Diocese de Santo André

Há dois anos, Festa das Nações pregava a cultura da paz e a integração dos povos

Em razão da pandemia da Covid-19, a Festa das Nações não foi realizada em 2020, na Diocese de Santo André. Mas a mensagem deixada pela quarta edição das festividades que uniu migrantes de diversos países, realizada na Igreja Matriz de Santo André nos dias 25 e 26 de maio de 2019, não poderia ser mais atual diante da realidade vivenciada em todo o mundo.

Promover a paz entre os povos deveria ser uma ação cotidiana, num mundo sem guerras e sem violência. Esse ensinamento demonstra que é possível as pessoas de todos os continentes conviverem juntas, num mesmo ideal de respeito e troca de experiências, mesmo com culturas e costumes diferentes.

Essa  edição do evento reuniu pessoas de diversas nacionalidades numa confraternização com muita cultura, gastronomia e momentos de oração. Mais do que as palavras, o momento do anúncio de cada nação para o desfile das bandeiras remeteu à abertura dos Jogos Olímpicos, em que todos estão tocados pelo espírito de competitividade, mas sobretudo, o sentimento de companheirismo e união que já produziu cenas épicas e memoráveis ao longo da história.

Não diferente aconteceu na celebração de mais um encontro promovido pela Pastoral do Migrante da Diocese de Santo André. Era possível observar lágrimas escorrendo pelo rosto de cada pessoa que ouvia o nome de seu país ser ecoado pelos alto-falantes nos arredores da Praça Presidente Vargas. Aplausos como num gol de Copa do Mundo. É compreensível. Muitos que vivem no Brasil têm familiares em países que vivem crise econômica e cenário de guerra civil.

Contudo, logo a alegria tomou conta, quando as crianças soltaram os balões coloridos que representavam a união dos cinco continentes, e oficialmente a festa começou no local, apenas sorrisos reinaram, num clima de confraternização, em que latino-americanos, africanos, norte-americanos, europeus, asiáticos puderam degustar a gastronomia tradicional de diferentes países e assistirem espetáculos de dança e música.
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Missa pela paz
A Missa em Ação de Graças presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini aconteceu pela manhã, na Matriz andreense. Na reta final do Tempo Pascal e próximo da chegada de Pentecostes, Dom Pedro chamou a atenção para que os valores profundamente humanos como a paz, a fraternidade, a solidariedade e a justiça sejam praticados na sociedade. “Não podemos como cristãos ser egoístas e fechados. É preciso conversão para a misericórdia. Sem isso será uma guerra contínua de todos contra todos e ninguém terá a paz. A paz que brota do amor e da eucaristia. Deus se faz pão para alimentar a todos. Seja entregue para todos que tem boa vontade de receber essa paz que Cristo nos dá”, elucida.

O assessor diocesano da Pastoral do Migrante e pároco da Matriz andreense, Pe. Jean Dickson Saint-Claire, reafirma o caráter da festa de pregar a união, demonstrando amor e acolhida entre os povos.

“Somos todos imigrantes. Somos filhos e filhas de um único Deus. Precisamos mostrar o caminho da fraternidade e do amor, que é Jesus Cristo. A igreja é migrante. Por isso, a necessidade de acolhermos uns aos outros, ajudar, proteger e sermos esse instrumento de paz. Essa Festa das Nações deixa essa mensagem da união entre os povos”, reforça o sacerdote haitiano.
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Acolhida e união
O indonésio Dominikus Ratu, 30 anos, vive há quatro anos no país e agradece aos brasileiros pela acolhida, que mesmo com os problemas recorrentes do dia a dia, conseguem superar desafios e dar oportunidades para os povos migrantes.

“A Pastoral do Migrante proporcionou essa IV Festa das Nações, onde se encontra várias culturas, várias religiões para mostrar que somos um só povo. E muitas vezes essas divisões por cor, religião, cultura acaba na guerra e conflito. E aqui mostramos que é possível viver juntos de várias nacionalidades e idiomas. E como é bonito observar esse momento”, avalia o seminarista, que vive no Bairro Ipiranga, em São Paulo, e atua nas pastorais Vocacional e da Juventude. A professora de dança e funcionária pública, Rita Fernandes, 53 anos, expressa a emoção de participar da festa dos povos migrantes, ao lado do grupo de dança flamenca que arrancou aplausos do público.
“Para nós foi muito legal esse convite. Nos sentimos honrados porque é uma festa muito importante da igreja. Fazer parte dessa união foi uma grata surpresa”, avalia a diretora do Estúdio de Dança Vivência Flamenca, localizado na Vila Assunção, em Santo André.
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Fotos: Carlos Segantini

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