Diocese de Santo André

Nota de pesar do Bispo Diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini em nome da Diocese de Santo André, pelo falecimento do Cardeal Cláudio Hummes

A Diocese de Santo André, por meio de seu bispo, Dom Pedro Carlos Cipollini, comunica que, neste dia 04 de Julho, o Cardeal Cláudio Hummes, 88 anos, partiu para a Casa do Pai.
Na Igreja Particular de Santo André, Dom Cláudio foi o segundo bispo diocesano e atuou durante 21 anos (1975-1996).

Confira a nota de pesar do Bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, em nome da Diocese de Santo André.

Nosso Bispo Diocesano, Dom Pedro Cipollini  recordou seu último encontro com ele: “Dia 20/06 estive celebrando a santa missa com ele em sua residência e levei-lhe o abraço de nossa Diocese de Santo André. Ele me convidou a tomar café com ele, ficou muito alegre em ver nosso Anuário e jornais do Grande ABC que lhe levei. Que Deus lhe dê o descanso eterno com nossa imorredoura gratidão.”

Seu corpo será velado na Catedral Metropolitana de São Paulo, onde serão celebradas Santas Missas em diversos horários a serem oportunamente divulgados

* A biografia Dom Cláudio Hummes nasceu em Picada Batinga, Município de Montenegro, Rio Grande do Sul, no dia 8 de agosto de 1934 e recebeu o nome de Auri Afonso Frank Hummes. Filho de Pedro Adão Hummes e Maria Frank Hummes, criou-se em Salvador do Sul (RS) e dos 14 irmãos é o primogênito dos filhos homens.

Estudou na Escola Paroquial Santo André, Taquari (RS) onde concluiu o 1º grau (1944-1949), fez o 2º grau (1950-1951) e o Postulantado.  Ingressou na Ordem dos Frades Menores (franciscanos) em 1º de fevereiro de 1952 na cidade de Garibaldi (RS), onde emitiu os primeiros votos no dia 2 de fevereiro de 1953 e professou solenemente no dia 2 de fevereiro de 1956, foi então quando mudou seu nome para “Cláudio”. Fez o Noviciado e Cursou Filosofia no Convento Franciscano São Boaventura de Daltro Filho, Garibaldi (RS) entre 1953 e 1954. Cursou Teologia em Divinópolis (MG) entre 1955 e 1958. Foi ordenado sacerdote por Dom João Resende Costa, arcebispo de Belo Horizonte (MG), aos 3 de agosto de 1958 em Divinópolis.

Em 1959 matriculou-se no Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, onde se doutorou em Filosofia. De volta ao Brasil, em 1963, começou a lecionar Filosofia no Centro Filosófico dos Padres Franciscanos em Daltro Filho, Garibaldi, ministério que exerceu até 1968. Durante todos esses anos (1963-1968) foi vigário cooperador paroquial em Daltro Filho, Garibaldi.

De 1965 a 1968 foi subsecretário nacional de ecumenismo da CNBB, a qual o destinou em 1968 a cursar o Instituto Ecumênico do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra, por um semestre extraordinário.

Foi formador dos estudantes de Filosofia dos Franciscanos (1969 -1972), Diretor da Faculdade de Filosofia de Viamão (RS) e professor de Filosofia nesta Faculdade e na PUC de Porto Alegre (1969-1972), Presidente da União das Conferências Latino-americanas dos Franciscanos (1973-1974) e Superior Provincial dos Franciscanos do Rio Grande do Sul (1972-1975).

Aos 22 de março de 1975, Frei Cláudio Hummes foi eleito, por Sua Santidade, o Papa Paulo VI, para o ministério episcopal, recebendo a nomeação de Bispo titular da extinta diocese de Carcábia e ao mesmo tempo Bispo Coadjutor da Diocese de Santo André, com direito à sucessão. Sua ordenação episcopal se realizou aos 25 de maio de 1975, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre, sendo Ordenante Principal Dom Aloísio Lorscheider, Arcebispo de Fortaleza e Presidente da CNBB, e Ordenantes Auxiliares Dom Mauro Gomes Morelli, Bispo Auxiliar de São Paulo, e Dom Urbano José Allgayer, Bispo Auxiliar de Porto Alegre, diante de demais Bispos presentes. Seu lema episcopal é tirado das Sagradas Escrituras (Mt 23,8): “Vós sois todos irmãos”, lema vivido na simplicidade de um bispo franciscano.

Dom Cláudio assumiu a Diocese de Santo André em 29 de dezembro de 1975, no mesmo dia que Dom Jorge havia renunciado. Nos 21 anos à frente da Diocese deu continuidade à atuação de seu antecessor, Dom Jorge Marcos de Oliveira, e acompanhou o desenvolvimento histórico das lutas trabalhistas feitas principalmente pelos trabalhadores metalúrgicos, organizados nos sindicatos.

Mostrou-se um homem bem situado diante do momento histórico, não se furtando a participar do desenrolar das atividades que, de maneira especial, sacudiram o Grande ABC nos anos de 1978 a 1981. 

Em seu episcopado, várias pastorais, movimentos e conselhos diocesanos foram criados e fortalecidos, promovendo forte evangelização e engajamento do clero e dos fiéis na defesa de uma sociedade mais justa e fraterna.

Em 1996, Dom Cláudio foi nomeado arcebispo de Fortaleza. Dois anos depois seria transferido à Arquidiocese de São Paulo, onde atuou como arcebispo até o ano de 2006. De 2006 a 2010 exerceu a função de prefeito da Congregação para o Clero da Cúria Romana. Em 2011 foi nomeado pela presidência da CNBB como presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia. Também foi nomeado pelo Papa Bento XVI como membro da Pontifícia Comissão para a América Latina. 

Teve importante influência na escolha do novo papa, em 2013, quando disse ao recém-eleito Francisco, a frase “Não esqueça dos pobres”.  Em 2019 foi nomeado pelo Papa Francisco, como relator do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica. Em 2020 foi eleito presidente da Conferência Eclesial da Amazônia. 

Legado na Diocese Com 30 anos de sacerdócio, Pe. Edmar Antônio de Jesus relembra a sua ordenação feita pela imposição das mãos de Dom Cláudio, no dia 8 de dezembro de 1991.

“Tive a oportunidade de conviver com Dom Cláudio, tanto ainda como leigo, depois também no Seminário e posteriormente sendo ordenado presbítero”, recorda o vigário paroquial da Igreja Matriz de Diadema. 

De acordo com o sacerdote, um dos pontos altos do episcopado de Dom Cláudio era sua atuação pelos direitos iguais para o povo e solidariedade em prol da população carente.

“Acompanhamos também a trajetória dele junto as situações de greves que eram recorrentes naquele tempo no Grande ABC – final da década de 1970 e início dos anos 80 – e nessas situações pudemos perceber a presença dele como pastor, diante de uma situação social agravante e gritante, que a Igreja então procurou se colocar junto aos marginalizados, através dessa presença atuante e marcante do nosso caríssimo Dom Cláudio Hummes”, destaca.

Pastorais sociais Padre Nivaldo Lenzi é um caso de vocação tardia. Após ficar viúvo em 1998, foi ordenado diácono permanente, em 2006, e presbítero, em 2008, pelo hoje bispo emérito da Diocese de Santo André, Dom Nelson Westrupp, após aprovação do Conselho de Presbíteros da Diocese.

Ele recorda a época em que atuava como leigo no episcopado de Dom Cláudio. “Inclusive foi ele (Dom Cláudio) que me deu os ministérios da Palavra e da Comunhão que permaneci durante 26 anos na Paróquia Cristo Operário, (na Vila Linda, em Santo André). Participei com ele da Pastoral Familiar e me lembro perfeitamente das comunidades eclesiais de base, as CEBs, e do trabalho na Pastoral das Favelas. Tenho nele uma pessoa muito importante para a Igreja da região”, conta Pe. Nivaldo, que chegou ao Grande ABC na década de 1970, vindo com a família da cidade de Santa Fé do Sul, no interior do Estado de São Paulo.

Ação pioneira Em entrevista concedida em fevereiro de 2019, Pe. Giuseppe Bortolatto relembrou o trabalho pioneiro na Pastoral da Carcerária, quando esteve à frente da Igreja Matriz andreense (1979 a 1983). “Assumi a missão a pedido do Dom Cláudio Hummes, bispo da Diocese Santo André, de 1975 a 1996, e foi uma experiência fantástica. A cadeia tinha virado a minha segunda casa”, relembra o padre que assumiu recentemente como reitor propedêutico do seminário Congregação dos Missionários de São Carlos, em Jundiaí.

Velório e sepultamento

A Arquidiocese de São Paulo informa que os ritos fúnebres do Cardeal Dom Claudio Hummes, serão realizados na Catedral Metropolitana de São Paulo, com início às 19 horas desta segunda-feira, 4, e se estenderão até quarta-feira, 6, encerrando com missa de encomendação às 10 h, seguida de sepultamento.

O Corpo será sepultado na Cripta da Catedral.

Segunda Feira, 04.07

19 horas: acolhida do corpo e início do velórios. Missas às 20 e 22 horas.

Terça-feira, 05.07

Missas nos seguintes horários: 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18 e 20 horas.

Quarta-feira, 06.07

Missas às 6, 8, e 10, seguido do sepultamento.

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