Neste mês de maio tem o perfume da rosas e o perfume de Maria, a Mãe querida de Jesus. Falemos dela aqui pois, nunca é de mais falar de Maria.
Entre os santos de Deus está em destaque Maria, mãe de Jesus (Mt 2,1; Marcos 3,32; Lucas 2,48; João, 19,25). É com a Bíblia na mão que a chamamos bem-aventurada. O povo louva Maria porque Deus a escolheu para ser mãe de seu filho
Jesus, nosso único salvador.
Maria não perde a atualidade, continua popular. São milhares os devotos e centenas de santuários dedicados ela, alguns deles bem conhecidos. No Brasil basta lembrar da Basílica de Nazaré, em Belém do Pará (Círio de Nazaré), e a festa de Nossa Senhora Aparecida em torno de sua visitada Basílica, em Aparecida-SP. O Brasil conta com inúmeras igrejas a ela dedicadas. Podemos dizer que um terço dos nomes de mulheres da América Latina homenageiam Maria; do Carmo, da Graça, de Fátima, de Lurdes,
da Penha etc. Mas quem é Maria, Nossa Senhora, popularmente chamada? O culto a Maria se funda na Palavra de Deus: “Isabel cheia do Espírito Santo exclamou: bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre…Bem-aventurada aquela que acreditou porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu”(Lucas 1,41-42;45). O Espírito Santo inspira Isabel para reconhecer Maria como santa. Maria recebeu de Deus a plenitude da graça e por isso é saudada pelo Anjo como “cheia de graça” (Lucas 1,28). A mesma Maria, reconhecendo sua pequenez de serva agraciada disse: “Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada” (Lc 1,48). Durante a vida, até a última provação, quando Jesus morre na cruz diante dela, sua fé não vacilou.
Ela não cessou de crer no cumprimento das promessas de Deus. Por isso a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé. O povo ama seu Filho Jesus Cristo “autor e consumador da fé” (Hebreus 12,2). Ama sua mãe, fiel discípula, a primeira que nele acreditou, aderindo ao plano de Deus, quando da anunciação do Anjo. A devoção à Virgem Maria faz parte do culto cristão. No entanto, o culto a Maria, mesmo sendo singular, é diferente do culto que se presta a Santíssima Trindade. Ao Deus uno e Trino: Pai, Filho e Espírito Santo, nós adoramos. Enquanto a Maria nós veneramos. Este culto de veneração se justifica porque ela é reconhecida como Mãe do Filho de Deus, pois, é saudada como “a Mãe do meu Senhor” (Lucas 1, 43). O concílio de Éfeso (ano 431) reconheceu Maria como Mãe de Deus: Mãe de Jesus, o Deus encarnado.
A Bíblia nos apresenta Maria, toda de Deus (Lucas 1,38) e toda do povo (Lucas 1,39.52-53.56), orando com a Igreja (Atos 1,14). Jesus ao morrer na cruz entregou sua mãe aos fiéis na pessoa do discípulo João, também ele aos pés da cruz: “Eis aí tua mãe” (João 19,27). E o discípulo a levou para sua “casa”, ou seja, para a Igreja. Maria é assim presença materna na comunidade dos que acreditam em Jesus.
Maria não nos afasta de Jesus, pelo contrário, indica o seguimento de seu Filho: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (João 2,5). Ela não é o centro da fé, o centro é Jesus. Contudo, Maria faz parte do centro e por isso nós a carregamos em nosso coração como nossa mãe do céu.