Diocese de Santo André

25 anos das Casas de Teologia e Filosofia: a importância da formação dos futuros presbíteros

A ordenação de futuros presbíteros da Diocese de Santo André passa antes pela formação nas Casas de Teologia e de Filosofia do Seminário da Diocese de Santo André, que completam 25 anos de inauguração no dia 22 de março de 2021.

E na reta final do Ano Vocacional Diocesano, seminaristas diocesanos transmitem neste bate-papo, a experiência da caminhada formativa em ambas as casas. Confira:

A convivência e o aprendizado 

Seminarista do quarto ano de Teologia, Jorge Luís Gomes Bonfim tem 25 anos de idade. Sua paróquia de origem é a Nossa Senhora das Vitórias (Região Mauá). Realiza estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe (Região São Bernardo – Anchieta).  Ele recebeu o ministério de acólito em dezembro do ano passado, que o torna ministro responsável por algumas funções na liturgia. É uma das grandes etapas que antecede a ordenação presbiteral e tornar-se servidor do Povo de Deus, principalmente oferecendo no altar o sacrifício Eucarístico.

“Sempre olhei para essa casa formativa, que é a última etapa, como um compromisso de muita maturidade, porque são os últimos anos em vista do sacerdócio”, ressalta Jorge, em relação ao período de estudos na Casa de Teologia. “Claro que todas as etapas, o propedêutico e a filosofia são enxergados com seriedade, mas aqui (na teologia) tem um peso maior, uma responsabilidade muito maior. Se dedicar aos estudos teológicos, à faculdade, aos trabalhos pastorais aos finais de semana é muito intenso. Precisa ser muito verdadeiro e muito bem preparado para tratar com seriedade, a responsabilidade de estar à frente do povo de Deus, enquanto sacerdote no futuro”, confidencia.

Seminarista do terceiro ano de Filosofia, Fernando Oliveira do Nascimento tem 30 anos e realiza estágio pastoral na Paróquia Cristo Rei, em Diadema. Ele acredita que um dos principais desafios durante a formação é saber conciliar o tempo entre os estudos e as atividades pastorais. “A Casa de Filosofia é um mundo novo para quem vem do propedêutico. Você tem que enturmar com a faculdade, a questão de administrar o tempo, em relação aos estudos com a pastoral, bem como as atividades próprias da Casa de Filosofia. Então, para mim que já vinha dessa rotina extensa de muitas atividades, tem sido bastante propício para o meu crescimento, no que se refere à administração do tempo”, garante.

Fernando também destaca como essenciais outros aspectos da formação, como as dimensões pastoral, comunitária, intelectual e espiritual, que estão interligadas entre si.  “Tem sido muito gratificante lidar com uma série de situações, tanto na casa como na pastoral neste tempo de filosofia. Às vezes podemos olhar de modo superficial e acharmos que um monte de tarefas para fazer é como se aquilo fosse um acúmulo de atividades, que vai nos sobrecarregando, quando na verdade por trás de cada atividade, por trás de cada momento, há um convite de Jesus, já que a Casa de Filosofia é própria para a gente trabalhar o discipulado”, medita.

 

Histórias marcantes
Jorge confessa que têm várias passagens inesquecíveis dentro do seminário, entre elas, os momentos de lazer e celebrativos. No entanto, ele destaca uma, em especial: “uma convivência que fizemos na chácara dos padres e foi um final de semana muito bom, de muita alegria e bom convívio. Nós brincamos, demos risada, contamos piada, falamos sobre a vida, sobre a vocação. Então, esse momento especial, que já tem uns três, quatro anos, marcou muito o meu coração nessa chácara da diocese”, revela.

Por sua vez, Fernando compartilha conosco duas histórias, do ponto de vista comunitário: a primeira ocorrida em 2019, “onde alguns membros da minha turma e alguns membros da outra turma se uniram na Novena de Pentecostes. Então, a gente se juntava dentro do quarto de um seminarista e lá a gente cantava algumas músicas, fazia momento de oração e cada um de nós fazia a partilha da palavra. E ao final, todo mundo partilhava junto”, evidencia.
E outro momento aconteceu no ano passado, “quando pediram para eu pegar o violão para cantar apenas algumas músicas na sala. Tinham membros das três turmas, e aquilo foi virando um momento de oração e a coisa foi ficando mais profunda, de modo que a gente chegou a rezar uns pelos outros. O que começou com algumas músicas virou um momento de oração. Aquilo me tocou bastante”, confessa.

Importância dos formadores
Jorge revela o aspecto fundamental dos reitores na vida dos seminaristas. “O formador atua  justamente no sentido de dar nos orientação, de nos ajudar a refletir sobre a nossa vocação, e de amadurecer os passos que estamos dando em vista do sacerdócio”, analisa.

Ele relembra com gratidão dos padres que produziram bons frutos em sua formação como José Herculano Vicente (Propedêutico), Dayvid da Silva (Filosofia), José Aparecido Cassiano e Rudnei Sertório (Teologia). “Cada um com sua especificidade, cada um com sua especialidade que faz com que eu me entregue com muito amor e muito ardor por nossa diocese. Então, agradeço a vida dos nossos formadores”, salienta Jorge, ao fazer menção especial ao bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini.
“É o nosso primeiro formador. Dom Pedro sempre está presente no seminário, sempre presente nas vocações e isso nos dá  muita alegria e muita esperança”, reitera.

Fernando elenca diversas qualidades nos sacerdotes que o acompanharam desde o início do Seminário Propedêutico, como o Pe. Vagner Franzini, “sempre disposto a ouvir e dialogar”; no Seminário de Filosofia, o Pe. Dayvid da Silva “com seus conselhos e sua sensibilidade”, e o Pe. Hamilton Gomes do Nascimento, “com sua organização e observação aguçada diante de cada seminarista”.

Ele também cita os diretores espirituais como Pe. José Herculano Vicente, Pe. José Soares Rodrigues, e Pe. Cleidson Pedroso Souza, porém, um especial o marcaria muito durante o início da caminhada rumo ao sacerdócio. “O Pe. Antônio Moura (atualmente emérito) atendia a confissão toda quarta-feira e rezava uma missa conosco. Destaco a importância dele em minha vida pelo pai que ele foi e  continua sendo para mim. Eu nunca vou esquecer das vezes que ele me acolheu nas minhas dificuldades, na minha confissão. Sempre foi muito carinhoso, muito acolhedor”, elogia.

Uma bela maneira de finalizar esses testemunhos de que vale a pena acolher o chamado de Deus!

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