Diocese de Santo André

O Cura d’Ars, sacerdote exemplar

Neste mês de agosto temos tantas datas importantes em nosso calendário litúrgico, inclusive o dia 15, dia da Assunção de Maria. Gostaria aqui, porém, caros amigos e amigas de nosso querido “Boa Notícia”, contemplar a figura de São João Batista Maria Vianney conhecido como Cura d’Ars, localidade onde exerceu seu ministério. É padroeiro dos sacerdotes cujo dia celebramos dia 4 de agosto, justamente o dia em que ele partiu para o céu.

Ele nasceu na França, na aldeia de Dardilly, na zona rural, em uma época conturbada, na qual os exércitos do Imperador francês Napoleão Bonaparte varriam toda a Europa. Sabemos que as guerras trazem fome e doenças, criando uma situação social catastrófica. Era 8 de maio 1786. Sua família de camponeses simples e muito piedosos, trabalhavam diuturnamente para sobreviverem. Quando o jovem João Batista manifestou o desejo de ser sacerdote, seu pai não consentiu, pois precisava dele para trabalhar na roça.

Este sonho de ser sacerdote não sumiu de seu coração, pelo contrário, aumentou. Então, ele decidiu de corpo e alma seguir os impulsos da graça em seu coração, fazendo tudo aquilo de bom que Deus lhe inspirava.

Em um belíssimo sermão que alguém transcreveu e hoje temos a graça de ler, ele dizia a seus amados paroquianos: “O primeiro meio para perseverar no caminho que conduz ao céu, como digo, é ser fiel em seguir e aproveitar os movimentos que a graça de Deus decide conceder-nos. Os santos não devem sua felicidade a não ser pela sua fidelidade às moções que lhes envia o Espírito Santo”. (Sermão sobre a perseverança, pronunciado no segundo domingo depois da páscoa, in S. Cura D ‘Ars, Amor y Perdón – Homilias, Ed. RIALP, Madrid, 3a. ed. 1916, p. 192) Assim, mesmo não estando no seminário, Deus foi preparando seu coração para o sacerdócio.

Ele com muito custo conseguiu entrar no seminário, já com 23 anos, o que naquela época não era comum. Tinha dificuldade em aprender o latim. Isto fez com que o dispensassem do processo formativo, pois toda a teologia era lecionada em latim. Um padre, porém, muito culto e santo, respeitado em toda a Diocese, se prontificou a terminar sua formação e o Bispo aceitou. Assim pode concluir seus estudos e ser ordenado sacerdote.

Devido a sua grande simplicidade, pois não fazia questão de se mostrar e, na realidade, escondia os muitos dons e a sabedoria com a qual o Espírito Santo o dotara, foi enviado para a paróquia mais pequenina e problemática da Diocese. E ali ele se revelou o grande e bom pastor que foi em todos os sentidos. Padre completo segundo a graça de Deus pai e o Coração de Jesus. Seu ministério se tornou tão atraente que os peregrinos acudiam de todos os lugares para conhecê-lo, rezar, confessar com ele e receberem sua bênção. O governo francês teve que construir uma ferrovia para levar os peregrinos para lá. O bispo o nomeou cônego do Cabido Diocesano, o que na época era uma honraria, e o imperador da França o distinguiu com a maior condecoração do país: a Legião de Honra. Ele horrorizou tudo isto, como se não lhe dissesse respeito, meditando o que disse Jesus: “somos servos inúteis”(Lc 17,10), “ai de vós quando todos vos elogiam”(Lc 6,26). Era um santo de verdade, invencível na sua humildade: nunca se deixou fotografar. A única foto dele é no ataúde.

Amigo dos pobres e sofredores, enfrentou dificuldades mil para ajudá-los. Fundou um abrigo para meninas pobres e órfãs. Morreu em 4 de agosto de 1859, aos 73 anos na casa paroquial cercado pelos paroquianos que faziam vigília de orações por ele. Foi canonizado em 31 de maio de 1931. Proclamado padroeiro de todos os padres pelo papa Bento XVI no Ano sacerdotal em 2007.

Homenageio aqui os nossos queridos sacerdotes, tanto diocesanos como religiosos. Os padres são os cristãos privilegiados por Jesus que os chamou para estar com ele e pregarem o Evangelho. Quanta felicidade e amor eles demonstram a todo o povo de Deus que, aliás, muito os ama.

Quero bem aos padres e me dedico a eles. Agradeço a Deus por ter a graça de morar com um sacerdote que me acompanha e ajuda como bom cireneu, desde que cheguei a Santo André. Primeiro Pe. Guilherme Sanches, e agora Pe. Camilo. A eles minha gratidão. Rezemos pelos Sacerdotes. A  todos minha bênção de Pai e Pastor.

 

Artigo de Dom Pedro Carlos Cipollini para o jornal A Boa Notícia 

 

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