No dia 13 de maio de 2019, o Hospital Neomater, em São Bernardo do Campo, passou a fazer parte do grupo Santa Marcelina Saúde, sob os cuidados da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina.
Para celebrar os 4 anos, Dom Pedro Carlos Cipollini presidiu a Santa Missa, na segunda-feira, 15 de maio, no hospital, concelebrada pelo Padre Fabiano Felício (administrador paroquial da Paróquia Santa Cruz, em Santo André) e Padre Camilo Gonçalves, estiveram presentes o corpo clínico e diretivo, colaboradores e as religiosas.
Padre Fabiano é capelão e faz parte da Pastoral Hospitalar, e atua com os doentes, familiares, cuidadores, médicos, enfermeiros e demais profissionais.
O bispo da Diocese de Santo André, em sua homilia falou sobre Deus e a sociedade atual:
“É muito bonito estarmos reunidos aqui nesse momento, nesse local, para pensar em Deus, que é a realidade suprema. A nossa cultura, o mundo, o desenvolvimento e o progresso que a humanidade atingiu é tão grande que parece não precisar mais da Lei e da Palavra de Deus.Cada um faz a sua programação de vida, seus projetos, e quando precisar chama Deus, e isso nos vemos no dia a dia.”
Ainda sobre as mudanças que a sociedade vem sofrendo, Dom Pedro falou:
“Estamos aqui reunidos em torno de Jesus, mas homenageando e celebrando a sua Mãe, Nossa Senhora de Fátima, e justamente no dia 13 de maio, em Portugal, foi aprovada a lei da eutanásia e isto mostra muito bem que o cristianismo, a presença de Deus, que é o Deus da vida, e uma vida humana sagrada que deve ser preservada do começo até o fim natural, já não importa, o que importa é o homem que se torna Deus para si mesmo.”
“Que bom que estamos aqui, mostrando que temos fé, veio a esse mundo é se encarnou, teve sua mãe, Maria, que além de mãe, foi discípula, e ouviu a Palavra de seu Filho. Ela é muito mais bem-aventurada porque ouviu e praticou a palavra de Deus, e a Primeira Leitura expressa justamente usando a imagem da figura de uma mulher que é Maria, simbolizando a própria Igreja, a comunidade de sua Igreja. Jesus, que ouve e pratica a palavra de Deus, e esse dragão, símbolo de todas as forças contrárias a Deus, contrárias à vida por esse dragão que simboliza não só o diabo, mas tudo aquilo que levanta se contra o projeto de Deus, que é uma humanidade justa, fraterna e solidária.”
Antes da bênção final, Irmã Rosane Ghedin, que está a frente do hospital, agradeceu a presença do bispo e contou a história de como a congregação assumiu a diligência:
“Esse hospital iniciou há quatro anos atrás. No dia 13 de maio, consagrado a Nossa Senhora de Fátima e sempre a ela, confiamos as nossas atividades e a nossa missão aqui no ABC e este hospital nasceu com o objetivo de poder subsidiar a grande missão da saúde na zona leste de São Paulo, onde nós temos uma grande assistência e uma população imensa que depende deste recurso, porque para quem está do lado de cá e do lado de lá, nós trabalhamos quase 100% com o convênio SUS. E para conseguir manter esta missão é necessário mais recursos ou deixar de atender uma parte das pessoas. Então decidimos este desafio de poder suprir o que falta para poder continuar atendendo àquela população. Então é importante quem está aqui entender que a missão é muito maior. Na verdade, este hospital é a menor atividade do nosso grupo de saúde Santa Marcelina, mas é este hospital que a gente conta para que todos os outros tenham o apoio financeiro e a manutenção da assistência de muitas outras pessoas.”
Agradeceu aos colaboradores, que atuam na rede Santa Marcelina:
“Dia de agradecer a Deus por essa atividade, agradecer a Deus pela vida de cada um de vocês, pela doação de cada profissional. No Santa Marcelina, para nós, todos são iguais, com mesma dignidade e assistência. A única diferença é a fonte de recurso, que é diferente, mas todas as pessoas que passam por nós precisam ter a melhor experiência possível, porque aqui não é só técnica e além disso, é preciso ter amor. É preciso ter doação, generosidade, porque nós temos aqui uma missão para com aqueles que necessitam dos nossos cuidados.”
Dom Pedro em suas palavras finais relembrou a visita que recebeu das irmãs na Cúria Diocesana, quando disseram que assumiriam o trabalho no hospital:
“E eu fiquei muito contente porque eu me lembrei da minha terra, tinha um hospital dirigido por irmãs e era muito bom, então fiquei muito feliz de saber, e que Deus as abençoe e as fortaleça nessa luta que não é fácil.”