Para iniciarmos a nossa reflexão a respeito das vocações leigas, gostaríamos de convidar o leitor a pensar nas três situações que descreveremos a seguir: um ministro extraordinário da comunhão que oferta seu tempo para levar o Corpo de Cristo para pessoas enfermas; um catequista de crianças, adolescentes e adultos que dedica algumas horas de sua semana para preparar dinâmicas e para elaborar um belo encontro catequético; ou ainda um agente da pastoral que mesmo tendo uma semana corrida e atribulada em sua vida pessoal, semanalmente, dedica uma noite para ir ao encontro dos irmãos que, nas ruas, estão em situação de vulnerabilidade social.
A princípio, você pode estar se perguntando: ora, eu mesmo me identifiquei em alguma dessas missões. O que há de vocacional nisso? Ou, pode ter achado “um absurdo” que as pessoas consigam se dedicar de forma tão completa e integral ao Reino e pode estar tentando descobrir como fazer tantas coisas na vida pessoal e ainda assim, encontrar espaço na agenda lotada para encontrar Cristo nas mais diversas formas. Ou ainda, pode estar se perguntando: se todos nós somos vocacionados desde o nosso batismo, qual é a necessidade de a Igreja ter promovido um mês inteiro para refletirmos sobre as vocações? Para viver verdadeiramente uma vocação leiga, é muito importante que busquemos concepções verdadeiras, contextualizadas e que tenhamos certeza sobre o que Deus e a nossa Igreja espera de nós. Ser cristão, vocacionado, exige compreensão das dimensões da fé e da razão. Por isso, a vocação leiga exige dedicação e doação.
Desse modo, reiteramos o convite à reflexão. O mês de agosto está chegando ao fim. Mas não pare por aqui! Além de procurar o Serviço de Animação Vocacional da sua paróquia, procure conhecer mais de perto os pormenores, o dia a dia das pessoas que já assumiram o propósito que você pretende assumir e com empatia, busque cada vez mais, compreender os sentidos e as razões do chamado especial que cada qual assumiu em sua vida diante de Cristo, o Bom Pastor. Perseverança, fé e coragem. Sigamos sempre juntos nessa caminhada!
* Artigo por Patrick e Talita Duarte
SAV Região São Caetano do Sul