Caros irmãos e irmãs, queridos diocesanos. No início deste ano dirijo-vos uma palavra de incentivo na perspectiva do “Evangelho da Vida”. São muitas as questões, dúvidas e conflitos que nos cercam, mas não desviemos o foco: Jesus Cristo e a prática do Evangelho.
Permitam-me assim recordar a todos um tópico da nossa “Constituição Sinodal” (nº 129 a 131), plenamente atual e empenhativo para nós. Seja como um farol a iluminar nossa caminhada pastoral deste novo ano: “Animada pela Palavra e alimentada pela Eucaristia, nossa Igreja diocesana tem condições de atender ao mandamento novo dado por Cristo: “que vos ameis uns aos outros” (Jo 15,17). Por meio de uma pastoral estruturada, orgânica e integral, temos a vocação e missão de promover, cuidar e defender a vida em todas as suas expressões. Entre tantos interlocutores desta tarefa está a família, lugar e escola de comunhão, primeiro espaço para a iniciação à vida cristã das crianças, no seio da qual, os pais são os primeiros catequistas. É preciso uma pastoral intensa, vigorosa e frutuosa, capaz de animar a vivência da santidade no matrimônio e na família, atendendo também às diversas
situações em âmbito espiritual e material, uma vez que nossos núcleos familiares estão cada vez mais frágeis e necessitados de
um alicerce sólido (cf. Mt 7,24). Vale igualmente como forma de testemunhar a missão da Caridade, a atenção aos pobres e o empenho na defesa da dignidade dos que se encontram em situação de vulnerabilidade ou os “resíduos e ‘sobras’” da sociedade nos quais o discípulo deve enxergar o rosto do Senhor (cf. DGAE 65). A caridade é a essência da Igreja e não uma mera atividade de assistência social (cf. DGAE 66). No pobre, o discípulo vê o próprio Jesus chagado, flagelado, e, por isso, não se cala “diante da vida impedida de nascer (…) diante da vida sem alimentação, casa, terra, trabalho, educação, saúde, lazer, liberdade, esperança e fé.” (DGAE 65).
Para a Igreja no ABC, o apoio a essas causas de promoção da vida, é um eloquente testemunho de sua fé em Jesus Cristo e de seu compromisso com o Reino de Deus, por Ele anunciado e mostrado presente entre nós”.
Nosso Primeiro Sínodo Diocesano continua sendo uma bênção para nós e seus frutos vão se multiplicando, graças ao empenho do
Clero e dos leigos, em especial os que estão num belo processo de conversão ao Evangelho da Vida, que é o Evangelho de Jesus Cristo. Nossa Igreja Diocesana completa seu jubileu de setenta anos, em plena forma, com a alegria de acolher e ser missionária
em todos os seus âmbitos.
Como Pai e Pastor vos abençoo com carinho e amor! Feliz Ano Novo!
Dom Pedro Carlos Cipollini