Diocese de Santo André

Fé, ciência e ação: a fórmula para preservar vidas e vencer a pandemia

Praticamente um ano após a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar pandemia por causa do novo coronavírus, o Brasil registrou um triste recorde nesta terça-feira (16/03): 2831 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas (segundo dados do Ministério da Saúde, enquanto o Consórcio de Veículos da Imprensa registrou 2798 óbitos). A média móvel de mortes cresceu 69% em um mês, de acordo com o Boletim Monitora Covid da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

São 11.609.601 casos confirmados de Covid-19 registrados nos últimos 12 meses. São 282.400 vidas perdidas em um ano. São hospitais lotados, muitos deles sem leitos disponíveis para internações de pacientes em estado grave. Depois das tristes cenas em Manaus (AM), com a falta de oxigênio e a escalada de mortes, o país agora vive uma tragédia sem precedentes que não tem data nem hora para acabar. Sem falar das novas cepas e variantes surgidas e disseminadas no Brasil.

A chegada das vacinas, mesmo que em doses homeopáticas e numa campanha de imunização ainda em ritmo lento, traz certamente uma luz de esperança no fim do túnel. Mas além da vacinação, o que fazer para brecar o avanço do vírus no Brasil que se tornou o epicentro da doença no mundo?

Especialistas como cientistas defendem medidas mais restritivas como o chamado “lockdown”, uma fase em que todos os estabelecimentos e repartições públicas são fechadas (com exceção de hospitais e órgãos de emergência), bem como o transporte público não circula durante 24h; infectologistas, epidemiologistas e imunologistas continuam desde o início do registro de casos e mortes defendendo o isolamento social, o uso irrestrito de máscara ao sair na rua, a constante higiene das mãos com água e sabão (em ambientes externos, a solução é o álcool em gel).

No último dia 11 de março, o Pacto pela Vida e pelo Brasil, ação da qual a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), juntamente com a Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, lançou o documento intitulado “O povo não pode pagar com a própria vida!”,  que enfatiza “o vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis”. No documento, as entidades se solidarizam com as famílias que perderam seus entes queridos e aponta a urgente necessidade de maior empenho e integração dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) do Brasil, e entre estados e municípios, na busca por encontrar soluções para enfrentar a pandemia.

Em diversos estados do Brasil, arquidioceses e dioceses já atenderam aos decretos dos governos para medidas restritivas ou por iniciativa própria já suspenderam novamente as celebrações de missas e atividades presenciais, bem como em muitas localidades as paróquias já estão fechadas para atendimento ao público (apenas online e por telefone).

Na região do Grande ABC, desde o início da pandemia a Diocese de Santo André tem cumprido todas as medidas sanitárias em prol da preservação das vidas em primeiro lugar, a fim de evitar aglomerações e a proliferação do vírus, por meio dos decretos diocesanos de 20 de março (de fechamento das igrejas e suspensão das atividades presenciais) e do dia 31 de maio (que promoveu a reabertura gradual das celebrações com 30% da capacidade de cada paróquia) de 2020, e agora com o retorno das missas apenas pelas mídias sociais, em razão da fase emergencial em todo o estado de São Paulo, que vigora entre os dias 15 e 30 de março de 2021.

Mesmo no distanciamento social, a espiritualidade é uma importante aliada para não alimentarmos pensamentos negativos e evitarmos doenças da mente e coração. Por isso, as orações são necessárias, sempre, mesmo que esteja sozinho, e não em celebrações coletivas. Logicamente, o êxito do combate à pandemia neste momento não depende apenas de uma instituição ou parcela da população. É preciso diálogo e sintonia entre os governos federal, estadual e municipal. É preciso articulação das entidades da sociedade civil, dos poderes legislativo e do judiciário na cobrança por iniciativas eficazes. É preciso auxílio para o povo que precisa trabalhar e utilizar transporte público em situações indesejáveis para sustentar as famílias.

Num cenário em que ainda observamos uma onda negacionista, muitas aglomerações sem sentido e um sentimento de anestesia diante da tragédia anunciada, é necessário ter empatia pelo próximo que não terá leito em tempo hábil para se curar da doença, cultivar a fé em Deus por meio de orações e pensamentos positivos, e acreditar na ciência mais do que nunca. Somente essa união de esforços, sentimentos e gestos, aliada logicamente às ações imediatas dos governantes, com mais vacinas e campanhas de conscientização para a população, indicará no horizonte, uma força capaz de lutar e vencer a pandemia.

Fique em casa, se puder! É tempo de cuidar!

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