendigo ajudado.

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Comunidade: é um termo mais recente, que designa tanto um local de culto como uma comunidade de fiéis, geralmente pertencentes a uma paróquia, e que tem vida pastoral ativa. Então, a diferença principal entre uma capela e uma comunidade é: a comunidade pode ter uma capela, que é um local de culto, uma igreja pequena, mas geralmente quando designamos capela, a gente só fala de um lugar de culto, como por exemplo, a Capela Santa Cruz, na Estrada do Pedroso (Região Santo André – Leste. É uma capela porque ali só tem celebração, mas não tem uma vida pastoral. Agora, nós temos muitas comunidades no ABC que estão sediadas em capelas e tem vida pastoral. E por isso são comunidades, membros de uma paróquia.

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Paróquia: é um território dentro de uma diocese, que é confiada a um pároco ou a um administrador paroquial. A paróquia geralmente tem um templo, comumente denominada de igreja paroquial ou matriz paroquial.  A Diocese de Santo André conta com 106 paróquias nas dez regiões pastorais das sete cidades do Grande ABC. A paróquia é administrada pelo pároco ou administrador paroquial e em muitas delas também conta com o vigário paroquial, também.

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Quase-Paróquia: é uma estrutura que está se preparando para ser paróquia, mas que ainda não tem condições para tal. Por isso, é uma quase-paróquia. No latim, quase significa ‘como’. Então, é equiparada a uma paróquia, porém, não tem o título que ainda está alcançando a estabilidade para receber essa honraria. Atualmente, a Diocese de Santo André possui duas quase-paróquias: Nossa Senhora de Fátima (Ribeirão Pires) e Nossa Senhora Aparecida (Diadema).

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Oratório: é um local de culto. Não tem status de santuário, nem de paróquia. Um lugar onde as pessoas vão para rezar, podendo ocorrer missas neste espaço de oração. Na Diocese de Santo André temos dois oratórios: Nossa Senhora Aparecida (Rua Tiradentes, 315 – Vila Dora – próximo aos hospitais Brasil e Mário Covas, em Santo André) para uso da Pastoral da Saúde e tem como responsável pela administração do local, Pe. Vanderlei Ribeiro; e Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe (Estrada do Morro Grande, 870 – Bairro dos Finco, em São Bernardo do Campo) para uso dos fiéis da Milícia da Imaculada, tendo como superior responsável o Frei Sebastião Benito Quaglio.

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Igreja: é um termo mais amplo utilizado de forma popular. É todo espaço sagrado. Por exemplo, a Basílica de São Pedro é igreja, uma capela é igreja, uma paróquia é igreja.

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