Diocese de Santo André

Natal: presença luminosa

Após passarmos o período mais agudo da pandemia, chegamos ao Natal. Certamente, esta data tão querida também sofrerá as alterações deixadas pelo período difícil que vivemos. Muitos entes queridos não estarão presentes entre nós. Um sentimento de nostalgia dos velhos tempos até desponta de vez em quando.

Mesmo o Papai Noel anda sumido. O aspecto predominantemente econômico do Natal cede lugar à tecnologia, à inteligência artificial, que vai chegando aos poucos e se infiltrando em tudo. Tem algo, porém, que não se alterou, infelizmente aumentou: é o egoísmo humano; com suas consequências sociais como: a fome, as moradias precárias que colocam em risco a vida de muitas pessoas. Paira uma nuvem escura de tristeza sobre a alegria que desejamos viver no Natal.

Mas Jesus veio para nos restituir a alegria de viver. Esta é a boa nova anunciada pelos anjos. Celebrando o Natal, somos convidados a superar esta nuvem escura e perceber outra nuvem maior, luminosa, que baixou sobre o mundo: “Nasceu hoje para vocês o Salvador, que é o Messias, o Senhor”, diz o anjo aos pastores.

Deus entra assim na humanidade, como que pela porta dos fundos. Ele é a luz que brilha na escuridão. Com Ele, tudo será diferente. Deus entra na história humana e isto muda tudo para todos. Para os que creem, os que não creem e para os indiferentes. Isto não é uma hipótese, é uma constatação história que dura dois mil anos.

Em Jesus, Deus está comprometido com a humanidade e sua trajetória. Esta presença efetiva e afetiva garante o final feliz da história humana. Esta grande aventura. Tudo pode ser uma grande confusão nesta viagem de navio no mar bravio, mas terminará bem, porque neste barco da humanidade está o próprio Deus viajando conosco.

O Natal faz-nos um apelo à humildade, ao olharmos o menino Jesus colocado na manjedoura. É desta humildade que pode brotar a luz da fé, a qual pode nos trazer a paz verdadeira. “O essencial é invisível aos olhos”. Em Jesus que nasce pobre em Belém, realmente, o essencial: sua filiação divina é invisível, mas aos olhos da fé é possível entrar no mistério desta realidade.

Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas travas, diz Jesus. Para o cristão pode haver trevas, mas não haverá tristeza, porque as trevas são passageiras, a realidade é a luz. O pessimismo não é o forte dos cristãos, mas o otimismo realista, a partir da fé. “Está escuro mas eu canto”, escreve o poeta. E o cristão na noite de Natal canta, não só para espantar a tristeza, mas para celebrar a aurora luminosa que se aproxima e se instala no mundo com a vinda de Jesus Cristo.

Celebremos esta presença animadora: Ele está no meio de nós! Feliz Natal a todos.

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