Diocese de Santo André

Dom Pedro destaca o papel do Tribunal Eclesiástico na promoção da justiça e da misericórdia

No dia 19 de novembro, a Catedral Nossa Senhora do Carmo aconteceu a celebração pelos 8 anos de criação do Tribunal Eclesiástico da Diocese de Santo André. A Santa Missa, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano e moderador do tribunal, contou com a presença dos membros e diretoria do Tribunal, incluindo o vigário judicial, Padre Jean Rafael Eugênio Barros, e o vigário geral, Padre Joel Nery.

Durante a homilia, Dom Pedro convidou os presentes a refletirem sobre a Palavra de Deus, utilizando o exemplo do encontro de Jesus com Zaqueu, o cobrador de impostos:

“Jesus não exclui ninguém da sua misericórdia, nem mesmo os maiores pecadores. Zaqueu, ao subir naquela árvore, demonstrou um pequeno gesto de boa vontade, e assim o coração dele foi tocado. Ele decidiu restituir o que roubou e mudar sua vida, e por isso Jesus disse: ‘Hoje entrou a salvação em sua casa’. A salvação é para todos.”

Dom Pedro destacou a importância de manter um coração aberto à conversão, assim como fez Zaqueu, abandonando o egoísmo e abraçando o caminho da fraternidade e da solidariedade.

O bispo também ressaltou a trajetória do Tribunal Eclesiástico, enfatizando seu papel fundamental na vida da Igreja:

“O tribunal eclesiástico tem a função de aplicar a justiça e a misericórdia na comunidade cristã. Não existe misericórdia sem justiça, nem justiça sem misericórdia. Nosso Tribunal existe para garantir a paz dentro da Igreja, para que haja transparência e para que as questões que afligem os fiéis sejam tratadas com seriedade e atenção.”

Ele ainda lembrou que o recente Sínodo dos Bispos, realizado no Vaticano, reforçou a importância da transparência e da justiça dentro da Igreja, valores que o Tribunal se compromete a honrar continuamente.

No encerramento, o vigário judicial, Padre Jean Rafael, ressaltou a relevância do Tribunal como um instrumento de evangelização:

“Para nós, é uma grande alegria utilizarmos deste instrumento de evangelização, que é o Tribunal Eclesiástico da nossa diocese. É através dele que exercemos a justiça de forma técnica e fraterna, em prol da dignidade e da graça que Deus concede a cada um de nós.”

Ele destacou o comprometimento dos membros do Tribunal em servir à comunidade, garantindo que cada pessoa tenha o direito de ser ouvida e cuidada dentro dos princípios da justiça eclesiástica.

A celebração também foi marcada por um agradecimento especial aos membros do Tribunal, em especial às mulheres que atuam nesta missão. Dom Pedro agradeceu cada uma, pois contribuem para que o tribunal seja um espaço de acolhida e aplicação justa da lei canônica:

“Nosso tribunal é um reflexo do compromisso da nossa Igreja com a justiça evangélica, acolhendo os fiéis e garantindo que a misericórdia e a verdade caminhem juntas.”

O Tribunal Eclesiástico, de acordo com o Código de Direito Canônico (CDC), é um tribunal da Igreja que realiza a justiça canônica e direciona os caminhos corretos a serem seguidos em determinadas situações da vida da Igreja. É, portanto, um instrumento técnico jurídico, utilizado para a resolução dos conflitos entre as pessoas na Igreja. Podem ser objeto de julgamento um fato jurídico a ser declarado (por ex., a validade ou não de um matrimônio etc), problemas de indisciplina de pessoas do clero e leigos, faltas contra os sacramentos e outros assuntos.

Na Diocese de Santo André, o tribunal foi criado no dia 18 de novembro de 2016, e funciona no prédio anexo ao Edifício-Sede da Cúria Diocesana de Santo André, na Praça do Carmo, 38 – 3º andar. O atendimento ao público ocorre de terça a sexta-feira, das 14h às 17h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4469-2077 – ramal 6.

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