Diocese de Santo André

Catequistas partilham experiências e propostas para itinerário de formação com início em 2022

Cerca de 270 catequistas de todas as 105 paróquias e da quase paróquia das dez regiões pastorais participaram da Assembleia Diocesana da Catequese 2021, na qual partilharam experiências e apresentaram propostas para o início do itinerário do Projeto de Formação que acontecerá a partir de 2022, em três níveis na Diocese de Santo André: paroquial, regional e diocesano. Uma das grandes novidades será a celebração do Ano Catequético no ano de 2023. O encontro ocorreu na manhã do sábado (20/11), na Paróquia Santo Antônio, na Região Santo André – Centro.

Esse projeto visa fortalecer a todos os catequistas para o exercício da transmissão da fé que gera discípulos missionários, com o objetivo de refletir sobre alguns desafios pastorais catequéticos apresentados pelo recente magistério do Papa Francisco, o Ministério de Catequista; da Conferência de Aparecida e da CNBB, à luz do Diretório para a Catequese.

“Nós coletamos todas as experiências que nossos catequistas têm, ou seja, o que é mais importante aprofundar neste itinerário que vamos percorrer a partir da prática, quais são os eixos temáticos mais importantes. Aí vamos elaborar cadernos de formação, a partir de tudo que foi discutido na assembleia. Sentimos os catequistas muito empenhados, com muito desejo, com muita vontade desse processo de retomada. Percebemos que podemos dar esse passo com segurança”, avalia o coordenador da Comissão Diocesana de Animação Bíblico-Catequética, Pe. Eduardo Calandro, ao falar do apoio do Conselho Diocesano de Pastoral, dos padres na Reunião Geral do Clero, do bispo diocesano e dos próprios catequistas.


Itinerário de formação
No último encontro do Conselho Diocesano de Pastoral, realizado no dia 2 de outubro de 2021, foi apresentado um pré-projeto para a formação com catequistas em todos os segmentos. Foi acolhido por todos com unanimidade. Também ficou instituído que o ano de 2023 será celebrado um Ano Catequético Diocesano, com a instituição do ministério laical de catequista.

O itinerário do Projeto de Formação dos Catequistas terá início nas paróquias, a partir de abril de 2022; no ano seguinte, 2023, a grande novidade será a celebração do Ano Catequético, com a instituição do ministério laical do catequistas e o caminho formativo nas regiões pastorais;  por fim, em 2024, a formação se dará em nível diocesano.

A assembleia reuniu catequistas paroquiais da Iniciação à Vida Cristã que atuam em todas as fases da vida: Catequese com o Ventre Materno, com Crianças, com Adolescentes/ Jovens, Pais e Padrinhos do Batismo, Adultos e catequistas que atuam com a pessoa com deficiência.


Partilha das propostas das regiões
Catequistas das paróquias das dez regiões pastorais se reuniram em grupos para reflexão e elaboração das propostas que seriam partilhadas antes do final da assembleia, como temas propostos para o caminho formativo a partir do próximo ano.

A Região Santo André – Centro apresentou a necessidade do diálogo e da escuta das famílias dos catequizandos, o papel do pároco dentro da catequese, a cultura da inclusão na catequese e no universo digital; o respeito às outras profissões de fé e o aprofundamento da história da Igreja. A Região Santo André – Utinga reforçou a questão da comunicação, o conhecimento dos catequistas das diversas fases, o uso da tecnologia, por meio dos encontros online, além de como proceder em casos de crianças que sofrem abusos, orientando e encaminhando para órgãos responsáveis como o conselho tutelar ou para acompanhamento psicológico. A Região Santo André – Leste também elucidou temas como tecnologia, liturgia, relações humanas, estudo dos documentos da Igreja e a inclusão.

Na Região São Bernardo – Centro, destaque para a pedagogia da fé como preparação para acolher crianças e famílias, o processo de acolhimento,o preparo de plataforma regional para colocar assuntos de interesse de todos, o convite à comunidade para a formação de novos catequistas e como organizar uma comissão paroquial de catequese. A Região São Bernardo – Anchieta enfatizou a importância de formar catequistas capazes de reagir a situações inusitadas, ao observar crianças chorando ou tristes, aprofundando a temática da psicologia. Esse assunto também foi aprofundado pela Região São Bernardo – Rudge Ramos, bem como a pauta da catequese inclusiva.

A Região São Caetano trouxe um olhar voltado para a formação espiritual e psicológica dos catequistas, tratar a questão da sexualidade e gênero, e a proposta de um retiro catequético, a nível diocesano. A Região Diadema apontou a relevância de despertar e fortalecer a vocação do catequista, interagir com outras pastorais e criar uma sinergia para um trabalho conjunto de evangelização e promoção humana, além de sempre se atualizar com base nos documentos da Igreja como o Diretório Diocesano dos Sacramentos, por meio de encontros, cursos e formações.

A Região Mauá elencou alguns temas, entre eles, como usar tecnologias dentro da catequese, a relação dos catequistas com as famílias dos catequizandos, principalmente no período pós-pandemia, temas da atualidade como uso de drogas, o alcoolismo, os ritos da missa e a inclusao dos catequizandos nas pastorais. Por fim, a Região Ribeirão Pires – Rio Grande da Serra informou sobre a necessidade de se trabalhar temas como a espiritualidade, o querigma, o conhecimento de si próprio, a oração em família, o acompanhamento das questões sociais, dos problemas que as pessoas podem ter, a fim de que elas possam saber lidar com esses problemas, bem como a importância do conhecimento dos problemas psicológicos para orientação.

Papel do catequista na ação evangelizadora
A programação da assembleia começou com a acolhida, seguida da Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini; a apresentação do projeto de formação com catequistas com Pe. Eduardo Calandro; a dinâmica em grupos e o processo de escuta com as propostas levantadas pelos catequistas das paróquias das dez regiões pastorais.

Em sua homilia, Dom Pedro trouxe uma palavra de motivação a todos os catequistas baseada nos princípios da fé e da sinodalidade. “A força da Igreja está na ação evangelizadora. A Igreja existe para ser missionária, evangelizar. E neste processo evangelizador, todos leigos e leigas têm um papel preponderante confiado a todos os batizados, que assumem ministérios, serviços. E um dos ministérios mais importantes é a Catequese”, disse o bispo diocesano, ao falar do Ministério do Catequista, instituído pelo Papa Francisco, em maio deste ano. “Catequese, um processo de iluminação das verdades da fé, do anúncio do querigma, do anúncio de Jesus. Daí a importância tão grande (do Ministério do Catequista). O caminho da vida é Jesus Cristo e a iluminação dos mistérios da fé que chamamos de catequese”, complementa.

O bispo também prestou uma homenagem à memória dos catequistas falecidos nestes tempos de pandemia “são estrelas luminosas no firmamento do Reino de Deus e que intercedem por nós” e destacou o exemplo de Maria Santíssima como referência de fé e prática da palavra. “Como Maria pode catequizar Jesus, iluminar Jesus? Com seu exemplo, as suas atitudes. Maria ouvia e guardava tudo em seu coração, meditando em silêncio. E quando alguém disse a Jesus: “bem-aventurada o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”, Jesus lembra da sua mãe que lhe deu tantos bons exemplos. Ele diz: “Antes, bem-aventurado aqueles que ouvem e praticam a Palavra de Deus”. Então, Maria é esse exemplo do serviço, da humildade, da perseverança da fé em meio às dificuldades, da oração e da prática da palavra”, conclui.


8º Plano de Pastoral
A Assembleia Diocesana da Catequese atendeu ao 8º Plano Diocesano de Pastoral, por meio dos seguintes itinerários:

Itinerário 1- fortalecer a comunhão e o sentimento de pertença, ao propor um novo olhar sobre as atividades que já são realizadas, de forma que possam promover a convivência comunitária;

Itinerário 2: proporcionar um caminho de vivência com Jesus, por meio da formação sobre querigma, iniciação à vida cristã e à cultura e espiritualidade do acolhimento.

Itinerário 5: desenvolver a formação e a consciência missionária em todas as pastorais, movimentos e associações.

Leia mais:

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